Podendo chegar a até 3,5 metros de comprimento e 150 kg, o dragão de Komodo é considerado o maior lagarto do mundo. Quando sai do ovo, entretanto, ainda é um pequeno animal inofensivo, com apenas 25 centímetros de comprimento.
O dragão de Komodo é natural de poucos lugares do planeta. Além de ser encontrado na ilha de Komodo, também vive em outras regiões do arquipélago Lesser Sunda, na Indonésia, como as ilhas de Rinca e Flores. Apesar do nome, ele não tem nada a ver com os dragões dos mitos.
Eles também são conhecidos por sua robustez e habilidade ao caçar. Isso porque se movimentam muito bem, tanto correndo quanto nadando.
Alimentação
A princípio, quando jovens, os dragões de Komodo se alimentam apenas de insetos e vivem em árvores. Conforme se tornam adultos, passam a viver na terra se alimentar de outros animais, principalmente mamíferos.
Apesar de não ser sua opção natural, dragões de Komodo já foram responsáveis por ataques a humanos. Foram registrados ataques fatais em 1974, 2000, 2007 e 2009. Além disso, a espécie tem hábitos canibais e 10% de sua dieta consiste em dragões de Komodo recém-nascidos.
Para comer, os dragões de Komodo se escondem na vegetação, aguardam as presas e as atacam, primeiramente, com suas caudas. Uma vez que a vítima foi derrubada, o dragão ataca com sua mordida. Logo que isso acontece, uma alta concentração de bactérias patogênicas e venenos hipertensivos e anticoagulantes encontrados na saliva provocam a morte da presa.
Já que é capaz de detectar o alimento por meio do olfato a grandes distâncias, o dragão de Komodo consegue encontrar o cadáver da vítima quanto precisar se alimentar. Em uma única refeição, um dragão é capaz de comer até 80% de seu próprio peso.
Mordida do dragão de Komodo
Apesar de ser conhecido como um grande predador, a mordida do dragão de Komodo não é tão poderosa assim. Estudos recentes revelaram que o maior dragão do mundo tem, na verdade, uma mordida menos intensa do que a de um gato doméstico.
Ainda que as bactérias patogênicas da saliva do dragão tenham papel em causar infecções nas vítimas, o veneno tem um papel muito mais importante. Isso porque o veneno age para diminuir a pressão sanguínea das presas, bem como a coagulação do sangue. A vítima, então, acaba morrendo em decorrência da hemorragia. Sendo assim, o dragão de Komodo pode ser classificado como animal peçonhento, assim como as cobras.
Depois que faz o ataque inicial, o dragão deixa a vítima e só volta algum tempo depois de sua morte, graças ao seu olfato apurado.
Vida e hábitos
A expectativa de vida média de um dragão de Komodo é de cerca de 50 anos. A maioria dos filhotes, no entanto, não consegue chegar à vida adulta. As fêmeas depositam os ovos em buracos no solo e pouco mais de um mês depois, os filhotes nascem. Em alguns casos, as fêmeas também podem se reproduzir por partenogênese, isto é, sem a necessidade de fecundação por um macho.
Nos primeiros anos de vida, os filhotes são alvos fáceis de predadores, principalmente de machos adultos da própria espécie. Dessa maneira, vivem no topo das árvores para garantir sua proteção.
Atualmente, a espécie está em estado de conservação vulnerável, de acordo com dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Entre os motivos de risco estão a perda de habitats e alimentos, em razão da ocupação humana. Da mesma forma, matanças geradas pelo medo provocado pelo animal e para venda de sua pele.
Atualmente, existem cerca de 5 mil dragões de Komodo vivos em todo o mundo.
Fontes: Escola Kids, Brasil Escola, Hiper Cultura
Imagem de destaque: Smithsonian’s National Zoo