Um grupo de cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) conseguiu, pela primeira vez no Brasil, isolar uma cepa da variante ômicron do coronavírus. Sendo assim, será possível fazer o monitoramento e saber sobre o desenvolvimento da propagação.
Dessa forma, também será possível avaliar a eficácia da produção de novas vacinas. Enquanto isso, os pesquisadores cultivam a variante ômicron do coronavírus em um laboratório para o experimento.
Além disso, várias regiões do Brasil irão receber amostras da variante ômicron do coronavírus daqui a duas semanas. No entanto, só serão aceitas em laboratórios com especialização neste tipo de vírus. Portanto, devem possuir o nível 3 de biossegurança.
O processo
O procedimento é essencial para o desenvolvimento das vacinas como foi no começo da pandemia. Ademais, é o mesmo grupo de especialistas do ICB-USP que separaram o “primeiro” coronavírus no Brasil em fevereiro do último ano.
Sendo assim, eles também cultivaram o vírus em um laboratório e depois distribuíram para laboratórios no Norte e também no Sul do País. Por isso, foi possível estudar com cautela a Covid-19. Como, por exemplo, sintomas, causas e entre outros assuntos.
A relevância
Atualmente, a situação da pandemia já chegou a um nível distinto ao do início. Porém, as amostras ainda são necessárias para padronizá-las em novas tentativas experimentais e localizar a variante ômicron do coronavírus no Brasil.
Além disso, será possível saber se o vírus suporta os anticorpos de pessoas que foram vacinadas. Vale ressaltar que as empresas Pfizer e BioNTech já revelaram que sua vacina é eficaz e combate a variante ômicron do coronavírus com 3 doses.
Início da pesquisa da variante ômicron do coronavírus
Os especialistas iniciaram o estudo no meio da semana anterior a esta (08). Portanto, foi em parceria com o Hospital Albert Einstein, no Estado de São Paulo. O alvo inicial do teste foi um casal de brasileiros que mora na África do Sul. Eles vieram para o Brasil e fizeram testes que comprovaram a contaminação da variante ômicron do coronavírus.
Depois de coletar amostras, o ICB-USP as recebeu e fez avaliações. Sendo assim, isolaram e cultivaram a cepa através da neutralização por efeito citopático. Este procedimento também é famoso pelas siglas VNT.
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