Eles abalam o solo, fazem as construções tremerem e, dependendo da agressividade, causam grande estragos, derrubando casas e matando pessoas. Embora todo mundo já tenha ouvido falar em terremotos e saiba o que eles causam, a maioria não sabe dizer porque eles acontecem.
Mas, como você vai descobrir hoje, a razão por trás dos terremotos é muito mais simples e lógica que qualquer um de nós pode imaginar e está longe de ser uma “praga divina”, por exemplo.
Isso porque os abalos sísmicos, como também são conhecidos os terremotos, se tratam do impacto que ocorre quando duas placas tectônicas colidem.
Não sabe o que são placas tectônicas? Então vamos por partes.
Placas tectônicas e magma
Segundo especialistas, a crosta terrestre, que é a superfície da Terra em que vivemos, é rachada em vários blocos. Esse blocos são as tais placas tectônicas que já mencionamos e que flutuam sobre um líquido muito quente e pastoso no centro da terra, o magma.
Aliás, é esse mesmo magma que é cuspido pelos vulcões, quando estão em atividade. Sabia?
Como os terremotos acontecem
Mas, voltando ao terremotos, as placas estão sempre em flutuação e, eventualmente, elas se chocam uma com as outras, provocando os tremores de terra.
Esse ponto no subsolo que dá origem aos balados sísmicos é chamado de hipocentro. Já o ponto da superfície terrestre onde os terremotos são sentidos primeiro é chamado de epicentro.
Tsumanis
Agora, quando os terremotos acontecem nas regiões próximas ao mar as coisas costumam ficar bem mais sérias.
Isso porque o choque entre as placas tectônicas próximo ao litoral pode causar os tsumanis, que são ondas gigantes que invadem as cidades, provocando caos e destruição.
Escala Richter
Agora, retomando o papo sobre os terremotos “simples”, existe até mesmo uma escala feita para estimar a energia sísmica liberada durante os tremores de terra: a escala Richter.
Criada em 1935, pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, membros do Califónia Institute of Tchnology (Caltech), nos Estados Unidos; a escala Richter aumenta de forma logarítmica, de maneira que cada ponto de aumento significa um aumento 10 vezes maior. Dessa forma, um sismo de magnitude 4 é 100 vezes maior que um de 2, por exemplo.
Esse aumento, no entanto, se trata da amplitude das ondas sismográficas e não a energia liberada. Em termos gerais, a energia de um terremoto aumentaria 33 vezes para cada grau de magnitude, ou aproximadamente 1000 vezes a cada 2 unidades.
Onde os terremotos mais acontecem?
Apesar do mundo inteiro estar sobre as tais placas tectônicas, existem regiões que são mais propícias que outras para sofrerem com os tremores de terra. Isso é mais comum em zonas em que duas placas diferentes estão em constante contato, como no Japão, por exemplo.
Na América, por exemplo, a linha de colisão onde acontecem 90% dos terremotos está entre as placas dos oceanos Atlântico e Pacífico e percorre toda a costa oeste das Américas do Norte, Central e do Sul.
Por causa disso, países que ficam ao longo dessa espécie de falha, como Estados Unidos, México, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru e Chile; costuma ser os mais atingidos.
Terremotos no Brasil?
O Brasil, por outro lado, assim como o Uruguai e a costa leste dos Estados Unidos raramente são atingidos por terremotos porque estão no meio (literalmente) da placa tectônica do Atlântico. A borda desse bloco está no meio do oceano, o que costuma reduzir os impactos por aqui, quando elas colidem.
Mesmo assim, como você já deve ter ouvido falar, os Estados brasileiros da região sul já foram atingidos por tremores de terra. No Paraná, por exemplo, abalos de magnitude 3,5 foram sentidos na região metropolitana de Curitiba, no dia 18 de setembro (2017).
E aí, entendeu agora? E, se quiser entender também sobre outros eventos naturais que estão em “alta” nas últimas semanas, não deixe de conferir ainda: Como se formam os furacões? E como eles terminam?
Fontes: iG, Escola Kid