O Hotel Cecil foi construído em Los Angeles. Localizado no centro, era um hotel simples e barato. O que o diferenciava de todos os outros, ou da grande maioria, era principalmente a diversidade de pessoas com a personalidade meio duvidosa que se hospedavam por ali. Em resumo, o Hotel Cecil se tornou mundialmente famoso por seu ar sombrio.
Assassinatos e suicídios faziam parte da rotina normal do hotel. Serial killers já passaram por lá e deixaram um rastro de sangue para trás. Os hotéis ao redor acabavam ajudando o Cecil a ter esse tipo de hóspede, isso porque eram maiores e melhores. Em princípio, o intuito dos donos ao abri-lo era apenas atrair pessoas que ficariam um ou dois dias. No entanto, o Hotel Cecil se tornou até inspiração para a série de terror American Horror Story.
Até hoje Cecil existe na cidade. Com o nome de Stay On Main, ele segue com a proposta de uma hospedagem barata. Porém, mesmo mudando de nome, é impossível para os proprietários mudarem o seu passado.
A história do Hotel Cecil
Construído em 1924, o Hotel Cecil abriu as portas para o público três anos depois, em 1927. No centro de Los Angeles, ele se diferenciava da concorrência pelo preço baixo. A princípio a intenção dos donos era atrair hóspedes que iriam passar poucas noites na cidade. Entretanto o tiro acabou saindo pela culatra. A crise e os hotéis ao seu redor diminuíam o Cecil de tal forma que os proprietários acabaram mudando a proposta inicial. Com poucos hóspedes, o hotel passou a alugar os quarto por longos períodos e preços mais baixos.
Por consequência, a maioria dos viajantes que ele começou a receber eram assassinos ou suicidas. Richard Ramirez, um serial killer famoso na década de 80 foi um dos hóspedes que passaram ali. Ele é responsável pela morte de 13 mulheres enquanto vivia no Cecil. Outro assassino conhecido que se hospedou por lá foi Johann Unterweger. Ele matou entre 10 a 12 mulheres e foi condenado a perpétua. Dizem que Johann se hospedou no hotel em uma homenagem a Ramirez.
Uma onda de mortes
Entre os anos 50 e 60 o local passou por uma grave onda de suicídios. Por exemplo, Helen Gurnee pulou da janela do sétimo andar e caiu em cima do letreiro do hotel. Julia Moore pulou da janela do oitavo. Pauline Otton, após uma discussão com o marido, pulou do nono andar. Ela caiu em cima de George Geannini que passava pela rua na mesma hora. Como resultado ambos morreram.
Uma triste história que certamente só poderia ter acontecido no Hotel Cecil foi a de Dorothy Jean Purcell. Ela estava hospedada em um quarto com o namorado, Bem Levine. Dorothy acordou uma noite sentindo muita dor na barriga. Saiu do quarto e foi para o banheiro para não acordar Ben com o qualquer barulho. Inesperadamente a jovem estava grávida e não sabia e naquele momento ela começou a dar à luz ao bebê. Acreditando que a criança havia nascido morta pelas condições que estavam, Dorothy jogou o bebê pela janela do hotel. Ela foi julgada, porém acabou sendo absolvida por sofrer com transtornos psicológicos. Essa história aconteceu em 1944.
Além dos suicídios citados acima, logo após sua inauguração, em torno de 6 pessoas se mataram ali. Tiros na cabeça e cortes na garganta fazem parte da história passada. No entanto alguns homicídios também aconteceram no estabelecimento. Em 1964 Osgood foi estrangulado, estuprado e morto dentro do seu quarto, tendo também suas coisas roubadas. O caso nunca teve solução.
Mortes Macabras e sem solução
Duas mortes de mulheres assombram o passado do Hotel Cecil. A primeira foi Elizabeth Short, em 1947. Seu corpo estava em um terreno baldio ao lado do hotel e as circunstâncias eram um tanto quanto estranhas. O corpo estava totalmente mutilado. Foi partido ao meio e suas partes colocadas separadas.
O assassino teve o trabalho de drenar todo o sangue dela e limpar o corpo inteiro antes de abandoná-lo. O rosto de Elizabeth também sofreu danos. Sua boca tinha cortes nas laterais que chegavam até as orelhas. Seu coração e vísceras foram retiradas. Com a história, Elizabeth acabou sendo apelidada Dália Negra e foi inspiração para alguns filmes e livros. O caso não teve solução, o que se sabe é que ela foi vista viva pela última vez no Hotel Cecil.
A segunda história é de Elisa Lam, em 2013. Alguns hóspedes foram reclamar com o hotel sobre o gosto estranho na água e como ela estava saindo sem pressão das torneiras e chuveiros. Quando os responsáveis pelo local foram procurar o que estava acontecendo, encontraram o corpo de Elisa em uma das caixas-d’água. O caso poderia ser só um assassinato, um suicídio ou um acidente, como foi considerado. Entretanto os detalhes diziam algo a mais.
Em primeiro lugar, a caixa-d’água que Elisa foi encontrada tinha mais de 2 metros de altura. Foi necessário cortá-la para que conseguissem remover o corpo do local. Ao passo que foi complicado tirá-la da caixa, como a jovem teria caído por acidente? Além disso, em seu organismo não foram encontrados vestígios de drogas de qualquer tipo. E mesmo assim, câmeras de segurança do hotel flagraram quando Elisa subiu até o terraço. A jovem estava agindo de forma estranha, aparentando gritar com alguém que não estava lá.
A mudança de nome
Após o caso de Elisa, as histórias sobre o hotel ressurgiram e por consequência muitos voltaram a considerar o local como assombrado. Em seguida alguns curiosos e vários interessados em assuntos paranormais começaram a se hospedar no hotel em buscar de uma confirmação que espíritos andavam por lá. O quarto de Elisa era o mais procurado.
Tentando se desvincular da imagem que foi criada e do seu passado asssustador, os responsáveis pelo hotel mudaram o seu nome para Stay on Main. Entretanto, em 2015 a série American Horror Story lançou uma nova temporada e se inspirou nas histórias do Hotel Cecil e mais uma vez o seu passado veio à tona.
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Imagens: R7, Latimes, Aventurasnahistoria, Countryliving
Fontes: Famigerados, Megacurioso, R7, Aventurasnahistoria