Lewis Carroll foi um poeta e escritor inglês que viveu no século XIX, na Inglaterra. Além de ser um dos pioneiros na poesia de vanguarda, também é o autor do clássico Alice no País das Maravilhas. Seu nome verdadeiro era Charles Lutwidge Dodgson.
Nascido em Daresbury, em 27 de janeiro de 1832, era o terceiro de onze filhos. Por causa disso, tinha muitos irmãos mais novos e passava um bom tempo criando histórias para distraí-los.
Como seu pai era um clérigo anglicano, Lewis Carroll recebeu uma educação religiosa durante a infância. Entretanto, não seguiu a carreira e foi estudar em Oxford.
História de Lewis Carroll
Durante a infância, Lewis Carroll gostava de brincar com marionetes e truques de mágicas. Além disso, também fazia brinquedos com dobraduras, como barquinhos e pistolas de papel. Foi assim que também surgiu sua paixão por imaginar e criar histórias.
Além disso, ele também amava jogos, enigmas e quebra-cabeças. Mais parte, por exemplo, desafios de lógica iriam aparecer seus livros e poemas.
Apesar de ter recebido uma educação religiosa de seu pai, Lewis acabou indo estudar em Oxford, em 1851. Enquanto estava na universidade, se destacou tanto que ganhou uma medalha de honra ao mérito e foi contratado para atuar como professor de matemática.
Personalidade
Mesmo dedicado aos estudos, Lewis Carroll ainda era um homem muito recluso. Dessa maneira, acabou se tornando muito introspectivo e sempre foi solteiro, se tornando uma espécie de figura de tio atencioso com os filhos de seus amigos.
Após a graduação, passou a se dedicar, enfim, aos estudos religiosos e se tornou diácono, assim como o pai. Alguns anos depois, a família Liddell foi uma das frequentadoras de igreja dele e Lewis se aproximou de Henry e Lorina.
Além de amigo do casal, Lewis também criou uma relação com Harry, o filho mais velho dele. Com o tempo, começou a passear com o menino e suas irmãs, com quem se divertia contando histórias.
Lewis Carroll e as crianças
Entre os vários interesses de Lewis Carroll, estava a fotografia. Apesar de ser uma arte recente para a época, Lewis conseguiu se especializar em retratos de pessoas famosas e crianças.
Ao todo, ele fez cerca de 3 mil fotografias em vida, sendo que mais da metade são de crianças. Algumas das fotos (cerca de 30 delas), apresentam crianças nuas ou semi-nuas. Apesar de controverso, o costume era relativamente comum na época.
Entre suas principais modelos estava Alice Lidell, filha de Henry e Lorina Lidell. Além de inspiração para suas fotografias, Alice também inspirou o nome da protagonista de suas principais obras.
Alguns biógrafos sugerem que a relação entre Lewis e Alice, entretanto, foi o motivo do distanciamento entre as famílias. O autor Morton N. Cohen defende que Lewis teria demonstrado interesse romântico pela garota, o que criou o afastamento.
Obras literárias
Em 1865, Lewis Carroll publicou seu primeiro livro, Alice no País das Maravilhas. Antes disso, ele já publicava textos em revistas literárias com o pseudônimo. Foi só depois de algumas revisões a alterações que o livro finalmente chegou na versão que conhecemos.
Cinco anos depois, foi publicado “Através do Espelho e o que Alice Encontrou Lá”, sequência do primeiro livro. Assim como o original, a obra também fez muito sucesso.
Ainda que fosse voltada para crianças, os textos de Lewis traziam metáforas e questionamentos sobre a sociedade da época. Ou seja, por meio dos elementos de fantasia, o autor conseguiu fazer um clássico para crianças e adultos.
Além das obras fantásticas, ele também publicou textos acadêmicos, com seu nome real. Entre eles, estão “Um Programa para um Plano de Geometria Aplicada”, “Euclides e seus Rivais Modernos” e “Matemática Curiosa”.
Fontes: e-biografia, Aventuras na História, Revista Galileu, Britannica, Biografia e Curiosidade
Imagens: Time Travel Nexus, The Times, The Guardian, Independent, Mental Floss