Por que o intestino é considerado o segundo cérebro?

Os cientistas continuam a encontrar evidências de que o cérebro e o intestino estão ligados; e que manter um saudável beneficiará o outro.

Por que o intestino é considerado o segundo cérebro? Entenda!

Dizer que o intestino é considerado o segundo cérebro, pode parecer absurdo. No entanto, esses dois órgãos do nosso corpo estão mais conectados do que você imagina. Porém, a natureza exata dessa conexão ainda é um mistério.

Recentemente, em pesquisas de neurociência, os cientistas identificaram a conexão desses micróbios no contexto do cérebro. O intestino está bem conectado ao cérebro através do nervo vago, que vai do tronco cerebral até parte do cólon.

Através do nervo vago, o cérebro pode se comunicar com o intestino e vice-versa. Com efeito, micróbios no intestino produzem moléculas de sinalização que enviam mensagens para o cérebro.

Diferenças nas microbiotas intestinais foram identificadas em muitos distúrbios, incluindo ansiedade, depressão, dependência, anorexia, esquizofrenia, déficit de atenção, autismo, acidente vascular cerebral, ELA, epilepsia, esclerose múltipla e doença de Parkinson.

5 fatos que provam que o intestino é nosso segundo cérebro

1. Conexão cérebro-intestino e microbioma intestinal

Escondido dentro das paredes do seu sistema digestivo está o seu sistema nervoso entérico, ou seu “segundo cérebro”. Seu cérebro e intestino se comunicam através de um sistema chamado eixo intestino-cérebro.

O microbioma intestinal é a coleção de microrganismos que vivem em seu trato digestivo, incluindo bactérias, archaea, vírus e fungos. Pesquisadores descobriram que o microbioma intestinal e o cérebro se comunicam bidirecionalmente.

Em outras palavras, seu microbioma intestinal pode afetar as funções cerebrais e as funções cerebrais podem afetar seu microbioma.

2. Alimentação saudável beneficia o intestino e o cérebro

O estado da sua saúde intestinal modula o sistema imunológico para promover ou piorar a saúde das células cerebrais. Certas bactérias no intestino produzem compostos que podem atravessar a barreira hematoencefálica e impactar o cérebro.

Portanto, o que você come e como cuida da saúde intestinal determina a funcionalidade e talvez até o destino do seu cérebro.

3. Prevenção de doenças

Distúrbios ao longo do eixo intestino-cérebro podem contribuir fortemente para a patogênese, ou modo de desenvolvimento da doença, de muitas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

Isso não apenas aprofunda nossa compreensão da doença de Alzheimer, mas também fornece um caminho potencial para novas abordagens terapêuticas.

Desse modo, os pesquisadores acreditam que a compreensão da comunicação cérebro-intestino pode ajudar a prevenir doenças, pois é possível que as doenças que se pensava começarem no cérebro realmente se originem no intestino.

4. A questão da inflamação

Várias teorias procuram explicar como a saúde intestinal afeta o cérebro. Um envolve inflamação, ou seja, a resposta do sistema imunológico à infecção ou lesão.

Quando o corpo é invadido por um vírus ou bactérias nocivas, o sistema imunológico ataca o invasor e repara as células, e o aumento resultante no fluxo sanguíneo e nas substâncias químicas liberadas nas células produz inflamação.

Se isso ocorrer sem um agente invasor, pode danificar o tecido. Com efeito, as moléculas derivadas de bactérias inflamatórias podem viajar por todo o corpo e chegar aos neurônios. Em pessoas geneticamente predispostas a um distúrbio neurológico, a inflamação no intestino pode desencadear doenças.

5. Novos tratamentos para transtornos psiquiátricos

Por fim, as terapias relacionadas ao intestino para uma melhor saúde mental estão em estágios iniciais. O intestino produz 95% da serotonina do corpo, conhecida por seu papel como estabilizador do humor.

Os pesquisadores estão analisando o potencial para tratar a depressão e a ansiedade, visando moléculas de serotonina com compostos não absorvíveis colocados diretamente no intestino para que atinjam apenas o revestimento do intestino, algo que já conseguiram em camundongos.

Fontes: Sallet, Hospital Novo, Uol, Longevidade Saúdavel, Essencial Nutrition

 

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