De acordo com a Teoria da Psicanálise de Sigmund Freud, a personalidade de um indivíduo é formata por três aspectos: Ego, Superego e Id. Entre eles, o Superego é o aspecto moral, responsável por reprimir os instintos primitivos do Id.
Em resumo, é nele que está a renúncia a prazeres internos, em prol da boa convivência em sociedade.
Freud desenvolveu o modelo estrutural de personalidade em 1923, dividindo a composição em estruturas de instintos, valores externos e parte moral.
O que é Superego
Dentro da Teoria da Personalidade, o Superego é a representação cultural do indivíduo, ou seja, representa a união de seus valores sociais. Ao longo da vida, esses ideais internalizados vêm de valores familiares e sociais, atuando para controlar os instintos considerados mais selvagens em primitivos.
Dessa maneira, sua atuação ocorre tanto nos níveis consciente, como inconsciente e pré-consciente. Em alguns casos, por exemplo, a atuação provoca a supressão de desejos do Id que geram sentimentos de culpa que a pessoa ainda não é capaz de compreender.
Complexo de Édipo
O conceito do Superego passa pela definição do Complexo de Édipo. Inspirado na mitologia grega, o complexo faz referência ao momento em que a criança “mata” o pai para ficar com a mãe, mas também torna-se pai nesse momento, podendo ser morto.
Diante desse cenário, aplicam-se normais sociais, morais, educacionais, religiosas e várias outras, a fim de ensinar, dentre outros, o certo e o errado.
Como herdeiro do Complexo de Édipo, então, o Superego constitui-se no momento em que a criança abre mão da figura paterna (ou materna) como alvo de amor e ódio. Sendo assim, a interação com pessoas em outros ambientes passa a compor a personalidade, seja com companheiros afetivos, eventos escolares e esportivos ou atividades profissionais.
Desenvolvimento do Superego
Além do Complexo de Édipo, a formação desse aspecto da tríade da personalidade também passa por subsídios incorporados de imagens, falas e atitudes que vêm dos pais ou outras referências importantes durante a infância.
De forma geral, o Superego materno se manifesta em meninas e o paterno em meninos. Entretanto, pai e mão podem assumir papéis fundamentais na formação do aspecto de ambos os sexos, considerando os aspectos culturais e particulares de cada família.
Comparado a uma espécie de filtro social, ele também é formado por princípios históricos, culturais e religiosos apresentados especialmente durante a infância. Dessa maneira, surge como noção de certo e errado, exercendo autoridade sobre as ações e os pensamentos.
Além de representar pensamentos de punição, ameaça, vergonha e moralidade dentro do Ego, também pode significar proteção e amor.
São consideradas as cinco funções do Superego a auto-observação, a consciência moral, a censura onírica, a influência principal na repressão e a exaltação dos ideais.
Ego, Superego e Id
Segundo Freud, além do Superego, a psique humana também conta com Id e Ego.
O Id é a parte que carrega todos os desejos e instintos primitivos, associados diretamente aos princípios do prazer. Por outro lado, o Ego representa a personalidade da pessoa, depois que o Superego filtra e reprime parte dos instintos do It.
Dessa maneira, o Superego pode ser destacado como o ideal do Ego, já que carrega os valores morais que serão equilibrados com os instintos mais selvagens. Isso porque a ideia é sempre conduzir o Ego para estar o mais próximo possível do ideal moral, ainda que isso não ocorra na demonstração final da personalidade.
Fontes: Significados, Psicanálise Clínica, Infopedia, Significado Fácil
Imagens: Gazeta, IBC, Arguere, Maxi educa, sbie