Os flamingos são aves pertencentes à ordem Ciconiiformes, família Phoenicopteridae e gênero Neognathae. São animais de grande porte, atingindo de 80 a 140 centímetros de altura, marcados principalmente por pescoços e pernas bem longos.
Além disso, eles também possuem bicos em forma de gancho, o que garante o sucesso na busca por comida no meio da lama. Para isso, movem apenas a mandíbula superior, que contam com lamelas que filtram o lodo.
Apesar do destaque do tamanho e do bico característico, a principal característica dos flamingos é sua coloração rosa. Pode haver variação de intensidade do tom entre as espécies, mas todas elas apresentam o aspecto rosado.
Espécies de flamingos
Flamingo americano (Phoenicopterus ruber)
Essa é a única das espécies de flamingos encontrada no Brasil, com foco no Amapá. No entanto, a caça predatória e a devastação dos habitats naturais para plantações de arroz colocou a espécie em ameaça de extinção. Em média, os machos têm de 102 a 122 cm de comprimento, com fêmeas um pouco menores.
Flamingo chileno (Phoenicopterus chilensis)
Assim como o nome sugere, esse flamingo é nativo do Chile, mas também é encontrado em regiões do Peru, Bolívia e Argentina. Vivem em colônias de milhares de casais e possuem cerca de 96 a 107 cm.
Flamingo da puna (Phoenicoparrus jamesi)
Esse é o menor dos flamingos, chegando a até 100 cm de comprimento. É natural da Cordilheira dos Andes, ocorrendo do sul do Peru ao noroeste da Argentina.
Flamingo grande dos andes (Phoenicoparrus andinus)
Essa espécie mede cerca de 102 a 110 cm de comprimento, em média. Apesar de não ser comum do nosso país, pode ser eventualmente avistado em áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Alimentação e habitat
A dieta dos flamingos consiste basicamente de algas e plâncton, além de camarões e pequenos crustáceos. Por causa disso, vivem em regiões onde há muita oferta de água salgada, com profundidades rasas.
Geralmente, as espécies vivem em grupos muito grandes, que podem incluir até 20 mil indivíduos. Dessa maneira, desenvolvem um comportamento muito sociável com base em muita interação entre os membros da colônia.
A maioria das espécies não é listada como em risco de extinção, mas cada vez mais os habitats naturais dos flamingos estão sendo reduzidos. Isso se deve ao desmatamento de vegetações nativas, bem como da contaminação de reservas de águas onde eles se alimentam.
Reprodução e hábitos
Os flamingos constroem ninhos na lama, onde as fêmeas botam apenas um ovo. O tempo de incubação dura cerca de 28 dias e, após o nascimento, a maturidade do animal surge após cerca de três anos. Os rituais de acasalamento baseiam-se em danças dos machos com a cabeça e acontecem nas estações chuvosas.
Assim que as fêmeas escolhem seu parceiro, a cópula é realizada e ovo botado é chocado tanto por ela como pelo pai.
Logo após o nascimento, os flamingos bebês são alimentados pelos pais, mas com poucos meses têm condição de se alimentar sozinho.
A princípio, os flamingos possuem plumagem clara, que adquirem o tom rosado a partir dos carotenoides contidos nos seus alimentos. Dessa maneira, é possível estabelecer se um animal está bem nutrido apenas a partir da cor de suas penas.
A coloração também é importante para a escolha de parceiros. Quanto mais rosa é um indivíduo, mais atraente ele se torna dentro da colônia.
Amizade entre flamingos
A partir da observação do comportamento das colônias, cientistas perceberam que os flamingos são capazes de construir relações e amizades duradouras. Além de incluir a formação de casais, os grupos também incluem a amigos do mesmo sexo de grupos com três a seis companheiros próximos.
Segundo Paul Rose, ecologista comportamental da Universidade de Exeter, no Reino Unido, bandos de 20 a 140 flamingos analisados num centro de conservação apresentaram amizades e união estável.
Por fim, a amizade entre as criaturas é muitas vezes determinada por traços físicos, incluindo a saúde e cor das penas e pode influenciar no humor das criaturas. Dessa maneira, manter aves sem um bom relacionamento próximas, ou distanciar aves amigas influencia diretamente no número de brigas e no estresse da colônia.
Fontes: National Geographic Brasil, Meus Animais, InfoEscola, Portal dos Animais
Imagens: BioDiversity4All