Muito se sabe sobre a 2ª Guerra Mundial, entretanto, o nome de Marcel não foi ensinado nas escolas. Pelo menos, não nas brasileiras.
Marcel era uma criança de 6 anos que ajudava a França a levar mensagens e cartas secretas para as propriedades vizinhas em torno do centro da França.
Ou seja, uma única criança era um agente de ligação. Ele tinha uma memória perfeita e por isso foi escolhido para o trabalho secreto.
Bom, era impossível desconfiar de uma criança inocente que estava apenas passeando nas ruas com a sua mochilas nas costas, né?! Mas Marcel acabou se tornando heroi nacional na França.
A história de Marcel
Toda a história da criança durante a 2ª Guerra Mundial começou com seu pai. Eugène Pinte, conhecido como Athos, era líder de uma rede da Resistência. A sede era localizada em uma casa de fazenda de sua própria família. Ela ficava em La Gaubertie, um pequeno vilarejo.
Enfim, Marcel logo percebeu o que estava acontecendo dentro da fazenda. Conquistando de forma rápida a confiança dos guerrilheiros ele acabou entrando para a luta da Resistência. Com apenas 6 anos a criança já tinha ganhado um papel importante na luta contra a Alemanha nazista.
Por fim a criança, que havia se tornado um agente, recebeu de todos o apelido de Quinquin, ou de menininho. Marcel passava horas na floresta com os maquisards, membros da Resistência, aprendendo tudo o que podia de seus métodos clandestinos.
O trabalho de Quinquin
Vários encontros secretos eram feitos nas fazendas próximas. Aliás, até mesmo um paraquedista britânico foi escondido pela família de Marcel durante um período. Como o vilarejo era escondido com um acesso bem complicado, era o local perfeito para se encontrar.
Marcel era o responsável por levar as mensagens secretas aos outros guerrilheiros embaixo da camisa, sem nunca encostar em uma arma. Por outro lado, a criança era brilhante, feliz e adorava travessuras, assim como toda criança. Histórias contam que ele adorava se divertir com o operador de rádio clandestino.
Contudo, em 1944 a criança acabou sendo morta por acidente. Apenas em 1950 ele foi reconhecido pela França e recebeu uma condecoração póstuma, ganhando o lugar de sargento da Resistência. Além disso, em 2013 o Escritório Nacional para Ex-Combatentes e Vítimas de Guerra da França também emitiu um cartão oficial póstumo para a criança, reconhecendo-o como combatente voluntário da Resistência.
A triste morte
No verão de 1944 os Aliados – Reino Unido, França, Estados Unidos e União Soviética – chegaram à França pela Normandia. Isso fez com que os maquisards aumentassem seus trabalhos contra os nazistas. Enfim, durante uma noite, Marcel estava acompanhando um grupo durante uma operação.
Uma mensagem havia sido enviada pela BBC em código, dizia: O não-me-esqueças é minha flor favorita. Contudo, enquanto esperavam pelo encontro em La Gaubertie, uma pistola acabou disparando de forma acidental e matou o jovem Marcel.
Para continuar mantendo em segredo a unidade, a certidão de óbito dele precisou ser forjada. Contudo, conta-se que os britânicos usaram paraquedas pretos durante uma entrega de suprimentos para homenagear a criança. Por fim, ele foi enterrado em agosto de 44, pouco antes de Limoges ser libertado, com vários batalhões presentes.
O pai de Marcel faleceu com 49 anos em 1951. Atualmente a criança é considerada o herói mais jovem da Resistência Francesa contra os nazistas durante a 2ª GM.
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Imagens: Lepopulaire, France3-regions, Lematin e Yahoo
Fontes: Bbc e Observatorio3setor