A linguagem é todo e qualquer tipo de comunicação estabelecida. Assim sendo, a língua representa um conhecimento internalizado que os falantes possuem, para que eles se entendam. Dessa maneira, surgem as expressões populares, onde as pessoas se comunicam e se expressam através delas. Por exemplo, a expressão popular a casa da mãe Joana.
Ademais, o termo casa da mãe Joana representa um local onde tudo é permitido. Ou seja, é um lugar onde qualquer pessoa pode entrar e fazer o que quiser, pois não existem regras e nem uma autoridade. Além disso, a casa da mãe Joana também é um ambiente sem organização, prevalecendo a desordem e bagunça.
Por outro lado, a mulher que deu o nome a essa casa viveu no século 14. Em suma, Joana era uma rainha de Nápoles, na Itália, e regulamentou os bordéis da cidade de Avignon. Além disso, um dos seus decretos foi que o lugar teria uma porta que todos poderiam entrar. Por isso, surgiu essa expressão que representa um lugar onde domina a bagunça.
O que é a casa da mãe Joana?
A expressão popular casa da mãe Joana remete a um local onde tudo é permitido. Isto é, qualquer pessoa pode entrar nesse lugar, pode mandar, e usufruir dele. Dessa forma, é um ambiente sem regras, onde todo mundo pode mandar e fazer o que quiser, mas obedece quem quiser também. Além disso, a casa da mãe Joana também pode representar um espaço sem nenhuma organização, apenas com bagunça e desordem.
Quem é a Joana, da expressão “casa da mãe Joana”
A expressão popular casa da mãe Joana originou-se em um bordel de Avignon, na França do século 14. Ademais, Joana foi uma rainha de Nápoles, e uma das protagonistas de uma trama envolvendo o rei francês Felipe IV. Assim sendo, o rei Felipe IV resolveu cobrar impostos sobre os bens da Igreja. Logo, em 1303, o papa Bonifácio VIII excomungou o Felipe IV, que em vingança enviou um de seus legistas para invadir a Itália e prender o papa. Em seguida, o papa morreu na prisão e foi sucedido por Bento IX. Posteriormente, um novo papa, Clemente V, assumiu e transferiu a sede do papado de Roma para a cidade de Avignon.
Entre 1309 e 1378, Avignon residiu sete papas diferentes. No entanto, no início ele pertencia a Joana I. Ademais, ela foi acusada de participar do assassinato do seu marido Andrew. Então, ela teve que fugir da vingança do seu cunhado Luís I, o rei da Hungria, e foi para Avignon. Por isso, ela vendeu a cidade a Clemente V, na condição de ser declarada inocente. Entretanto, em 1382, Joana foi assassinada por seu sobrinho herdeiro, Carlos de Anjou. Mas, foi sempre lembrada pelo povo como a protetora dos prostíbulos. O que acabou dando origem ao vocábulo a casa da mãe joana.
Origem da expressão
Antes de Joana vender a cidade para provar a sua inocência, ela era conhecida por apoiar e regulamentar os bordéis da cidade. Desse modo, ela protegia as pessoas que viviam desse negócio. Ademais, um de suas medidas foi decretar que todo bordel deveria ter uma porta por onde todos entrariam. Por isso, cada prostíbulo ficou conhecido como o paço da mãe Joana. Isto é, representando um sentido afetivo de uma casa que está aberta para qualquer pessoa entrar.
Dessa maneira, conforme o Reinaldo Pimenta, um autor do livro A casa da mãe Joana – Curiosidades nas origens das palavras, frases e marcas, a expressão foi até Portugal. Em seguida, ela veio para o Brasil, onde a palavra paço foi substituída por casa. Por fim, o termo casa da mãe Joana se popularizou, e se tornou uma expressão popular bastante utilizada.
Então, você conhecia a história por detrás dessa expressão popular tão usada por todos? Se você gostou dessa matéria, também vai gostar dessa: Expressões populares 19 significados por trás de ditados comuns.
Fontes: Só Português, Aventuras na História