Um homem é suspeito de fazer o monitoramento de funcionários dentro da casa deles através do computador mesmo fora do expediente. Além disso, podia ser visto tudo o que mexiam nas telas das máquinas. O caso aconteceu no Reino Unido.
Devido ao lockdown na Inglaterra, que começou no último ano, os trabalhos home office cresceram expressivamente. Sendo assim, os funcionários tiveram que conectar seus aparelhos pessoais nas máquinas da empresa onde trabalham devido aos sistemas usados.
Portanto, os trabalhadores aceitaram as condições de conexão com as máquinas nos escritórios. No entanto, um dos servidores foi até a companhia e viu monitoramento de funcionários por meio de cada computador. Ou seja, a tela de todos os trabalhadores estavam expostos. Até os que não estavam no horário de trabalho.
Monitoramento de funcionários
Ademais, um dos gerentes estava no local e assistia o que cada um fazia no seu tempo livre como, por exemplo, os vídeos que eles assistiam no YouTube. Por isso, a vítima ficou realmente assustada quando fez o flagrante porque não se tratava mais somente de trabalho.
Esse monitoramento de funcionários pré-pandemia estava adequado porque envolvia somente o local de trabalho. Porém, com o acesso em casa, os trabalhadores não tem mais controle de quando possuem privacidade ou não.
Sendo assim, o sindicato pediu ao governo a ilegalidade do uso de webcams para fazer o monitoramento de funcionários em home office. A exceção somente seria em casos de reuniões ou chamadas virtuais.
Pesquisa
Um estudo feito pelo Prospect apontou que dos 2,4 mil trabalhadores no Reino Unido 32% recebem monitoramento de funcionários de forma virtual feitos pelas empresas. Os casos são mais frequentes entre servidores mais jovens na faixa entre 18 e 34 anos. Desde abril deste ano houve um significativo número de casos de monitoramento de funcionários com um percentual de 13%.
O que fazer em casos de invasão de privacidade?
O monitoramento de funcionários dentro das empresas é bastante comum. No entanto, segundo o secretário-geral do sindicato, Mike Clancy, a situação toma uma nova proporção quando o trabalho é em casa.
Sendo assim, de acordo com o Information Commissioner’s Office (ICO), os empregadores não devem fazer o monitoramento de funcionários excessivo mesmo que muitos deles estejam em casa.
Até porque não há necessidade de verificar também o que cada um faz na sua vida pessoal. Por isso, se o trabalhador perceber que vivencia algo similar, ele pode realizar a denúncia com o auxílio do ICO.
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