A quinina é uma substância presente na casca da árvore de quina, conhecida cientificamente como Cinchona calisaya. Além de presente na forma natural, ela está presente na água tônica e é responsável pelos benefícios e pelo sabor da bebida.
A princípio, o composto era um dos principais medicamentos utilizados no tratamento contra malária. Atualmente, no entanto, o desenvolvimento de medicamentos sintéticos como cloroquina e primaquina provocaram a redução no uso.
Ainda que o composto tenha perdido parte de sua utilidade, ainda é comum em receitas para remédios caseiros e tradicionais, graças às suas propriedades febrífugas, digestivas e cicatrizantes.
Benefícios da árvore de quinina
Além das altas concentrações em quinina, a árvore também possui outros compostos com efeitos benéficos para a saúde. Entre eles, por exemplo, estão quinidina, cinconina e hidroquinona.
Seus principais efeitos envolvem a melhora da digestão e a atuação na desintoxicação do fígado. Além disso, possui ação antisséptica e anti-inflamatória, com efeitos que incluem combate à febre e redução de dores no corpo.
Os compostos da planta quina também são utilizados para adicionar amargor a alimentos e bebidas, como na água tônica.
Digestão: a quinina estimula a produção de saliva, promovendo a digestão já no primeiro contato com o alimento, na boca. Além disso, a substância também favorece as glândulas gástricas, ajudando a reduzir queimação e náuseas no estômago.
Desintoxicação: a substância ajuda a eliminar toxinas que podem ficar acumuladas no fígado ou em outras partes do corpo. Geralmente, elas ficam acumuladas após o consumo de alimentos ou bebidas com excesso de corantes e conservantes, por exemplo.
Cicatrização: as propriedades antioxidantes da quinina favorecem a cicatrização do corpo, a partir da neutralização de radicais livres. Dessa maneira, a substância ajuda a regenerar a pele, reduzindo acne e rugas, bem como melhorando a circulação de sangue e garantindo o rejuvenescimento.
Consumo e contraindicações
O principal consumo de quinina acontece na forma de chá, feito com folhas e cascas da planta. Para isso, basta misturar um litro de água com 2 colheres da casca e deixar fervendo por dez minutos. Em seguida, deixa a mistura descansar para resfriar e beba entre duas e três xícaras por dia.
Além da forma natural, também é possível encontrar quinina na forma de cápsulas. Essa variação, no entanto, só deve ser utilizada sob a orientação médica, já que contêm contraindicações e pode oferecer efeitos colaterais negativos.
Pacientes como grávidas e crianças, ou com depressão, problemas de coagulação do sangue e doenças hepáticas não devem consumir a substância. Além disso, medicamentos como Cisaprida, Heparina, Rifamicina ou Carbamazepina também pode provocar reações indesejadas no corpo humano.
Entre os principais efeitos adversos do consumo estão alteração dos batimentos cardíacos, náuseas, confusão mental, visão embaçada, tonturas, hemorragias e problemas no fígado.
Água tônica e quinina
A composição da água tônica conta com hidrocloreto de quinina, que ajuda a dar o sabor amargo da bebida. É esse gosto, inclusive, que torna a variante de água atraente para tanta gente, seja na forma pura ou como ingrediente de drinques.
Apesar disso, a concentração de quinina na mistura fica abaixo de 5 mg/L. Isso significa que, o efeito benéfico que o composto oferece em sua forma natural é muito reduzido aqui, quase inexistente em alguns casos.
Fontes: Clique Farma, Museu Da Gula