De todas as categorias de mídia, o cinema foi de longe o mais afetado pela pandemia. Restrições e protocolos de segurança fizeram com que os cinemas em todos os países do mundo fechassem por vários meses. Todavia, no final de 2021, as coisas começaram a se normalizar e a maioria dos cinemas reabriu.
Naturalmente, isso teve um efeito direto e positivo na venda de ingressos. Mas, o público ainda tem receio de frequentar ambientes fechados, mesmo com todas as normas sanitárias existentes.
Como o coronavírus afetou a indústria cinematográfica?
As salas de cinema são, por natureza, um ambiente de alto risco, pois muitas vezes reúnem centenas de pessoas em um pequeno espaço por longos períodos de tempo. Além disso, pode ser difícil e demorado limpá-los, tornando-os menos do que ideais para um vírus altamente contagioso como o Covid-19.
Então, como empresas como cadeias de cinemas e produtoras de filmes se ajustaram a esses tempos sem precedentes? Os cinemas provavelmente foram os que sofreram mais impacto, e várias grandes redes, como a Cinemark, tiveram que fechar muitas de suas salas permanentemente.
Algumas redes menores e teatros independentes permitiram que pequenos grupos de pessoas reservassem exibições privadas, na tentativa de ganhar algum dinheiro. Além disso, vários lançamentos principais e menores tiveram que encerrar suas estreias mais cedo, pois a pandemia piorou no início deste ano.
Em vez de esperar meses para o início das vendas digitais e Blu-Ray, algumas produtoras decidiram lançar seus filmes digitalmente mais cedo. Por exemplo, Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, da Disney Pixar, foi lançado no Disney + apenas um mês após o lançamento nos cinemas, um movimento sem precedentes tanto da empresa quanto da indústria.
Muitos novos lançamentos foram adiados indefinidamente, pois as empresas de produção gostariam de vê-los nos cinemas em vez de digitalmente. Alguns títulos incluem o remake live-action de Mulan da Disney, Um Lugar Silencioso Parte II e Mulher Maravilha 1984.
Por fim, a produção de praticamente todos os filmes também parou, com a produção de alguns filmes apenas começando a recomeçar em países com baixas taxas de infecção.
O que dizem os números?
Um levantamento realizado pelo Itaú Cultural em junho de 2021 apontou que 64% dos brasileiros sentem falta do cinema na pandemia. Mas as redes de cinemas também sofrem com a ausência do público.
Segundo levantamento da PwC, a receita das redes de cinema no Brasil caiu 86% em 2020 na comparação com o ano anterior. Aliás, os cinemas brasileiros arrecadaram quase R$ 840 milhões, segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema).
Já nos Estados Unidos, a bilheteria norte-americana arrecadou US$ 4,5 bilhões em 2021, um crescimento de 101% ante 2020. O montante foi um sinal de retomada da indústria depois da primeira onda da pandemia. O resultado, no entanto, foi 60% abaixo de 2019, ano pré-pandêmico. Os dados são da empresa de análise Comscore.
É seguro voltar aos cinemas?
A pandemia do Covid-19 provavelmente não desaparecerá tão cedo e forçou a maioria das pessoas a fazer mudanças dramáticas e de longo prazo em suas vidas. Custou muito dinheiro à indústria cinematográfica e provavelmente mudou a maneira como assistimos a novos filmes para sempre.
Com efeito, algumas pessoas podem escolher retornar aos cinemas, somente após a pandemia. No entanto, pra quem não dispensa assistir aquele lançamento tão aguardado no ‘escurinho’ do cinema, é obrigatório seguir todas as orientações de prevenção ao coronavírus.
Aqui estão algumas precauções adicionais que você pode tomar ao visitar teatros ou salas de cinema:
- Use máscaras adequadas e certifique-se de que o nariz e a boca estejam cobertos;
- Mantenha uma distância de pelo menos um metro e meio ou mais de pessoas fora de sua casa;
- Abster-se de comer ou beber no teatro;
- Limpe as mãos regularmente, seja com água e sabão ou com álcool 70 % para as mãos;
- Sente-se obedecendo o distanciamento social;
- Tente encontrar cinemas relativamente grandes, não apertados ou pequenos;
- Visite o cinema fora do horário de pico, quando a capacidade é mais baixa.
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