Chichen Itzá está localizada no estado de Yucatán, no México, e todos os anos recebe mais de um milhão de turistas que desejam descobrir seus encantos. Em suma, foi fundada entre os anos 325 e 550 por um grupo de maias, mas no ano 800 o local foi invadido pelos toltecas e, por isso, ambas as culturas se misturaram.
Foi então que esta cidade maia ganhou importância a tal ponto que se tornou a mais importante de toda a península.
Assim, existem várias maneiras de conhecer Chichén Itzá, com diversas opções de passeios. As excursões à cidade maia normalmente partem de Cancún de ônibus para turistas em grupo ou de serviço de carro para passeios particulares.
Localização de Chichén Itzá
Chichén Itzá fica a apenas uma hora e meia das cidades mais importantes do Estado de Yucatán, como Mérida ou Cancún, no sudeste do México.
Seu nome é um termo da língua maia que significa “na boca do poço Itza”. Os Itza eram um grupo étnico de maias que governou na parte norte da Península de Yucatán, onde a cidade se localiza.
Aliás, o poço do nome refere-se a uma série de rios subterrâneos que correm sob a região e que provavelmente serviam de fonte de água para a cidade. Este fácil acesso à água tornou a localização perfeita para uma cidade do tamanho de Chichen Itzá.
História de Chichén Itzá
A cidade pré-hispânica de Chichén Itzá foi a capital mais importante da área maia no final do período clássico e início do período pós-clássico.
No final do século X, a cidade foi invadida por uma tribo guerreira predominante: os toltecas. Com efeito, esta última invasão trouxe consigo uma nova série de elementos culturais, com destaque para a representação do deus-serpente Kukulkan.
No ano de 1250, a cidade foi abandonada por motivos não inteiramente conhecidos. Tão grande era o poder desta cidade que séculos após o seu declínio ainda era local de peregrinação, e mesmo por volta de 1540, quando Francisco de Montejo, o fundador de Mérida, pensou em ali levantar a capital.
Desse modo, a cidade maia passou a ser um centro religioso, cultural e administrativo. A uma curta distância, a elite vivia em edifícios semelhantes a palácios; dedicados aos deuses maias e cuidadosamente decorados e pintados em cores vivas.
Ao redor destes, em campos verdes, viviam entre 50 mil e 100 mil pessoas em palapas (cabanas de palha típicas do México) de telhado de palmeira.
Arquitetura
Chichén Itzá começou seu desenvolvimento urbano durante o período clássico tardio, tradicionalmente datado entre 800 e 1000.
Este novo desenvolvimento foi caracterizado por uma arquitetura monumental abobadada, de estilo semelhante ao das cidades da região montanhosa de Puuc. Portanto, essa arquitetura recebeu o nome de estilo maia ou Puuc.
Além disso, uma das características dessas construções Puuc é a presença de inscrições hieroglíficas, inscritas em língua maia-yucateco, que fazem referência constante a um governante chamado Kak’upakal, que significa “fogo em seu escudo”, mencionado nas fontes coloniais.
O que ver nas ruínas da cidade maia?
Várias estruturas importantes da cidade original ainda estão de pé graças aos esforços de restauração do governo do México. São todos impressionantes, mas entre eles destacam-se pela sua importância e beleza:
Templo dos guerreiros
O Templo dos guerreiros é uma grande pirâmide escalonada que recebeu o nome das colunas esculpidas que o cercam e que representam os guerreiros. Ao longo da parede sul da estrutura há uma série de colunas expostas. Quando Chichén Itzá era habitada, estes teriam suportado um extenso sistema de telhados.
Templo Kukulkan
No centro de um pátio aberto está o Templo de Kukulkan, também conhecido como El Castillo. Dedicado ao deus serpente emplumado Quetzalcoatl, é o monumento mais famoso de Chichén Itzá. Além disso, é um monumento de grande relevância para o calendário maia.
Observatório
O observatório ou El Caracol é um dos templos mais danificados pelas condições climáticas. Tem 3 janelas alinhadas de uma forma interessante. Os maias desenharam El Caracol em relação ao céu; a escadaria principal aponta para Vênus, um dos corpos celestes mais importantes para os maias.
Além disso, a torre em seu topo tem janelas que se alinham com a posição mais setentrional e meridional de Vênus, e uma terceira janela se alinha com o sul astronômico. Os cantos da plataforma se alinham com a sombra do sol no nascer e no pôr do sol dos solstícios.
Quadras de bola
As ruínas da cidade maia contém até 13 quadras de bola, mas a principal é de longe a mais impressionante. Com dimensões de 166 por 68 metros, é o maior campo de bola da Mesoamérica. Foi inaugurado no ano 864 d.C. e é radicalmente diferente de qualquer outra quadra de bola maia, que é menor e mais inclinada.
Cenote Sagrado
O Cenote Sagrado é uma espécie de lago semi-subterrâneo. Ao longo dos anos, as águas turvas revelaram muitos objetos de épocas passadas, como ouro, jade, cobre, turquesa, obsidiana, copal ou incenso, cerâmica, borracha, conchas e os ossos de cerca de 200 pessoas que serviram como sacrifícios.
O Cenote Sagrado Chenkú é quase circular, com uma média de 60m de diâmetro. A superfície da água fica a 22m da margem superior e tem pouco mais de 13m de profundidade na parte central, onde o fundo é lamacento. Assim, contém um volume de água de aproximadamente 23.000 metros cúbicos.
Na Velha Chichén, área próxima ao Cenote Sagrado Chenkú, existem edifícios de arquitetura típica maia, sem mistura de influências estrangeiras, como os templos “Cuatro Dinteles” e “Tres Dinteles”.
Há evidências de uma ocupação quase ininterrupta na área atual do sítio arqueológico de Chichén Itzá, especialmente no período chamado Pré-clássico Tardio até a chegada dos espanhóis.
Novas sete maravilhas do mundo
Em 1988, a UNESCO designou a cidade maia como Patrimônio Cultural da Humanidade e em 2007 tornou-se uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo, de acordo com uma votação internacional organizada pela empresa privada New World Corporation.
De todas elas, Chichén Itzá é a cidade maia mais famosa do mundo e, depois de Teotihuacán, é a zona arqueológica mais popular do México, recebendo mais de um milhão de turistas por ano.
Fontes: Wikipédia, Melhores Destinos, Chichenitza
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