Como sabemos, o famoso detetive Sherlock Holmes têm muita credibilidade nesse mundo literário. Porém, ele deixa dúvidas. Tanto é que muitos perguntam se ele realmente existiu ou só foi uma personalidade fictícia.
Na verdade, ele foi um dos personagens mais aclamados e respeitados nesse universo de criações. Esse personagem, aliás, conquistou o coração de milhões de leitores do mundo todo.
E sim, basicamente, ele foi uma das criações literárias mais pesquisadas e investigadas na internet até hoje. Prova disso é que foi transformado e adaptado para o cinema, a televisão, livros e quadrinhos.
Mas, afinal, porque as pessoas gostam tanto desse personagem? Basicamente, existe uma série de motivos, como você vai conferir ao longo desse posto. Contudo, essa atração e esse respeito que inúmeras pessoas têm por Sherlock Holmes se dá, em grande parte, por conta de sua personalidade enigmática, sua inteligencia e obsessão em decifrar mistérios.
A história de Holmes, na verdade, se trata sobre a vida conturbada de um homem da ciência e da razão. Inclusive, sua parte emotiva quase nunca é enfatizada ao longo da sua jornada. Ele também pode ser definido como um personagem culto, perfeccionista, virtuoso no violino e ainda lutador de boxe.
Sobretudo, o que mais chama a atenção sobre esse homem da ficção literária, é justamente o fato dele sempre decifrar aquele mistério sobre o qual ninguém imagina a solução.
Criador de Sherlock Holmes
O criador de nosso detetive predileto foi o médico e escritor escocês Arthur Conan Doyle. Durante seus 71 anos de vida (que chegaram ao fim em 1930), ele deixou um imenso legado literário.
E não estamos falando só de Sherlock Holmes. Na verdade, esse escritor deixou também uma coleção de ensaios, poemas e romances históricos. Porém, a história de Holmes foi a que mais lhe rendeu sucesso, com seus 56 contos divididos em 4 romances protagonizando o personagem.
Contudo, o mais interessante de tudo é que, inúmeras vezes, esse escritor pensou em parar de escrever sobre esse personagem. Aliás, Doyle queria abandonar Sherlok Homes para poder se concentrar em outros gêneros. Contudo, a pressão das editores e o sucesso comercial fizeram com que ele continuasse com as histórias do detetive.
Sherlock Holmes realmente existiu?
Afinal, Sherlock Holmes realmente existiu, ou ele só foi uma criação de Doyle?
A priori, ele não existiu. Porém, Doyle, o criador do personage, se inspirou em uma pessoa real para criar o detetive da ficção. Inclusive, essa pessoa era o seu professor de medicina, Dr. Joseph Bell, da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Além de professor universitário, Joseph Bell servia também como cirurgião particular da Rainha Vitória. Além do mais, ele era também um poeta amador, e um grande amante da natureza, em específico das flores e dos jardins.
Porém, o que deixava os alunos fascinados por ele não era sua habilidade de observar as coisas. Sua capacidade dedutiva era tão grande que ele conseguia dizer sobre os pensamentos e sentimentos de seus pacientes se baseando apenas em como eles se movimentavam.
Assim sendo, você já deve ter ligado alguns pontos em comum entre Joseph Bell e Sherlock Holmes. Por exemplo, a inteligencia e a capacidade dedutiva. Além disso, eles também eram bem parecidos fisicamente: ambos são descritos com nariz e o queixo angulares, testa alta e um brilho astuto nos olhos.
Além disso, tanto o homem quanto o personagem tinham um jeito enérgico de caminhar. Eles também gostavam de incentivar: enquanto o Dr. Bell incentivava seus alunos e Conan Doyle; Sherlock Holmes incentivava Dr. Watson, seu melhor amigo, a exercitar sua capacidade analítica.
Homes nas telonas (e telinhas)
Tanto nos livros quanto nos filmes, Holmes é sempre apresentado como alguém genial. Inclusive, é comum que os filmes o retratem como uma verdadeira máquina de dados no campo criminal.
O mais interessante, contudo, é que tanto na obra litetária, quanto no cinema, a história enfatiza que Sherlock Holmes não só decifrava os crimes porque se tratava simplesmente de um agente muito bem preparado. Mas, também porque ele amava esse ramo de trabalho.
Sobretudo, é importante ressaltar que Sherlock Holmes não está sozinho em suas missões, nem no cinema nem nos livros. Na verdade, ele tem sempre um acompanhante, o Doutor Watson, seu assessor e melhor amigo. Aliás, é sob a ótica do médico e ex-soldado Watson que a história do detetive é narrada.
Watson ainda se torna uma espécie de aprendiz de detetive. E, a cada vez que ele consegue concluir um raciocínio ao gosto de Homes, ele é parabenizado pelo detetive. Uma das frases mais famosas da saga, aliás, é “elementar, meu caro Watson”, exatamente devido a essa relação de tutor-aprendiz.
Adaptações da história
Primeiramente, nas telas de cinema, Sherlock Holmes foi imortalizado na pele de Basil Rathbone. Ele chegou a interpretar o personagem em pelo menos 14 produções da Fox e na Universal, de 1939 a 1946.
Agora, na Tv, o personagem foi vivido pelo inglês Jeremy Brett ao longo de 10 anos. Ao todo, foram quatro temporadas criadas para os britânicos.
Além dessas, você também encontra inspirações do personagem no filme Visões de Sherlock Holmes, o qual o criminalista faz terapia com o próprio Sigmund Freud. E também no Enigma da Pirâmide, de Spielberg, o qual cria um suposto contato entre Sherlock e Watson quando ainda eram dois colegiais.
7 livros com participações especiais de Sherlock Holmes
1- O Xangô de Baker Street, por Jô Soares
A priori, esse livro é um clássico brasileiro, escrito pelo apresentador, escritor e ator Jô Soares. Sobretudo, nesse livro, Holmes é convidado pelo imperador D. Pedro II para visitar o Brasil. Porém, essa visita era justamente para Holmes decifrar um mistério e um crime.
Inclusive, tudo começa quando o violino Stradivarius – dado pela atriz francesa Sarah Bernhardt à baronesa Maria Luíza – desaparece. Ao mesmo tempo, uma prostituta é brutalmente assassinada, e encontrada pela polícia com as orelhas decepadas e uma corda do instrumento sobre o corpo.
Portanto, o livro é baseado nesse complexo caso, e principalmente, em como o detetive conseguirá solucioná-lo. Além do mais, existem partes também engraçadas, como por exemplo, os episódios em que o detetive sofre com o calor tropical, e com problemas intestinais causados por feijoadas e vatapás.
2- Uma Solução Sete por Cento, por Nicholas Meyer
A priori, o título desse livro tem como referência, o livro O Signo dos Quatro, que é um dos romances de Doyle. Além dessa referência, esse livro também começa e termina com Holmes injetando uma solução de cocaína na concentração de 7%. (Sim, o detive também tinha seus vícios na história original e era instruído por Watson a abandoná-los.)
Assim sendo, esse livro, o qual é narrado por Dr. Watson, conta a história de quando Holmes foi para Áustria procurar ajuda de um famoso psicólogo, com que faria reabilitação para se livrar do vício na droga. Porém, uma das emoções da história é que esse psiquiatra se trata, nada menos, de Sigmund Freud, o pai da psicanálise.
Sobretudo, a viagem de Holmes não se resumiu somente no encontro com o psicanalista. Na verdade, essa viagem também rendeu um caso, o qual atrasou a eclosão da Primeira Guerra Mundial. E, claro, Holmes decifrou e solucionou esse suposto crime.
3- Sherlock Holmes vs. Dracula, por Loren D. Estleman
A priori, Estleman, o autor desse livro e também jornalista, escreveu três histórias sobre o detetive. A principal delas, aliás, trata sobre o ano de 1979, e fala sobre a morte do capitão de um navio. No enredo, o homem é encontrado em um porto da Inglaterra, e seu corpo tem todo o sangue drenado.
O livro ainda conta com participações ilustres de outros personagens da ficção, como por exemplo o Conde Drácula. Ele, inclusive, é o principal responsável pela morte do capitão do navio. Outro personagem importante é o caçador de monstros Van Helsing.
4- Novas Aventuras Científicas de Sherlock Holmes, por Colin Bruce
Primeiramente, esse livro, assim como o próprio nome diz, é voltado para o meio científico. Inclusive, o autor consegue harmonizar conceitos da probabilidade, da estatística e da teoria dos jogos com as aventures e soluções de Holmes. Além do mais, esses casos envolvem empresários, jogadores e vigaristas.
5- The Mammoth Book of New Sherlock Holmes Adventures, por Vários Autores
A priori, vale destacar que esse livro não possui edição em português. Porém, traduzindo o seu título, ele se chama O Grande Livro de Novas Aventuras de Sherlock Homes.
Assim sendo, esse livro foi produzido por Stephen Baxter, H. R. F. Keating, Michael Moorcock, Amy Myers e outros escritores de romances policiais e ficção científica.
Basicamente, ele foi feito para salvar a abstinência dos fãs de Holmes. Portanto, ele é um compilado de histórias inéditas. Portanto, esse livro é perfeito para quem já zerou as 60 narrativas deixadas por Sir Arthur Conan Doyle.
6- Sherlock Holmes: Biografia não autorizada, por Nick Renninson
Após tantos livros de aventuras e loucuras, esse livro, publicado em 2006, trata sobre a biografia de Holmes. Assim sendo, o autor procurou misturar episódios reais da história da Inglaterra com os incontáveis casos solucionados pelo detetive.
7- Sherlock Holmes no Japão, por Vasudev Murphy
Esse livro, de modo geral, fez uma boa ambientação da vida nos países asiáticos no século 19. Contudo, desagradou alguns leitores mais conservadores. Até porque, para eles, o autor distorceu muitos elementos das histórias originais.
Sobretudo, esse livro conta a história de quando Holmes foi enviado para a terra do sol nascente. Segundo a história, o plano era conter o maligno professor Moriarty, o qual tinha planos de dominar o mundo.
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Fontes: Info escola, Tag livros, Revista Galileu
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