O quebra-cabeça ou “puzzle”, como é chamado em inglês, é um brinquedo muito antigo. Inegavelmente, um dos melhores passatempos para crianças e adultos.
Além disso, ele contribui para o desenvolvimento de uma série de benefícios psicomotores.
Mas se engana quem pensa que o quebra-cabeça foi inventado recentemente. Como eu disse, ele é antiquíssimo. E, primeiramente, sua invenção foi para outro fim.
Origem do quebra-cabeça
Apesar de até hoje os historiadores não conseguirem dizer quando o quebra-cabeça surgiu, existem teorias a respeito de sua origem.
Uma das mais aceitas é a de que o cartógrafo inglês, John Spilsbury, inventou o brinquedo. Com o intuito de fazer seus alunos aprenderem geografia, em 1760 John criou um conjunto de peças com as partes do mundo. Juntas, elas formavam o mapa do mundo. Usando placas de madeira e estiletes, Spilsbury proporcionou aos seus alunos divertimento e aprendizagem.
Mas há quem diga que o quebra-cabeça foi inventado pelos chineses. O Tangram é um brinquedo milenar na China. Ele possui apenas sete peças, mas que possibilitam a formação de várias imagens. Contudo, ele é bem diferente dos quebra-cabeças no qual somos acostumados.
De fato, após da invenção de Spilsbury, o “puzzle” se popularizou muito. A saber, eles eram feitos manualmente, por isso eram muito caros. Foi somente na Revolução Industrial (1760–1820/1840) que o quebra-cabeça barateou. Isso, porque os avanços tecnológicos da Revolução proporcionaram as ferramentas necessárias para a confecção mais rápida e barata do brinquedo.
Durante a Grande Depressão (1929), o brinquedo viveu um boom em sua produção. Houve, até mesmo, aluguel de quebra-cabeças por 10 centavos a hora! Acima de tudo, as pessoas buscavam ter satisfação e realização ao jogarem o brinquedo.
Quais são seus benefícios?
Desde de que se popularizou, o quebra-cabeça ganhou várias formas e gravuras. Mas o que mais chamou atenção foi os benefícios causados a quem se dispõem a brincar com ele.
Segundo a especialista Anne Williams, o passatempo é ótimo para ajudar a criar um elo entre as famílias. Por ser um jogo que exige tempo e paciência, ele auxilia no desenvolvimento dessas coisas nas relações familiares. Além de ajudar a promover diálogos.
Sobretudo, para Williams, a construção do quebra-cabeça auxilia ainda no desenvolvimento de vários fatores psicomotores. Como:
- Noção espacial;
- desenvolvimento cognitivo, visual e social;
- coordenação motora;
- raciocínio lógico;
- criatividade;
- percepção;
- paciência.
O jogo também auxilia pessoas que sofrem do Mal de Alzheimer.
Curiosidades
- O maior quebra-cabeças se chama “Keith Haring: Double Retrospect”. Ele tem 32.256 peças, mede aproximadamente 5,44m x 1,92m e sua embalagem pesa impressionantes 17kg.
- A reprodução do quadro “Convergence”, de Jackson Pollock, é considerado um dos quebra-cabeças mais difíceis de se montar.
- Em 1997, no Peru, o grupo guerrilheiro Movimento Revolucionário Tupac Amaru invadiram a residência do embaixador do Japão. Com mais de 72 reféns, e frustados com as negociações eles pediram um quebra-cabeça de 2 mil peças. Isso com o fim de que os reféns pudessem ter um passatempo e não ficassem tão estressados com as negociações.
- Em 1933, os quebra-cabeças passaram a serem feitos em papel cartão. Sobretudo, isso o tornou mais barato, chegando a gerar uma venda de cerca de 10 milhões por semana!
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Fonte: ciabrink qcbrasil culturapopnaweb
Imagem de destaque: UniChapecó
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