Alexandria é uma cidade no norte do Egito, localizada no delta do rio Nilo, e o principal porto do país. Foi fundada por Alexandre o Grande em 332 a.C., em uma região fértil, com localização portuária estratégica, tornando-se poucos anos depois o centro cultural do mundo antigo.
Devido às águas rasas e à ausência de qualquer referência para a navegação marítima, o faraó da época mandou construir uma estrutura que serviria de referência e seria um marco para a história. Saiba mais sobre o Farol de Alexandria abaixo.
Por que e quando construíram o Farol de Alexandria?
O Farol de Alexandria foi construído entre 299 e 279 a.C. e foi a segunda estrutura mais alta feita pelo homem nos tempos antigos, depois da Grande Pirâmide de Gizé.
Algo bastante curioso, mas devido ao nome da ilha onde o prédio estava localizado, ele se chamava Farol e seu desenho tornou-se modelo para todos os faróis desde então.
Foi construído no reinado de Ptolomeu II pelo engenheiro e arquitecto Sóstrato de Cnido, que, para perpetuar a sua autoria, gravou o seu nome na pedra e aplicou uma camada de cimento com o nome do rei.
Como era o Farol de Alexandria?
Em suma, o Farol de Alexandria tinha cerca de 180 m de altura. A sua base era quadrada e no topo tinha uma pequena mesquita, à qual se acedia por uma rampa em caracol. A luz ficava no telhado da mesquita.
O fogo ficava na parte mais alta e iluminava, segundo as referências, cerca de 50 quilômetros em noites claras e com boa visibilidade. Assim, graças a um sistema de iluminação feito por Arquimedes, que se dizia ser usado para descobrir navios inimigos e queimá-los concentrando o fogo raios em um ponto.
Entretanto, sucessivas desmoronações, reconstruções e vários sismos, fizeram com que o farol caísse progressivamente em ruína e no ano de 1349 ele foi totalmente destruído.
Destruição do monumento
O Farol de Alexandria sobreviveu intacto por um milênio, mas no século XIV, dois terremotos o derrubaram. Com efeito, os restos desapareceram em 1480, quando o sultão do Egito usou os blocos de pedra das ruínas para construir um forte, apagando assim todos os vestígios dessa maravilha da engenharia.
Em 2015, as autoridades egípcias anunciaram a intenção de reconstruir o Farol de Alexandria no ambicioso projeto Medistone, promovido por vários países da União Europeia, entre os quais França, Alemanha, bem como Itália e Grécia.
Reconstrução
Em 2015, o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito aprovou a reconstrução do Farol de Alexandria em seu local original. Contudo, este projeto não é novo e vem sendo testado há anos, mas a decisão final está a cargo do governo regional de Alexandria.
O orçamento de reconstrução está estimado em 40 milhões de dólares e, posteriormente, serviria como atração turística.
7 curiosidades sobre o Farol de Alexandria
1. A construção do Farol de Alexandria contou com blocos de vidro nas fundações para evitar a deterioração devido à ação destrutiva da água do mar.
2. O monumento ficava sobre uma base quadrada, a torre era de forma octogonal feita com blocos de mármore montados com chumbo fundido.
3. Na base da obra lia-se a inscrição: “Sostratos de Cnidos, filho de Dimocrates, aos deuses salvadores, para os que navegam no mar”.
4. No topo da torre havia um grande espelho que servia para refletir a luz do sol durante o dia.
6. No século IX os árabes conquistaram o Egito, o farol continuou sendo usado para guiar seus barcos.
7. Por fim, a obra do Farol de Alexandria durou no total, quase 1600 anos, até o século XIV.
Fontes: Revista Galileu, Infoescola, Mar sem fim, Aventuras na História
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