Pessoas que nasceram depois do ano de 1995 estão sendo chamadas pelos cientistas de “geração smartphone”. Embora o termo realmente pareça apropriado, a verdade é que estar nesse grupo pode não ser tão positivo assim.
De acordo com uma pesquisa realizada pela americana Jean Twen, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, as pessoas que cresceram na era do smartphone estão menos preparados para a vida adulta. Eles são menos propensos a dirigir, a trabalhar, beber álcool e até mesmo para fazer sexo.
Conforme a pesquisadora, a “culpa” da geração smartphone ser assim é, basicamente, da exposição excessiva à tecnologia e, claro, dos pais. Como explicou em seu livro iGen: Why Today’s Super-Connected Kids are Growing up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy – and Completely Unprepared for Adulthood (iGen: Por que as crianças superconectadas estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes – e completamente despreparados para a vida adulta), esses jovens cresceram em um ambiente mais seguro e, por isso, não gostam de se expor a situações de risco.
Depressão, dependência e habilidades sociais
O problema disso tudo, no entanto, não é só a imaturidade da geração smartphone, mas o fato de que essas pessoas são mais dependentes, chegam à faculdade e ao mercado de trabalho com menos experiências e têm grandes dificuldades na hora de tomar decisões.
Sobre a falta de experiências pessoais, a professora explica que está diretamente ligada à quantidade de tempo, 6 horas em média, que os jovens passam todos os dias conectados, enviando mensagens e jogando online. Por conta disso, eles costumam encontrar menos os amigos e isso afeta o desenvolvimento das habilidades sociais.
Os níveis de infelicidade também costumam ser maiores entre os jovens típicos da geração smartphone. Depressão, solidão e ansiedade também são quadros comuns entre eles.
O mais curioso é que boa parte dos 11 milhões de jovens americanos que foram entrevistados para o estudo têm plena consciência dos efeitos negativos do uso excessivo do celular e da internet. As pessoas, inclusive, disseram preferir ver os amigos pessoalmente, embora, na prática, isso não aconteça com muita frequência.
Geração smartphone é mais tolerante
Mas, como tudo tem seu lado bom, a fração positiva da geração smartphone é que eles são mais realistas com relação ao mercado de trabalho e estão dispostos a trabalhar duro.
Outra boa notícia com relação a essas pessoas é que elas são mais tolerantes com o “diferente” e não mais ativos na defesa de direitos LGBT, por exemplo, e da população de forma geral. Eles também defendem que pessoas devem ser o que realmente são e como se sentem bem.
E você, o que acha dessa notícia? Se você faz parte da tal geração smartphone concorda com as inseguranças e dependências citadas na pesquisa? Não deixe de nos contar nos cometários!
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Fonte: BBC