Em primeiro lugar, define-se faraó como os dirigentes que reinaram o Egito durante a Antiguidade. Mais especificamente, esse período se estendeu entre 3.100 a.C a 30 a.C. Entretanto, estima-se que os faraós tenham surgido a partir da unificação do Baixo e Alto Egito, realizada por Menés.
Nesse sentido, os líderes egípcios viviam em um regime de sucessão hereditária, onde o pai passava o poder para o filho. Ademais, essas figuras históricas eram consideradas absolutas. Ou seja, definiam a vida política, religiosa, econômica e militar, porque agiam tanto como chefes de governo quanto como sacerdotes e líderes do exército.
Por outro lado, cabe ressaltar que ainda havia uma associação religiosa aos faraós, que eram vistos como representantes divinos na Terra. Como exemplo, cabe citar Cleópatra, que como faraóa tinha sua imagem associada à Grande Mãe ou Grande Deusa, pois costumava ser cultuada para além do campo político em algumas regiões.
Como era a vida de um faraó?
No geral, a rotina do faraó envolvia uma série de eventos rotineiros, principalmente visita aos templos e sacrifícios aos deuses. Desse modo, cabe ressaltar que o Egito Antigo era politeísta, cultuando um conjunto de deuses zoomorfizados. Ou seja, figuras divinas cujas feições misturava-se à de animais.
Sendo assim, o faraó iniciava seu dia com um longo banho, envolvendo perfumes e óleos perfumados. Ademais, costumavam trajar vestimentas de linho com ornamentos de ouro, além de pedras preciosas. Nesse sentido, cada traço de sua aparência física, desde a maquiagem até os sapatos, costumavam servir como forma de reafirmar sua autoridade e poder.
Em seguida, fazia-se uma refeição semelhante a um banquete, pois os faraós tinham acesso a maior quantidade de comida no Egito Antigo. Eventualmente, sua rotina prosseguia com as atividades sociais, que geralmente começavam na visita de alguma importante construção ou plantação sob seu domínio.
Apesar de ser transportado em uma liteira, carregada por servos ou escravos, os faraós eram acompanhados por cidadãos que queriam o tocar. Porque era um representante divino, as pessoas acreditavam que tocá-lo ou vê-lo traria boa sorte e bênçãos. Por isso, o líder egípcio fazia questão de ser visto e ouvido, de modo a reafirmar seu poder como intermediário entre os homens e os deuses.
Finalmente, o faraó poderia desfrutar de seu palácio e outras regalias após cumprir os compromissos matinais. Entretanto, costumava-se ter uma cerimônia realizada ao pôr-do-sol para agradecer aos deuses, onde a presença do faraó era fundamental. Apesar disso, o líder egípcio costumava ter liberdade para receber convidados e caminhar pelos seus domínios no restante do dia.
Curiosidades sobre os faraós
Primeiramente, a cerimônia de coroação de um novo faraó costumava durar cerca de cinco dias. Além disso, era usualmente realizada na cidade Mênfins, porque foi onde Ménes, o primeiro faraó do Egito foi coroado. Nesse evento, o novo líder egípcio recebia uma dupla coroa, como representação do Baixo e Alto Egito.
Além disso, era entregue a ele um cajado e flagelo, um topo de chicote para representar tanto seu papel como guia quanto sua autoridade enquanto líder. Desse modo, o faraó ocupava a posição enquanto encarnação do Deus Hórus, ou de alguma outra figura de grande importância.
Sendo assim, era necessário que o líder egípcio mantivesse o hábito de fazer sacrifícios diário aos deuses. Principalmente, essa tradição surgiu para que houvesse equilíbrio entre a população e as divindades. Portanto, diariamente o faraó precisava matar alguns animais ou oferecer alimentos preparados aos deuses.
Por outro lado, a morte dos faraós envolvia a construção de obras gigantescas, que inclusive originaram a expressão obras faraônicas. Nesse sentido, costumava-se criar pirâmides para que o corpo fosse colocado junto às riquezas após sua morte. No geral, essa tradição acontecia porque os egípcios acreditavam que os mortos iam para o paraíso levando aquilo que estivesse enterrado consigo.
Por fim, estima-se que cerca de trinta dinastias tenham ocupado o trono no Egito Antigo. Como exemplo dos principais representantes está Menés, Tutancâmon, Tumés III, Ramsés II e Cleópatra.
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Faraós na modernidade
Para além de serem importante documentos históricos, os faraós são símbolos imortalizados de uma das principais civilizações do mundo. Em primeiro lugar, os egípcios deixaram um legado em todas as áreas, principalmente na engenharia e nas artes. Desse modo, até os dias atuais os líderes egípcios e a sociedade como um todo são objeto de estudo para entender o desenvolvimento do mundo.
Em contrapartida, os faraós continuam ocupando espaço simbólico na cultura popular. No geral, as novelas brasileiras, documentários e filmes sobre a antiguidade os trazem com grande opulência e poder. Além disso, costuma-se utilizar do cinema para recontar a história de figuras míticas como Ramsés II, que atuou ativamente na expansão territorial do Egito.
Por outro lado, cabe citar um evento que aconteceu em abril de 2021, onde o Governo do Egito organizou um desfile do ouro. Em resumo, esse desfile envolveu a transferência de 22 múmias de antigos faraós entre dois museus importantes em Cairo, capital do Egito.
Sendo assim, teve como principal propósito não só a mudança entre museus, mas também apresentar parte da cultura à população. Sobretudo, a intenção dos organizadores foi contar uma parte importante da história do país de modo acessível, e desconstruindo a imagem das múmias como algo aterrorizante ou macabro.
Desse modo, colocá-las na rua e ainda criar transmissões virtuais de todo o desfile ajudou na desconstrução da imagem dos museus como um espaço erudito. Por outro lado, conectou a população egípcia, e também do mundo inteiro, com fragmentos da origem da humanidade.
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Fontes: Aventuras na História | Toda Matéria | EducaMais | Conhecimento Científico
Imagens: Pinterest, Socientifico e