Sabe aquele ditado que diz que “nem tudo que reluz é ouro”? Na internet isso faz muito mais sentido que a gente costuma imaginar, especialmente quando o assunto são likes e views e o número de seguidores em alguns perfis das redes sociais.
Isso porque, nem todo mundo que a gente vê bombando na internet realmente faz sucesso, sabia? Ao invés de esperar que o número de seguidores e de interações cresça naturalmente em seus perfis, muita gente lança mão de truques sujos e não permitidos que injetam likes e views em suas contas mediante pagamento.
Abaixo, como você vai ver, listamos algumas das formas mais comuns de se conseguir manipular as redes sociais e parecer bem mais influência que se realmente é na internet. Existem até algumas maneiras que utilizam trabalho análogo ao escravo fora do Brasil. Dá para acreditar?
Na matéria também revelamos como reconhecer o uso desses truques sujos e descobrir se aquela página, canal ou personalidade que você segue está, na verdade, pagando pelo “sucesso” que tem (ou aparenta ter).
Descubra como likes e views costumam ser manipulados nas redes sociais:
1. Robô virtual
Nem todo mundo tem paciência de esperar que o número de seguidores nas redes sociais cresça naturalmente, já que pode demorar bastante até que os influenciadores consigam uma quantidade expressiva de plateia. Para resolver isso, muita gente acaba contratando softwares, chamados de bots, que criam seguidores artificialmente.
Depois de feita a compra, o responsável pelo serviço só precisa dar o comando uma vez e deixar que o software trabalhe sozinho, criando contas nas redes sociais automaticamente para que sigam o comprador de likes e views.
2. Likes em cativeiro
Embora nem todo mundo tenha conhecimento dos bots, nas redes sociais eles não são novidades e já existem mecanismos que detectam o trabalho desses softwares e os eliminam. Mas, como para tudo tem um “jeitinho”, um outro truque sujo bastante usado ultimamente consegue seguidores, likes e views nas redes sociais de uma forma mais artesanal.
Segundo o jornal inglês Daily Mirror, na China, podem ser encontradas uma espécie de “fazenda de cliques”. Nelas, ficam dispostos mais de 10 mil smartphones que são operados de forma remota para curtir as páginas e seguir contas das pessoas que estão pagando pelo serviço.
Mas, esse nem é o método mais bizarro que se tem de conseguir burlar os números das redes sociais. Em Bangladesh, por exemplo, já foram encontrados esquemas em que pessoas de verdade, passam o dia inteiro curtindo manualmente posts e seguindo contas em dezenas de celulares ao mesmo tempo para ganhar nada mais que o valor equivalente a 120 dólares por ano.
3. Pacotes de likes e views
Para averiguar o assunto, a revista brasileira Mundo Estranho criou um e-mail falso e entrou em contato com várias empresas que prestam esse tipo de serviço. Conforme a cotação que fizeram, o preço médio de 500 curtidas no Facebook sai por cerca de 170 reais. Para o Youtube, a cada 1 mil visualizações, é cobrado até 3 mil reais.
Os pacotes internacionais costumam sair mais barato, mas aí você acaba pagando por seguidores que não necessariamente falam sua língua.
O que as empresas de dentro e de fora do país têm em comum é que nenhuma delas admite o uso de bots para aumentar o número de seguidores, de likes e views para os contratantes.
4. Militantes de mentirinha
Até mesmo militantes de redes sociais os bots são capazes de criar.
Um bom exemplo disso aconteceu em 2013, na política brasileira. Na época, a revista Veja denunciou que candidatos como Aécio Neves, Renan Calheiros e Agnelo Queiroz haviam feito uso de militância que só existia online, ou seja, de serviços de bots, que trabalhavam intercalando posts sobre assuntos variados e mensagens de apoio aos candidatos citados.
Nas eleições de 2014, Aécio voltou a jogar sujo nas redes sociais, mas não foi o único. Até mesmo a presidenta Dilma Rousseff chegou a ser flagrada pela BBC Brasil fazendo uso do mesmo truque.
5. Muitos Views, pouca interação
Uma forma de descobrir quando os views estão sendo pagos em redes sociais como o YouTube, por exemplo, é analisando a interação dos seguidores.
Muitos canais da plataforma de vídeos, por exemplo, costumam explodir em visualizações, muitos chegam ao ranking dos mais assistidos da rede, mas acabam sendo denunciados pela quantidade ridiculamente baixa de comentários e de interação do público.
Um bom exemplo disso foi o canal do YouTube que falava sobre cinema. Por várias vezes seus vídeos entravam para os mais assistidos das redes, mas por conta do pequeno número de comentários, as pessoas resolveram investigar o que acontecia.
Foi então que descobriram que os vídeos do canal ficavam escondidos em sites de streaming de anime, de forma que sempre quando alguém assistia um episódio desses desenhos, acabava dando play nos vídeos desse canal fraudulento.
E então, ficou decepcionado? Sabia que era possível manipular os usuários das redes sociais dessa forma? Não deixe de nos contar o que você acha desse assunto e se conhece algum exemplo de sites, canais e perfis em redes sociais que mantém esse tipo de prática.
Agora, falando em redes sociais, você pode gostar de descobrir ainda: 6 perfis falsos que enganaram milhares de pessoas na internet.
Fonte: Mundo Estranho
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