Kaizen é um conceito japonês que visa aplicar uma evolução constante no dia-a-dia, a fim de conquistar melhorias. Basicamente, a ideia se resume a ser um pouco melhor cada dia, garantindo uma superação contínua.
Diferente dos métodos que propõem mudanças radicais de forma abrupta, esse método propõe melhorias leves. Dessa maneira, eventualmente as pequenas conquistas podem resultar na realização de um objetivo maior.
Em japonês, a palavra vem da junção de kai, que significa mudança, e zen, que quer dizer bom.
Origem do kaizen
A filosofia kaizen surgiu em meados da década de 80, dentro de uma fábrica de automóveis Toyota. Na época, a empresa era líder de processos de negócios, mas detectou problemas em sua linha de produção.
A partir daí, foi necessário implantar alterações para evitar que a produção fosse paralisada. Como o trabalho não poderia ser interrompido para a aplicação de mudanças radicais, as alterações precisavam ser feitas com pequenas melhorias dentro do processo. A partir dessas transformações, a Toyota se tornou uma das empresas mais eficientes e confiáveis do ramo de produção de veículos no mundo.
Nascia assim a filosofia kaizen, com a intenção de promover uma cultura de melhoria contínua a partir de pequenos atos de evolução.
Kaizen e os 5 S
A aplicação do kaizen se dá a partir de cinco conceitos básicos. Todos eles são definidos por palavras japonesas que começam com a letra S, formando assim os 5 S.
Seiton: organização do material utilizado num processo de produção, eliminado a necessidade de gastar tempo com a procura dele.
Seiri: distinção entre as coisas essenciais e não essenciais para a realização de uma tarefa, evitando que as menos importantes atrapalhem no projeto.
Seiso: limpeza da área de trabalho, garantindo a melhoria de produtividade.
Seiketsu: higiene e manutenção do ambiente de produção, bem como das pessoas envolvidas na atividade.
Shitsuke: disciplina, honra e determinação aplicados para garantir o equilíbrio dos elementos anteriores e sucesso do processo.
Utilidade e aplicação
Dentro de ambientes corporativos, a filosofia kaizen pode melhorar a eficiência de processos operacionais com eficácia. A partir da eliminação de processos e etapas não-essenciais, é possível obter ganhos de qualidade de trabalho, bem como de qualidade de relações entre todas as partes envolvidas.
Por outro lado, o modelo kaizen também pode ser eficiente para provocar transformações no âmbito pessoal. Isso porque ele promove o foco em pequenas melhorias alcançáveis.
A partir daí, é possível concluir pequenas metas diariamente, acumulando evolução e aprendizado. A longo prazo, isso pode gerar uma melhoria considerável.
A princípio, é possível que a transição a curtos passos pareça inútil e irrelevante, mas caso a aplicação seja constante é extremamente eficaz. Para nível de comparação, pense no crescimento de uma dívida com juros compostos, por exemplo.
Inicialmente, o acréscimo de valor a uma parcela pode parecer pequeno, mas a longo prazo, o acúmulo sobre os acréscimos anteriores pode gerar valores exorbitantes.
Kanban e just in time
As metodologias de kanban e just in time são outras normalmente aplicadas juntamente com a filosofia do kaizen.
O kanban consiste na apresentação de tarefas e responsabilidades na forma de painéis, sejam físicos ou virtuais. Nesses painéis, é possível criar colunas que ilustram o andamento dos fluxos de trabalho, facilitando a visualização do processo completo. Virtualmente, esse tipo de método de planejamento ficou popular com sites como o Trello, por exemplo.
Já o just in time, do inglês na hora certa, diz respeito ao momento de realização de cada tarefa. Por meio dele, então, cada etapa do processo deve ser feito somente no momento necessário, sem a necessidade de adiantamento de tarefas. A partir dele, é possível garantir que cada parte da produção seja feita na hora adequada, com o foco adequado. Dessa maneira, o sucesso adequado também pode ser garantido.
Fontes: Na Prática, Use Mobile, Significados