Ao longo da história da literatura, muitos autores utilizaram o pseudônimo para encobrir sua identidade e poder compartilhar sua obra literária com o mundo sem serem atacados pelo sistema. Desse modo, para as escritoras, usar um pseudônimo masculino significava, em muitos casos, poder publicar, depois de suas obras terem sido rejeitadas por preconceito sexista.
Confira abaixo 10 escritoras que usaram nomes de homens.
10 escritoras que usaram nomes de homens
1. Jane Austen
Uma das maiores escritoras de língua inglesa chegou ao cinema com inúmeras adaptações literárias e até mesmo ao teatro e musicais. Diz-se que esta famosa autora nunca assinou nenhuma de suas obras.
Contudo, muitos negam esta versão, pois Austen gozava de reconhecimento na sociedade britânica de seu tempo graças à sua presença intelectual que marcou um forte padrão em seus contemporâneos.
2. Eva Canel
Eva Canel foi uma jornalista e viajante espanhola que é lembrada muito menos do que realmente deveria ser. Com efeito, ela usou os pseudônimos Ibo Maza e Fray Jacobo na esperança de que sua obra literária fosse levada a sério.
3. As irmãs Brontë
Certamente se falarmos sobre Currer, Ellis e Acton Bell não são nomes muito familiares, mas se mencionarmos Charlotte, Emily e Anne Brontë nos conectamos quase imediatamente com os nomes das três autoras britânicas que também são irmãs.
Essas grandes mulheres da literatura deram vida a grandes clássicos como ‘Jane Eyre’ de Charlotte, ‘Wuthering Heights’ de Emily e ‘Agnes Grey’ de Anne.
Porém, como era de se esperar na sociedade machista de sua época, elas não tiveram facilidade para publicar seus livros e tiveram que usar nomes masculinos para que seus trabalhos chegassem a milhões de leitores em todo o mundo.
4. Carmen de Burgos
Carmen de Burgos é uma escritora de quem, felizmente, muito se tem falado nos últimos anos. Isso teria acontecido se ele não tivesse ousado publicar seus livros sob um pseudônimo masculino? Talvez não.
Dessa forma, Gabriel Luna e Perico de los Palotes foram os nomes que ele escolheu para assinar muitos de seus textos.
5. Louisa May Alcott
Essa escritora norte-americana não goza de muita popularidade hoje porque assinava suas primeiras criações como AM Barnard. No entanto, seu nome chegaria até o cinema graças às inúmeras adaptações que sua obra teve, entre elas as que receberam seu best-seller Little Women.
6. Matilde Cherner
Em 1850, o livro Romances que pareciam dramas, chegou as bancas com uma recepção fabulosa. Seu autor, Rafael Luna parecia evasivo e misterioso.
Finalmente, soube-se que não era um homem, mas um escritor que estava por trás disso. Seu nome: Matilde Cherner, poetisa que nasceu em Salamanca em 1833.
7. Amantine Dupin
George Sand foi o pseudônimo masculino com o qual a baronesa francesa apresentou obras como ‘O Marquês de Villemer’. Dupin chegou a desafiar a sociedade de seu tempo vestindo-se de homem para circular livremente em lugares proibidos para senhoras.
Além disso, a autora conviveu com personagens como Victor Hugo, o compositor Franz Liszt, o pintor Eugène Delacroix e os escritores Heinrich Heine, Balzac, Gustave Flaubert e Júlio Verne.
8. Colette
Sidonie-Gabrielle Colette deixou uma marca tão profunda na literatura francesa do século XX que chegou a ser considerada uma das maiores musas, famosa na sociedade literária como Gauthier, por seu primeiro marido Henry Gauthier-Villars.
Poucas mulheres eram aceitas na época na Academia Goncourt, associação literária francesa que Colette, após passar por inúmeros maus-tratos e tristezas devido a uma relação amorosa abusiva, passou a presidir.
9. Mary Anne Evans
Poucas vidas são mais fascinantes na Inglaterra vitoriana do que a de Mary Anne Evans. Ela nasceu em uma família religiosa e aristocrática, e se opôs a todos os preceitos. Mais tarde, ela construiu uma linha de pensamento autêntica fundamentalmente famosa por seu agnosticismo e sua paixão pela liberdade.
10. María Luz Morales
Por fim, María Luz Morales foi a primeira jornalista cultural espanhola. Além disso, ela também foi a primeira mulher a dirigir um jornal, o La Vanguardia, em 1936. Contudo, a dispensaram do trabalho durante o regime de Franco em ato de censura e machismo, mas ela não desistiu.
Posteriormente, ela continuou trabalhando anonimamente, tornando-se uma das jornalistas mais influentes no jornalismo espanhol.
Fontes: Incrível Club, Revista Cult, Livrobingo
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