Certamente, você deve ter diversas visões do que eram os gladiadores. Eles já foram representados em diversas obras de ficção, como em Gladiador (2000) e também na série Spartacus (2010 – 2013). Em ambas as representações acompanhamos grandes guerreiros que passam por diversos problemas, mas você sabe como realmente era a vida de um gladiador?
Primeiramente, vamos a origem da palavra, que vem de gládio, que era o nome dado as espadas utilizadas por escravos. Os gladiadores eram, em sua maioria escravos da Roma Antiga, porém, podiam ser devedores, se tornando escravos como forma de punição. Eles eram obrigados a lutarem por suas vidas no meio de arenas, como por exemplo, o famoso Coliseu.
Os primeiros gladiadores surgiram por volta de 286 a.C., mas o esporte já havia sido inventado pelos Etruscos. Por fim, eles se tornavam verdadeiras máquinas de entretenimento para o povo e o imperador, até o dia da sua morte ou libertação.
Agora que você já sabe quem são eles, fique em seguida com mais informações sobre a vida e morte dos gladiadores.
Treinamento e “mordomias”
Certamente, se você estudou um pouco de história, deve saber que a vida de nenhum escravo é fácil. Eles são obrigados a fazer o que não querem, muitas vezes abusados, não recebem cuidados médicos adequados e muitos menos comida para se manterem saudáveis. Levando em conta todos esses pontos, podemos dizer que os gladiadores viviam como deuses comparados aos escravos normais.
Como eles eram produtos para o imperador, ele precisava receber um tratamento adequado para que enfim, lutassem e atraíssem o público. Eles tinham que treinar, geralmente contra sua vontade, porém isso ainda era melhor que ser um escravo normal. Eles lutavam, em média, 3 vezes por ano e caso ganhassem a luta contra outro gladiador, poderiam ter alguns benefícios.
Além desses prêmios, que podiam variar muito, eles também ganhavam glória e popularidade. Nesse caso, tal popularidade poderia salvar sua vida. Existia uma tradição que antes do golpe final, o público poderia decidir se queria salvá-lo ou não.
Caso o gladiador tenha sido grande e “carismático” com o público, ele poderia muito bem se manter vivo para uma próxima luta. Estudiosos acreditam que existiam dois sinais para essa manifestação, um com o punho fechado e o polegar apontado para cima, e o outro com o polegar apontado para baixo. Quem recebia polegares apontados par abaixo, recebia um golpe finalizador na jugular. Já que recebia os “likes”, recebiam mais uma chance, onde iam se recuperar para uma próxima luta.
Caso os gladiadores ganhassem muitas lutas, eles poderiam ganhar uma espada de madeira chamada Rudis. Tal espada simbolizava a liberdade, ou seja, o gladiador estaria livre para fazer o que deseja-se. Eles poderiam viver com a fortuna que ganharam durante as batalhas e os melhores recebiam pensões vitalícias do imperador.
Gladiadores e animais
Agora chegamos em uma das partes mais famosas do envolvendo os gladiadores. As lutas contra animais era uma outra categoria inferior a batalha entre dois ou mais escravos. Apesar de serem inferiores, elas chamavam bastante público já que poderiam ver de perto animais que jamais veriam fora da li. Dentre os principais animais estavam os tigres, os leões e, por fim, os rinocerontes.
Obviamente, as lutas eram bastante injustas, uma vez que um simples homem era mais fraco que um grande animal. Os animais poucas vezes eram mortos e quando um homem morria na arena, ele era “levado para o inferno”. Quem tinha esse papel era um homem vestido de Coronte, ser mitológico responsável por levar as almas pro submundo.
Pão e Circo
Certamente, a expressão “pão e circo” já deve ser conhecido por muitos. Ela surgiu durante as batalhas de gladiadores, onde os imperadores davam a diversão (circo) com as lutas, e distribuíam pão para quem participasse. Dessa forma, ficava mais fácil dos imperadores manipularem a população.
Grandes espetáculos eram feitos e até mesmo imperadores participavam da luta. Os mais famoso foram Calígula e Cómodo, Obviamente, a luta foi armada e ambos conseguiram a vitória.
Por fim, é bom lembrar de Espártaco, uma grande gladiador que viveu por volta de 73 a.C. Ele liderou diversas revoltas contra os imperadores, mas acabou sendo morto em uma delas. O cristianismo baniu as lutas no ano 325, mas elas continuaram por mais 100 anos de forma clandestina.
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Fontes: Aventuras na História, Clickdea, Info Escola
Imagem de destaque: Scalarama
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