Falar sobre buracos negros sempre deixa as pessoas interessadas. Mas sabia que a colisão de buracos negros é possível? E, ao que tudo indica, a maior delas foi registrada em 2017, por cientistas do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser dos Estados Unidos e da Universidade Nacional da Austrália.
E, se você acha que é exagero, prepare-se para chocar. A maior colisão de buracos negros que se tem notícia até hoje formou um novo buraco gigantesco: 80 vezes maior que o Sol. Segundo a equipe, esse novo buraco negro é o maior já conhecido e está a mais de 9 bilhões de anos-luz.
O processo de fusão foi tão intenso que os cientistas conseguiram registrar as ondas gravitacionais resultantes da colisão. Aliás, essa foi apenas uma das três colisões de buracos negros assistidas pelo mesmo grupo.
Recordes da maior colisão de buracos negros
E os recordes desse evento magnífico não param por aí. Conforme a responsável pela equipe de pesquisadores australiana, a física Susan Scott, esse evento também contou com os buracos negros girando na mais alta velocidade em todas as fusões já registradas pelas Ciência.
Sem contar que foi a colisão de buracos negros mais distante já vista. Só para que você tenha ideia, as outras fusões aconteceram a uma distância de 3 bilhões e de 6 bilhões de anos-luz da Terra. Elas resultaram em buracos negros novos, de 56 a 66 vezes maiores que o Sol.
Ondas gravitacionais detectadas
E, se você está se perguntando como uma colisão de buracos negros pode ser relevante, fique sabendo que tem utilidade sim. Os especialistas ressaltam que o estudo da fusão entre eles ajuda a entender os sistemas binários dos buracos negros, assim como o alcance de suas massas e a velocidade que eles podem atingir durante uma colisão.
Agora, o mais interessante de tudo é que as ondas gravitacionais flagradas nesse evento já haviam sido previstas por Albert Einstein há um século. Elas consistem em vibrações do espaço-tempo que acabam dando origem às explosões de estrelas, um dos eventos mais violentos do espaço e que geram quantidades de energia gigantescas.
E essa não foi a primeira vez que os cientistas conseguiram detectar ondas gravitacionais. Nos últimos três anos, elas foram observáveis dez vezes na colisão de buracos negros e uma outra vez, na colisão de uma estrela de nêutrons (as mais densas existentes, com diâmetro de aproximadamente 20 quilômetros).
Fala sério, a Ciência é mesmo incrível, não acha, caro leitor?
Agora, falando em eventos que acontecem acima de nossas cabeças, você pode gostar de conferir ainda: O que acontece quando uma estrela morre?
Fonte: Agência Brasil