A DC Comics é uma das gigantes do mundo das histórias em quadrinhos. A empresa é responsável por personagens icônicos que vão além das páginas, assim como Batman, Superman, Mulher Maravilha e Flash. Isso, sem falar nos grupos consagrados, como Liga da Justiça e Jovens Titãs.
Atualmente, a DC Comics é uma das subsidiárias da Time Warner, a maior companhia de entretenimento do mundo.
Assim como na história da Marvel, principal rival da DC no mercado, a editora não surgiu como conhecemos hoje. Antes de se chamar DC, ela foi conhecida como National Allied Publication.
Início
Em 1935, a editora de quadrinhos foi fundada por Major Malcolm Wheeler-Nicholson, com o nome National Allied Publication. Algum tempo depois, Major lançou outras duas editoras diferentes, com os nomes New Comics e Detective Comics. Esta última, inclusive, foi responsável por apresentar ao mundo as histórias do Batman, em 1939.
Um ano depois, a National Comics estava em má situação financeira. Dessa maneira, a empresa tinha dificuldades de se colocar no mercado e distribuir suas publicações. As bancas de revista não recebiam com bons olhos uma editora desconhecida.
Foi graças ao lançamento da Detective Comics, em 1937, que a empresa começou a ter sucesso. A revista trazia uma série de antologias que conquistaram os leitores, principalmente a partir da edição 27, quando foi apresentado o Batman.
Nesta época, Major deixara o comando da editora, comandada por Harr Donenfeld e Jack S. Liebowitz. Os dois ajudaram a dar início à Era de Ouro dos quadrinhos, quando surgiram diversos personagens icônicos ainda hoje, como Superman (1938), Batman e Robin (1939 e 1940), Lanterna Verde (1940), Mulher Maravilha (1941) e Aquaman (1941).
DC Comics
Em 1944, os atuais personagens da DC estavam divididos entre a National Allied Publication e a Detective Comics Inc., duas empresas dos mesmos sócios. Sendo assim, eles decidiram fundir os grupos sob o nome National Comics. Por outro lado, o logotipo trazia as iniciais da Detective Comics, DC, e a editora acabou sendo conhecida por esse nome.
Além das histórias de super-heróis, a DC também passou a publicar histórias de ficção científica, faroeste, humor e romance, principalmente no início da década de 50, quando o interesse por heróis diminuiu.
Em 1952, entretanto, o seriado “As Aventuras do Super-Homem” estreou na televisão. Assim, os super-heróis da DC voltaram a ganhar atenção. Nesta época, o Flash passou por uma reformulação e ganhou uma nova cara, diferente da apresentada na Era de Ouro. A DC, então, percebeu que podia fazer o mesmo com vários outros personagens.
Era de Prata
A nova era dos quadrinhos tinha a proposta de modificar as origens dos personagens já conhecidos do público. Além do Flash, por exemplo, o Lanterna Verde trocou sua lanterna mística por um anel poderoso utilizado pola polícia intergaláctica.
Para ampliar seu acervo, a DC comprou outras editoras, como Quality Comics (dona do Homem-Borracha e Falcão Negro), Fawcett Comics (criadora da Família Marvel) e Charlton Comics (Besouro Azul, Sombra da Noite, Pacificador e Capitão Átomo).
Na década de 60, a DC Comics foi responsável por criar a Liga da Justiça da América e o conceito de multiverso nos quadrinhos. Os dois fatos ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade da editora, que explodiu quando Batman ganhou um seriado de TV, em 1966.
A partir daí, a editora foi comprada pela Warner e também foi parar nos cinemas, com Superman, em 1978.
Nos anos seguintes, a DC ainda marcou várias inovações. Em 1979, lançou a primeira minissérie em quadrinhos, World of Krypton, e em 1986, revolucionou a mídia com Cavaleiro das Trevas e Watchmen.
Em 1993, a editora lançou um selo voltado para o público adulto, Vertigo, e chegou a ter publicações em parceria com a rival, Marvel. A Amalgam Comics unia personagens das duas editoras em fusões de nomes icônicos.
Reformulações
Por fim, uma importante inovação da DC foi a reformulação do universo por meio da criação de crises em suas histórias. Nos anos 80, por exemplo, publicou a Crise nas Infinitas Terras; nos anos 90, Zero Hora, e em 2006, Crise Infinita.
Nos cinemas, os personagens da DC também ganharam várias versões. Batman, por exemplo, teve adaptações em 1989 e 2005. O personagem tem, ainda, um novo projeto para os cinemas.
Ao longo dos anos, os personagens da editora se popularizaram além dos quadrinhos. Os principais heróis da editora já fazem parte da cultura ocidental e são reconhecidos e referenciados em diversas obras. Nomes como Flash ou Super-Homem, por exemplo, são utilizados como sinônimos para pessoas rápidas ou fortes. Até mesmo seus vilões, assim como Coringa e Arlequina, são personagens reconhecidos fora das páginas.
Atualmente, a DC domina cerca de 20% do mercado de quadrinhos dos EUA. Além disso, distribui produtos como roupas, brinquedos, acessórios, jogos e, é claro, filmes, em mais de 120 países.
Fontes: PureBreak, Info Escola, Super, Mundo das Marcas
Imagens: SyFy, LeeKirbyDiktoComics/YouTube, The Goss Agency, B9, DCC