O Monte Everest possui 8.848 metros acima do nível do mar e fica na fronteira entre a China e o Nepal. O atrativo fica dentro do Parque Nacional Sagamartha (estabelecido em 1976) no Nepal, e identificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1979.
Para esclarecer, o imponente Everest é um dos picos da cordilheira do Himalaia. A palavra Himalaia vem de um termo sânscrito que significa “morada da neve”. De noroeste a sudeste, sua extensão atravessa cinco países diferentes – Índia, Nepal, Paquistão, Butão e o Tibete, na China. Além disso, ela é a mãe de três rios principais: o Indo, o Ganges e o Tsampo-Bramhaputra; e possui mais de 100 montanhas que ultrapassam 23.600 pés.
Formação do Monte Everest
Em termos geológicos, o Himalaia e o Monte Everest são relativamente jovens. Ou seja, sua formação teve início a pouco mais de 65 milhões de anos, quando duas das grandes placas da crosta terrestre colidiram. Desse modo, o subcontinente indiano moveu-se para o nordeste, colidindo com a Ásia, dobrando e empurrando os limites das placas até que o Himalaia tivesse mais de oito quilômetros de altura.
Como resultado, o Himalaia e o Planalto Tibetano continuam a aumentar cerca de 5 a 10 milímetros a cada ano. Geólogos estimam que a Índia continuará se movendo para o norte por quase 1.600 quilômetros nos próximos 10 milhões de anos.
Montanha Sagrada do Nepal
Em 1865, o pesquisador Andrew Waugh, sugeriu que a montanha recebesse o nome de seu predecessor no cargo, George Everest. Os tibetanos haviam se referido à montanha como “Chomolungma”, ou Mãe Sagrada, durante séculos, mas Waugh não sabia disso porque o Nepal e o Tibete não permitiam a entrada de estrangeiros. Já os nepaleses batizaram o monte Everest de Sagarmatha.
O Nepal é uma pequena nação do Himalaia que fica entre duas nações grandes e poderosas, Índia e China no sudeste da Ásia. O Nepal não só tem o Monte Everest, mas é o lar de oito das dez montanhas mais altas do mundo.
Com efeito, o fato reflete na riqueza turística deste pequeno país, que atrai visitantes que adoram caminhadas, escaladas e atividades de expedição, de todas as partes do mundo. Além disso, o local é reconhecido por sua diversidade cultural, isto é, pessoas de diferentes castas, religiões e grupos étnicos residem por lá.
Os habitantes nepaleses são divididos em quatro castas principais e trinta e seis sub-castas, cada uma delas com sua própria cultura, costumes, festivais e estilo de vida únicos.
Quem foi a primeira pessoa a escalar o Everest?
O Everest foi escalado pela primeira vez por Edmund Hillary da Nova Zelândia com seu guia sherpa nepalês Tenzing Norgay. Eles foram os primeiros a escalar o cume do pico com sucesso, em 29 de maio de 1953, às 11h30.
Antes disso, poucos aventureiros tentaram escalar a montanha, mas ninguém foi capaz de chegar até o topo. Naquela época, o Tibete estava fechado para montanhistas e o Nepal era a única opção para escalar o pico do Everest. Desde então, mais de 4.000 pessoas alcançaram o pico da montanha.
Outras expedições importantes
Outros marcos entre as expedições ao topo do Monte Everest incluem:
- 20 de maio de 1965: Sherpa Nawang Gombu se torna a primeira pessoa a chegar ao cume duas vezes.
- 16 de maio de 1975: Junko Tabei, do Japão, torna-se a primeira mulher a chegar ao topo do Everest.
- 3 de maio de 1980: o alpinista japonês Yasuo Kato é o primeiro estrangeiro a alcançar o cume pela segunda vez, após seu cume original de 1973.
- 20 de agosto de 1980: Reinhold Messner é a primeira pessoa a chegar ao cume sozinho.
- 22 de maio de 2010: Apa Sherpa, que subiu o monte pela primeira vez em 10 de maio de 1990, chega ao cume pela 20ª vez.
Riscos de escalar a montanha mais alta do mundo
Desde 1922, as pessoas começaram a tentar escalar o topo do Monte Everest. Todavia, nem todas conseguiram, e pior ainda, muitos perderam suas vidas tentando conquistar a montanha. Dessa forma, desde aquele ano, cerca de 300 alpinistas morreram durante a expedição. Mas o que torna a montanha mais alta do mundo tão mortal?
Para chegar ao cume, os escaladores devem entrar na parte mais perigosa da montanha chamada “zona da morte”. Com efeito, os escaladores precisam dar tempo aos seus corpos para se acostumarem com as altitudes mais elevadas.
É por isso que normalmente, os alpinistas passam várias semanas escalando o Monte Everest. Assim, eles param para descansar a cada mil pés. No entanto, quando se aproximam do topo e atingem 26.247 pés (8.000 metros), eles entram na zona da morte.
Perigos da Zona da Morte
Nesse local bem acima do nível do mar, a quantidade de oxigênio na atmosfera cai 40%. Consequentemente, o corpo humano passa por dificuldades para obter o oxigênio de que necessita, e combinado com o esforço físico de escalar a montanha, isso pode ser mortal.
Em suma, cada célula do corpo precisa de oxigênio para realizar seu trabalho. Por esse motivo, a atmosfera da zona de morte a torna um lugar extremamente perigoso. Entre os efeitos terríveis que pode causar no corpo humano estão:
- Inchaço do cérebro: essa condição pode levar ao edema cerebral de alta altitude e causar náuseas, vômitos, dificuldade de raciocínio e alucinações;
- Edema pulmonar de alta altitude: os sintomas incluem líquido nos pulmões, fadiga e fraqueza.
- Cegueira pela neve: a cegueira da neve é a incapacidade temporária de enxergar devido ao brilho da neve e do gelo. A congelação pode afetar qualquer pele exposta. Neste caso, as temperaturas no Monte Everest são baixas o suficiente para congelar a pele instantaneamente.
- Ulcerações pelo frio: por fim, a úlcera de frio pode tornar a pele dormente, branca, inchada, com bolhas ou enegrecida, e ainda causar morte permanente dos tecidos da pele.
Então, agora que você sabe mais sobre a montanha mais alta do mundo, clique e leia também: Fossa das Marianas: 5 fatos sobre o lugar mais profundo dos oceanos
Fontes: Revista Galileu, Toda Matéria, Brasil Escola
Fotos: Pixabay, Pinterest