Em primeiro lugar, para entender por que choramos precisa-se saber um pouco sobre o funcionamento do corpo humano. No geral, choramos para manter a córnea lubrificada, mas existem outras razões psicológicas para essa função fisiológica. Sobretudo, também são uma forma de liberar tensões internas e lidar com sentimentos adversos.
Curiosamente, os seres humanos são os únicos capazes de chorar. Sendo assim, animais também possuem lágrimas, mas atuam somente para lubrificação. Ou seja, são uma ferramenta do funcionamento ocular. Portanto, também precisa-se entender que choramos como uma forma social não verbal que busca pela assistência, conforto ou amparo de outras pessoas.
Ou seja, se trata ainda de uma forma de comportamento social que acompanhou a evolução humana. Ademais, existem três fatores que aumentam a quantidade de lágrimas. Primeiramente, o fator emocional, que decorre do estímulo do hipotálamo, o aumento da produção por um fator irritativo e por fim a dificuldade de drenagem da lágrima, também conhecida como epífora.
Além disso, em 1872, Charles Darwin escreveu que o choro é um incidente, tão sem propósito quanto a secreção de lágrimas provocadas por um golpe externo ao olho. Porém, o naturalista britânico não levou em conta a capacidade emocional dessa reação fisiológica. Sendo assim, ignorou a atuação do sistema límbico, localizado no cérebro e responsável plas emoções.
Em resumo, esse sistema é responsável pelo estímulo e processamento de susbtâncias como a noradrenalina e a serotonina. Desse modo, atua na função de fazer o sistema nervoso autônomo, responsável pelas ações motoras como o piscar dos olhos, a contrair a glândula lacrimal que produz as lágrimas. Portanto, entender por que choramos envolve entender sobre as emoções no organismo.
Por que choramos?
A princípio, a estrutura dos olhos é fundamental para entender por que choramos. Desse modo, a órbita é uma cavidade óssea que contém o globo ocular, mas também os músculos, nervos e vasos sanguíneos. Além disso, ainda inclui as estruturas que produzem e drenam as lágrimas.
Sendo assim, a superfície ocular envolve a conjuntiva, que recobre aquela parte branca do olho, e o epitélio da córnea, uma estrutura transparente que fica na frente da íris e pupila. Nesse sentido, essas estruturas são banhadas pelo filme lacrimal, que proporciona a lubrificação para o fechamento das pálpebras.
Porém, ainda existem funções antibacterianas. Portanto, a lágrima é como uma película protetora da superfície ocular, tendo três camadas diferentes, a oleosa, aquosa e mucosa. Apesar disso, os níveis desses componentes variam de acordo com a situação de saúde do indivíduo.
No geral, a camada oleosa ou lipídica parte de glândulas meibomianas que são muito finas, com cerca de 0,1 cm. Comumente, atuam para prevenir a evaporação da lágrima ou a saída desta pela borda da pálpebra. Mais ainda, quando choramos, impedimos que as gorduras presentes na pele alcancem a superfície ocular, gerando um meio óptico límpido que não interfere na visão.
Curiosamente, as lágrimas são ricas em água, sais minerais, eletrólitos, proteínas e imunoglobulina. Em resumo, todas essas substâncias são fundamentais para lubrificar a córnea. Além disso, há ainda o papel de proteção imunológica porque responde aos antígenos ambientais. Em outras palavras, evitam que corpos estranhos os organismo entrem em contato com a superfície ocular.
Socialização e emoção
Curiosamente, os cientistas têm estudado a relação da produção de lágrimas com o desenvolvimento da empatia e compaixão. Sobretudo, as lágrimas emocionais são fundamentais nesse processo, porque surgem mediante os sentimentos e as reações no corpo. Além disso, estima-se que essas lágrimas contém mais proteínas, e também são mais viscosas.
Sobretudo, o psicólogo holadês Ad Vingerhoests estima que os seres humanos são os únicos que produzem lágrimas emocionais. Ademais, tendem a ser mais lentas ao descer pelo rosto, cumprindo a função de criar laços e gerar empatia. Nesse sentido, estima-se que a partir dos três meses de vida, quando o bebê reconhece rostos e consegue socializar, passa a produzir esse choro específico.
Por fim, para entender por que choramos vale lembrar ainda que as lágrimas expulsam substâncias negativas, como o magnésio. Desse modo, expelimos substâncias que afetam o humor, reduzindo o estresse e até mesmo a dor ao eliminar a leucina-encefalina. Mais ainda, quando choramos, nós também respiramos fundo, o que reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
E aí, entendeu por que choramos? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.
Fontes: Visão | Lusíadas | Canal Tech | Minha Vida
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