Adrenocromo: a substância associada a uma grande conspiração

Saiba mais sobre o adrenocromo: uma substância formada através da adrenalina e que é alvo de teorias da conspiração.

O adrenocromo é um composto químico originado da oxidação da adrenalina. No passado, ele chegou a ser estudado por cientistas para possíveis tratamentos de condições como esquizofrenia, no entanto, com o avanço das pesquisas, essa linha de estudo foi abandonada, pois não havia evidências concretas de sua eficácia terapêutica.

Apesar da falta de comprovação científica sobre propriedades psicoativas intensas, o adrenocromo entrou no imaginário popular e tornou-se alvo de inúmeras teorias da conspiração. Algumas dessas teorias sugerem que a substância é extraída de maneira ilícita e cruel, envolvendo até práticas criminosas.

E aí, vamos saber um pouco mais sobre o adrecomono? Boa leitura!

O que é o adrenocromo?

O adrenocromo é um composto químico derivado da oxidação da adrenalina, um hormônio e neurotransmissor essencial no corpo humano. A adrenalina é conhecida por sua função de resposta ao estresse, popularmente chamada de “resposta de luta ou fuga”. Já o adrenocromo, é produzido quando a adrenalina passa por um processo de oxidação, adquirindo uma cor avermelhada.

Alguns estudos científicos sobre o adrenocromo indicaram alguns efeitos em animais e humanos, mas o composto ainda é pouco compreendido e cercado de mitos, principalmente fora da comunidade científica.

Embora algumas teorias da cultura popular tenham associado o adrenocromo a propriedades alucinógenas e conspiratórias, essas associações carecem de embasamento científico. Na realidade, o uso do adrenocromo é raro, e ele tem sido estudado de forma limitada na medicina, com foco em possíveis efeitos sobre o sistema nervoso.

Para que serve o adrenocromo?

Existem algumas especulações que o adrenocromo teria propriedades capazes de retardar o envelhecimento, tornando-se uma substância rara e de alto custo. Entretanto, médicos e especialistas desmentem essa ideia, explicando que não há evidências científicas de que o adrenocromo tenha qualquer efeito antienvelhecimento.

Na realidade, na prática, o adrenocromo não possui aplicação clínica significativa, e suas propriedades terapêuticas ou estéticas não são reconhecidas pela medicina.

Portanto, apesar de algumas pesquisas terem explorado o adrenocromo em contextos muito específicos, como potenciais efeitos sobre o sistema nervoso, esses estudos são escassos e ainda inconclusivos.

Como é a teoria da conspiração envolvendo o adrenocromo?

A ideia de que o adrenocromo seria uma “droga da juventude” surgiu no meio de teorias da conspiração, nas quais é descrito como uma substância raríssima e bem procurada, supostamente usada por elites e celebridades para manter a juventude. No entanto, segundo o especialista e médico Omar Carrasco, o adrenocromo é resultado da oxidação da adrenalina e não possui uso clínico comprovado.

O mais curioso é que essas teorias alegam que o adrenocromo é extraído de um jeito cruel e clandestino, incluindo práticas de abuso, e que haveria um mercado secreto para a substância, espalhado por diversos países. Nele, os principais alvos seriam as crianças. No entanto, essas alegações carecem de qualquer comprovação científica ou investigativa.

O endocrinologista Steven Mittelman explica que não existem métodos para extrair adrenocromo de humanos e, mesmo que isso fosse possível, a quantidade obtida seria muito pequena. Além disso, ele complementa dizendo que não há nenhuma evidência científica sobre os benefícios desse produto para os humanos quando se trata de retardar o envelhecimento.

Portanto, até hoje, não existem registros oficiais sobre o uso do adrenocromo como algo para preservar a juventude e as autoridades não possuem evidências de qualquer rede clandestina relacionada à substância.

História do adenocromo

O adrenocromo despertou interesse na década de 1950 como uma substância de potencial relevante para a saúde mental, devido a possíveis efeitos psicodélicos que poderiam fornecer supostas soluções sobre transtornos psiquiátricos, especialmente quando se pensa na esquizofrenia.

A primeira investigação detalhada sobre o adrenocromo foi conduzida em 1954 pelos psiquiatras Abram Hoffer, Humphrey Osmond e John Smythies. Eles partiam da hipótese de que o adrenocromo, por suas propriedades químicas, pudesse induzir efeitos no sistema nervoso semelhantes aos sintomas da esquizofrenia, o que indicaria uma possível conexão entre a substância e os estados psicóticos.

Durante cerca de um ano, esses pesquisadores realizaram testes para observar se o adrenocromo poderia ter algum benefício para o tratamento de pacientes esquizofrênicos. Contudo, os estudos não trouxeram resultados consistentes ou benefícios comprovados para a condição.

Diante disso, essa pesquisa, embora inconclusiva, foi uma das primeiras a explorar como compostos químicos específicos poderiam influenciar a mente humana, revelando-se um marco inicial nos estudos sobre a bioquímica dos transtornos mentais.

Por fim, ainda vale lembrar que o adrenocromo também ganhou destaque no imaginário popular, digamos asssim, especialmente após ser mencionado em Medo e Delírio em Las Vegas, de Hunter S. Thompson, onde aparece de forma bastante exagerada e fantasiosa, o que contribuiu para seu envolvimento em teorias conspiratórias que vemos até os dias de hoje.

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