As figuras cristãs tem uma enorme força na cultura ocidental. Nomes como Jesus Cristo de Nazaré, Maria a mãe de Deus. Pilatos e outros, representam figuras protagonistas na Bíblia Sagrada. Entre essas personalidades, está Maria Madalena.
Ela é reconhecida como uma prostituta, que se arrepende dos seus pecados através do amor e passa a ser uma seguidora de Deus. Mas algumas evidências mostram um novo perfil para a mulher.
Uma coisa está clara, Maria Madalena foi uma mulher de muita importância na vida de Jesus Cristo. Acontece que o perfil dela pode ser um pouco diferente do que estamos acostumados. Pelo menos é o que indica uma nova pesquisa na área.
Maria Madalena era rica
A pesquisadora Jennifer Ristine, no livro lançado em julho de 2018, Mary Magdalene: Insights From Ancient Magdala (“Maria Madalena, percepções da antiga Magdala”), procura desvendar muitos dos mistérios que envolvem a figura dessa mulher tão importante na Bíblia. Para reconstruir o perfil da figura, ela usou tantos as referencias religiosas quanto o resultado de recentes descobertas arqueológicas feitas na cidade de Magdala – hoje conhecida como Migdal -, Israel.
Ao que tudo indica, Maria Madalena não era uma prostituta, e sim uma mulher rica. As buscas no sitio arqueológico mostra que ela estava em meio a um enclave rico. Esse contexto pode apontar que ela, na verdade, era uma mulher rica bem posicionada economicamente e socialmente.
Confusão com Marias
Tudo indica, que hoje nós reconhecemos Maria Madalena como uma prostituta, por um possível erro de interpretação. Ela ganhou essa fama no século 5, através do papa Gregório Magno.
“Aquela a quem o evangelista Lucas chama de mulher pecadora é a Maria da qual são expulsos os sete demônios, e o que significam esses sete demônios senão todos os vícios?” disse o papa, fazendo uma fusão entre Maria, a pecadora, “que unge os pés do Senhor”; Maria, a de Magdala, liberada por Jesus de sete demônios, e entre as mulheres que o assistem; e Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro.
Jennifer Ristine explica que a igreja ocidental acabou incorporando três Marias diferentes, em apenas uma figura central. Além disso, com o passar do tempo, essa figura foi ganhando força e sendo associada a essa imagem cada vez mais.
Mulher forte
Essa nova exploração do perfil de Maria Madalena, acabou mostrando que além de forte, ela era uma mulher independente e influente na comunidade.
“Maria Madalena foi uma mulher influente tanto econômica como socialmente; economicamente porque era uma mulher acomodada, e socialmente porque, apesar de crescer e viver numa sociedade religiosa estrita, decide romper esquemas e seguir Jesus”, considera Ristine, para quem a mulher de Magdala é acima de tudo “um modelo de liderança para as mulheres”, afirmou a pesquisadora Jennifer Ristine.
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Fonte: El País