Você provavelmente conhece alguém excessivamente ansioso, que tem dificuldades em se concentrar, em terminar tarefas sem interrupções, que se esquece, que nunca parece estar ouvindo você e que, definitivamente, não consegue ficar quieto por muito tempo. Não conhece?
Nem todo mundo sabe, mas esses os sintomas clássicos do chamado Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade ou, simplesmente, TDAH.
Embora o nome possa assustar à primeira vista, essa condição faz parte da vida de muita gente, crianças e adultos, que nem sabem que sofrem com o TDHA. Aliás, só para você saber, esse é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que leva, basicamente, à desatenção, à inquietude e a impulsividade.
Crianças e adultos
Claro que só um especialista pode dar o diagnóstico, mas esse costuma ser o problema de crianças muito ativas e que têm dificuldades (além do comum) em se concentrar, por exemplo.
Na vida adulta, o transtorno também pode trazer algumas dificuldades diárias, como dirigir, manter a concentração em conversas, executar algumas atividades no trabalho e, claro, na vida pessoal, já que as pessoas que amam e convivem com alguém com TDAH precisam entender a doenças e saber conviver com ela.
Sintomas mais comuns
De acordo com especialistas, os sintomas do transtorno pode variar bastante, mas, de forma geral, costumam envolver: ansiedade, esquecimento, baixa autoestima, dificuldades sérias de concentração, problemas no controle da raiva, impulsividade, mudanças repentinas de humor e dificuldades de relacionamento.
Mas, embora quem convive com o portador do transtorno deva se informar e entender o que se passa na cabeça de quem tem o TDAH, é preciso se lembrar também que não é nada fácil para portador do transtorno conviver com esses sintomas.
Pessoas com TDHA sofrem muito com o fato de não serem compreendidos na maioria das vezes (mesmo pelas pessoas que conhecem sobre a doença) e por tudo no mundo deles ser mais intenso e ampliado, já que a mente deles nunca deixa de ser um turbilhão de ideias e emoções.
É por isso que tomamos a liberdade de divulgar, na lista abaixo, alguns detalhes que você precisa se lembrar diariamente, caso conviva com alguém que tenha o transtorno. Os pontos destacados, aliás, foram originalmente publicados pelo site americano LifeHack.
Se você ama alguém com TDAH, precisa se lembrar que:
1. O cérebro do TDAH não para, sua mente é extremamente ativa. Não existem freios ou formas de trazê-lo para um descanso. É preciso aprender a organizar esta situação.
2. Eles escutam o que você diz, mas muitas vezes não conseguem absorver o que está sendo passado.
3. Eles tem muita dificuldade em manter a atenção e o foco em algo, por isso desenvolver e permanecer em uma atividade é extremamente complicado.
4. Eles ficam facilmente ansiosos e são sensíveis a tudo que está acontecendo ao seu redor, barulhos, movimentos bruscos, etc.
5. Se estão preocupados com algo ou chateados, os portadores do DDA não conseguem pensar em mais nada. Isso faz com que a concentração no trabalho, conversas e situações sociais torne-se uma tarefa quase impossível.
6. Os portadores de TDAH possuem profunda dificuldade em controlar suas emoções e reações diante de um fato. Muitas vezes, respondem impulsivamente e depois acabam se arrependendo.
7. Pessoa com TDAH são profundamente intuitivas e enxergam além das limitações da matéria. É justamente este traço da síndrome que transforma pessoas criativas e sensíveis em grandes gênios da humanidade.
8. Eles pensam fora da caixinha. Os portadores de TDAH pensam de forma diferente da maioria das pessoas, possuem pensamentos abstratos e muitas vezes conseguem enxergar soluções inusitadas.
9. Eles são impacientes, inquietos e ficam facilmente irritados. Sentem necessidade de estar em constante movimento, balançando as pernas, mexendo no cabelo, etc.
10. Como em suas mentes e no coração tudo é ampliado, quando um TDAH realiza uma tarefa ou atividade que gosta, ele faz aquilo com alma e coração. Eles dão o seu melhor e mergulham de cabeça da situação.
TDHA tem cura?
O transtorno de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade não tem cura, mas pode ser tratado. Conforme especialistas, medicações psicoestimulantes, como a Ritalina; fazem parte do tratamento, que também envolve terapias, conforme a necessidade de cada pessoa.
A própria família também precisam receber orientações especiais e até receber participar de terapia para aprender a conviver com os sintomas e reflexos do problema.
Dados sobre o transtorno, indicam que 50% das crianças diagnosticadas com TDAH conseguem tratar o transtorno e chegar à idade adulta sem os sintomas. Outros 50%, no entanto, precisam conviver com os sintomas na idade adulta, “mantendo-se relativamente constantes ao longo da vida, inclusive na 3ª idade”, como explicou o psiquiatra Mario Louzã, da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista ao site Vix.
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