Em primeiro lugar, para entender se cachorro pode comer gelatina precisa-se entender a composição desse alimento. No geral, as gelatinas tradicionais são feitas à base de colágeno, uma proteína animal extraída do couro do boi. A princípio, faz-se a raspagem da pele, extraindo o colágeno do couro e tratando-o por meio da filtragem, esterilização e secagem.
Logo em seguida, há o processo de moagem que transforma tudo isso em um pó incolor que se utiliza no preparo de sobremesas. Mais ainda, compreende-se a gelatina como uma mistura de poli e oligopeptídeos derivados da hidrólise parcial do colágeno. Desse modo, as ligações moleculares naturais entre fibras separadas de colágeno são quebradas, oque permite o rearranjo.
Sendo assim, a gelatina funde com o calor e solidifica quando o calor cessa. Ademais, quando em mistura na água, ela forma uma solução coloidal. Comumente, é uma substância translúcida, incolor ou amarelada, amas também é insípida e inodora. Por fim, utiliza-se em alimentos e medicina como estabilizante ou espessante.
Portanto, os cachorros são seres onívoros, ou seja, que se alimentam de proteína animal. Nesse sentido, teoricamente o cachorro pode comer gelatina, mas existem alguns ingredientes na formulação das gelatinas que podem ser tóxicos e prejudiciais aos animais. Acima de tudo, não se deve oferecer gelatina de sabor para o animal.
Apesar disso, algumas pessoas acreditam que cachorro pode comer gelatina porque incentiva o consumo hídrico. Ou seja, porque o preparo envolve água, essa seria uma forma de incentivar que o animal tome mais água. Contudo, existem outras formas de estimular a ingestão de água. No geral, recomenda-se utilizar frutas como melão e melancia, que contém muita água na composição.
Cachorro pode comer gelatina?
A princípio, as gelatinas com sabor é formulado com diversos outros ingredientes prejudiciais. Em outras palavras, não é somente colágeno em sua composição, pois há utilização de açúcar, corantes, adoçantes, estabilizadores e conservantes que o organismo canino não processa.
Por um lado, os açúcares e adoçantes geram aumento de peso de forma não saudável nos cachorros, mas os corantes criam alergias. Além disso, existem adoçantes como o xilitol que são extremamente tóxicos aos animais. Portanto, a recomendação principal é que não se dê gelatina ao cachorro, assim como nenhum outro alimento com substância com sabor artificial.
Entretanto, excluindo as gelatinas coloridas e saborizadas, existe a gelatina sem sabor, com alta concentração de colágeno. No geral, recomenda-se que os cachorros consumam essa porque o colágeno é essencial para a pele, articulações e unhas. Porém, a maior parte dos médicos veterinários entendem que não há nem benefícios e nem malefícios comprovados no consumo.
Portanto, o cachorro pode comer gelatina, desde que seja sem sabor, mas não há nada que confirme os benefícios. Desse modo, evitar esse tipo de produto na alimentação dos cães para prevenção de complicações, tendo em vista que cada gelatina é feita de um jeito. Sobretudo, as rações caninas tem em sua composição todos os nutrientes que o animal precisa.
Mais ainda, diante de problemas de articulação ou pele, não deve-se tratar em casa utilizando de alimentos como colágeno. Sobretudo, as causas variam e é fundamental consultar um médico-veterinário para evitar complicações que surgem no tratamento caseiro.
Compartilhar comida
Comumente, algumas pessoas tem o costume de compartilhar um pouco da própria comida com o cachorro. Desse modo, pode ser que de fato um pedacinho da gelatina não cause problemas, mas esse hábito cria problemas mais adiante. Sobretudo, a formação de um hábito negativa tende a fazer com que o cachorro fique agitado durante as suas refeições.
Porém, há ainda o risco de obesidade e sobrepeso, porque o alimento humano tem uma quantidade de calorias diferente da ração. Sendo assim, problemas como diabetes, enfermidades cardíacas e os problemas na articulação surgem no animal. Além disso, tem-se ainda os desequilíbrios gastrointestinais, porque os animais não tem costume de lidar com a alimentação humana.
Ou seja, a mudança repentina na dieta gera perturbação gastrointestinal, resultando em vômitos, diarreia, mal-estar e até pancreatite. Mais ainda, compartilhar comida e alimentar o cachorro com gelatina tende a criar rejeição à ração posteriormente. Sobretudo, o alimento humano é mais atrativo ao animal, ainda que não tenha todos os nutrientes necessários.
Portanto, compreende-se que cachorro não pode comer gelatina, e nem outros alimentos humanos. Apesar disso, existem aqueles que realizam alimentação caseira, mas deve-se ter acompanhamento profissional nesse processo para evitar desequilíbrios.
E aí, aprendeu sobre cachorro e gelatina? Então leia sobre Sangue doce, o que é? Qual a explicação da Ciência.
Fontes: Petz | Cachorro Verde | Meu Cão Velhinho | Petlove
Imagens: Petz