O basilisco é conhecido principalmente por ser um monstro com presença marcante em vários bestiários medievais. Conhecido como o rei das serpentes, o monstro tem forma de uma cobra gigante capaz de matar somente com um olhar.
Além da presença nesses bestiários, no entanto, a criatura já era referida desde tempos mais antigos. Há relatos de basiliscos na mitologia grega, bem como em trechos da Bíblia.
Mas não é só na mitologia que o basilisco está presente. Entre os répteis conhecidos por biólogos, existe um classificado como basilisco comum que, inclusive, possui uma habilidade bem singular.
Basilisco na mitologia
A origem do basilisco nos relatos mitológicos diz que a criatura nascia do ovo de uma serpente. No entanto, não bastava uma serpente comum, visto que o ovo deveria ser chocado por um galo. Por outro lado, um ovo de galinha chocado por um réptil também poderia gerar o terrível monstro.
Seus poderes incluíam poder queimar qualquer coisa próxima, fender rochas por meio da respiração ou gerar uma trilha venenosa por seu caminho.
De acordo com os relatos mitológicos, o basilisco era uma criatura indestrutível. No entanto, com a ajuda de uma doninha, seria possível destruir o monstro em algum combate. Isso porque a cheiro da urina de doninha, bem como sua alimentação a base de arruda, eram duas armas capazes de combater a criatura de igual para igual.
Além disso, alguns relatos literários diziam que o canto de um galo também poderia matar um basilisco. Depois da morte, a carcaça do animal podia ser utilizada para espantar outros animais, como ratos, aranhas e andorinhas, por exemplo.
Literatura
Na literatura, diversos autores fizeram uso do monstro em suas obras. Além dos relatos ainda na Bíblia, William Shakespeare, Samuel Richardson, Jonathan Swift, Alexander Pope e Voltaire chegaram a mencionar o basilisco.
Uma das mais recentes e reconhecidas presenças do monstro na literatura acontece na saga Harry Potter, criada pela britânica J.K. Rowling. O monstro é uma das principais ameaças da história, com habilidades semelhantes às já descritas na mitologia.
Nos livros, por exemplo, as aranhas são intimidas pela presença do basilisco, também é capaz de matar a partir do olhar. Diferente da resistência da doninha, no entanto, aqui a única criatura capaz de combater o monstro é a fênix.
Segundo a mitologia da saga, o primeiro basilisco foi criado por Herpo, o Sujo, depois que ele chocou um ovo de galinha com um sapo.
Basilisco no mundo real
Na biologia do mundo real, também há um basilisco conhecido. Diferente da grande serpente, no entanto, aqui estamos falando de um lagarto inofensivo que vive me regiões próximas a pequenos lagos e riachos.
O grande diferencial do basilisco comum, ou Basiliscus basiliscus, é sua velocidade na hora da fuga. Uma vez que os répteis possuem o sangue frio, nem sempre estão aptos para atingir altas velocidades quando querem fugir de seus predadores. Esse lagarto, no entanto, desenvolveu uma habilidade especial na hora de fugir.
Ao invés de simplesmente correr para dentro da floresta, como seria comum em outras espécies, o basilisco é capaz de correr sobre as águas. Para isso, eles são dotados de dedos longos nas patas traseiras, capazes de criar bolhas de ar que sustentam a movimentação. A habilidade chama tanta atenção que o animal também é conhecido por lagarto-jesus.
Para se ter ideia da velocidade com que os movimentos são feitos, para um humano conseguir realizar o mesmo, teria que correr a 104 km/h sobre as águas.
Fontes: Brasil Escola, Info Escola, Conexão Planeta, Lary Di Lua
Imagens: Mythology & Fiction Explained, Ark Wiki, Hobby Lark, daily sun