Muito tem se falado sobre os furacões recentemente, depois do Harvey, do Irma e agora do Maria castigarem o Caribe e parte dos Estados Unidos. Mas, a final de contas, será que você sabe como se formam os furacões? Sabe o que os deixa mais ou menos potentes? E como eles chegam ao fim?
Se você ainda não tinha noção de como essas coisas acontecem na natureza, fique sabendo que os furacões, bem como os tufões, são ciclones tropicais se formam sobre as águas do oceanos. O mais interessante de tudo é que se você entender como as chuvas de formam, vai entender também como se formam os furacões. Tenso, não?
Como se formam os furacões x águas quentes
De acordo com especialistas, as tempestades que dão origem aos furacões se formam a partir da evaporação de água para a atmosfera. O problema é que, ao contrário das chuvas, os furacões podem durar uma semana e seus ventos costumam ultrapassar os 200 quilômetros por hora.
Essa potência toda, segundo os especialistas, acontece porque a água dos oceanos evapora em grandes proporções, em uma área extremamente vasta que pode abranger centenas de quilômetros. Isso, sem contar que eles estão sendo alimentados por águas quentes, com temperatura acima de 27ºC.
Esse fenômeno do aquecimento das águas, aliás, só ocorre nas zonas tropicais, entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Conforme especialistas, nessas localidades, a água em evaporação sobe aquecida até as nuvens e deixa a região atmosférica, próxima da superfície do mar, com uma pressão bem menor.
Movimentos circulares
Por sua vez, o ar frio, de maior pressão, invade o espaço desocupado pelo vapor que subiu. Assim, o ar frio também se aquece e sobe, fazendo movimentos circulares.
Quando chega no alto da atmosfera, o ar quente acaba se resfriando e se transforma em nuvem, fazendo um sistema de nuvens e de ar em movimento.
Com isso, o calor do oceano e da água que evapora funcionam como combustível para o furacão que está se formando, fazendo com que os ventos fiquem cada vez mais rápidos e fortes; permitindo que a corrente de ar se desloque em movimento circular, possibilitados pela aparência de cone que a tempestade adquire… e é assim, basicamente, como se formam os furacões.
Potência e deevastação
Como já explicamos, enquanto está sendo alimentado, os furacões avançam e, quando se aproxima do litoral, provoca devastações. Seus ventos derrubam prédios, arrastam carros, arrancam árvores e tudo o mais que encontram pela frente, assim como como presenciamos acontecendo nas ilhas do Caribe.
Mas, claro, nem todo furacão tem a mesma potência devastadora. Existe, inclusive, uma escala, chamada Saffir-Simpson, que classifica os furacões em 5 categorias: o nível 1 agrupa ventos de 119 a 153 quilômetros por hora; e vai crescendo em potência, até a categoria 5, com ventos acima de 249 quilômetros por hora.
Olho dos furacão
Mas, não é só como se formam os furacões ou a velocidade alucinantes de seus ventos que impressionam. Um dos fatos mais curiosos sobre o assunto é que, apesar da rapidez dos ventos, o centro deles, conhecidos popularmente como “olho do furacão”, são relativamente calmos, com velocidade média é de 30 quilômetros por hora e com cerca de 20 quilômetros de diâmetro.
Especialistas explicam que isso se deve ao fato dos ventos seguirem em sentido circular, o que concentra a velocidade apenas nos arredores do tornado. O centro, portanto, funciona como uma espécie de passagem livre.
E, aproveitando que estamos falando sobre o olho do furacão, outra informação curiosa é que, no Hemisfério Sul, eles se movimenta no sentido horário. No Hemisfério Norte, no entanto, essa movimentação ocorre apenas em sentido anti-horário.
Essa diferenciação de sentidos acontece não por uma questão de capricho, mas porque a concentração do ar se concentra em direções diferentes, dependendo da localidade em que o furacão se forma.
Como os furacões acabam?
Agora que você sabe como se formam os furacões, deve estar doido para descobrir quando, finalmente, eles terminam, não é mesmo? Conforme os meteorologistas, os furacões são alimentados pelas águas quentes dos oceanos e perdem a força à medida que avança pelo litoral.
Dessa forma, a terra firme, que é mais fria e seca que o mar, acaba enfraquecendo seus ventos e fazendo com que eles se dissipem. O problema, no entanto, é que antes que isso aconteça, eles provocam grandes inundações, com ondas de até 15 metros de altura, sem contar os demais estragos que já citamos por aqui.
Furacões, ciclones, tufões e tornados
Agora, antes de finalizarmos o assunto, existem três outros conceitos que você pode gostar de esclarecer: furacões, ciclones e tufões.
Basicamente, todos eles são o mesmo fenômeno, mas recebem nomes distintos dependendo da região onde se formam. Na Índia e na Austrália, por exemplo, as tempestades oceânicas são chamadas de ciclones, enquanto no Japão e na Indonésia elas se chamam tufões. Furacões, por outro lado, só recebem essa denominação na América.
E, só para encerrar, os tornados não têm nada a ver com o que descrevemos até agora. Eles são fenômenos que se formam no continente e são bem menores, podendo ter entre 100 metros e 600 metros de diâmetro. Eles costumam durar apenas alguns minutos, mas são bem mais destruidores, com ventos de até 500 quilômetros por hora.
E aí, aprendeu? Agora, falando em desastres naturais tão potentes, pode ser que essa outra matéria também seja interessante: 9 alimentos que você precisa estocar em caso de um desastre natural.
Fontes: Mundo Estranho, Brasil Escola, Hypescience
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