Existem várias versões acerca de Lilith nas diferentes crenças e mitologias. Desse modo, a primeira vez que a história de Lilith se tornou pública foi no Alfabeto de Ben Sira durante os séculos VIII e X. Essa história não apenas afirma que Lilith era a esposa de Adão antes de Eva, mas também descreve o motivo de sua separação.
Em suma, ela foi banida do Jardim do Éden quando se recusou a ser dominada sexualmente por Adão. Assim, quando ela foi expulsa, ela foi transformada em uma figura demoníaca, e Adão recebeu Eva como sua segunda esposa. Diferente de Lilith, segundo o livro de Gênesis, Eva foi modelada a partir da costela de Adão para garantir sua obediência ao seu marido.
Por causa deste texto, estudiosos judeus foram capazes de juntar as peças e especular porque a história de Lilith não é discutida na bíblia. Além disso, eles perceberam porquê as pessoas não consideram Lilith de uma forma positiva.
Origem de Lilith
Os estudiosos não têm certeza de onde a personagem Lilith vem originalmente. Por outro lado, muitos acreditam que ela foi inspirada pelos mitos sumérios sobre vampiras chamadas “Lillu” ou mitos mesopotâmicos sobre ‘succubae’ (demônios noturnos femininos) chamados “lilin”.
Outros contos populares descrevem Lilith como a devoradora de bebês judeus. Demonizada pela mitologia judaica primitiva, Lilith era tida como um símbolo de promiscuidade e desobediência, apesar de muitas feministas judias modernas, enxergarem Lilith como um modelo de mulher igual ao homem na história da criação.
Além disso, Lilith também é representada como um demônio de olhos brancos que já foi humano, e por conseguinte, o primeiro demônio a ser criado. Com efeito, sua alma foi tomada por Lúcifer como um ato de rancor contra Deus.
Devido ao seu status como o primeiro demônio, acredita-se que a sua morte quebraria a maldição e libertaria Lúcifer do inferno em que se encontra preso desde a sua expulsão do céu.
Mitos e lendas sobre a figura mitológica
Ainda no folclore judaico, uma outra versão do seu mito diz que ela é geralmente associada a Asmodeus ou Samael (Satanás) como sua rainha. Nesse caso, acreditava-se que Asmodeus e Lilith procriaram descendentes demoníacos indefinidamente e espalharam o caos por todos os lados.
Inclusive, muitos fenômenos foram atribuídos a ambos, como por exemplo o vinho se transformando em vinagre, a impotência sexual dos homens e a esterilidade de mulheres. Além disso, como lido acima, Lilith foi a culpada pela perda de vidas infantis.
Portanto, duas características principais são vistas nessas lendas sobre Lilith. A primeira aponta Lilith como a encarnação da luxúria, fazendo com que os homens sejam desencaminhados, e a segunda a descreve como uma bruxa matadora de crianças, que estrangula bebês indefesos.
Por fim, a versão mais popular da história de Lilith é que ela se tornou uma das consortes de Samael (Satanás) e foi uma das rainhas do Inferno.
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Fontes: Infoescola, Respostas, Concursos no Brasil, Universa, Aventuras na História
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