Cidade de Petra – História e curiosidades sobre a cidade perdida

Petra foi uma cidade erguida pelos Nabateus, povo que viveu nos desertos da Jordânia. Hoje, suas ruínas é a grande ​atração turística do país.

Petra: história e curiosidades sobre a cidade perdida da Jordânia

As ruínas da antiga cidade de Petra estão localizadas no território entre o Mar Morto e o Golfo de Aqaba, nas montanhas do lado leste do Wadi Araba. Até hoje, muitos monumentos antigos podem ser encontrados no local, como o Teatro Romano e as Tumbas Reais.

Além disso, ela é uma das cidades mais famosas da Jordânia devido à sua história arqueológica e arquitetônica, e também é conhecida como a Cidade Rosa devido às suas formações rochosas de arenito cor de rosa.

Petra foi fundada em 312 a.C., e se tornou a capital do povo nabateu que é mencionado na Bíblia, e inclusive, eles costumavam chamá-la de “Raqmu”. Desse modo, a cidade foi um importante centro comercial entre a península arábica e Damasco, na Síria, além de ser uma peça-chave da rota da Seda e outras mercadorias que eram transportadas entre a Arábia Saudita, China, Grécia, Egito, Síria e Roma.

Povos Nabateus

Os nabateus eram uma tribo beduína nômade que atravessou o deserto da Arábia e assim, fundou Petra. Eles emergiram como um poder político entre os séculos 2 e 4 a.C. e começaram a construir Raqmu.

Como resultado, a cultura nabateia ganhou riqueza e estabilidade graças ao seu controle sobre uma rede comercial essencial para o mundo antigo. Por causa de seu envolvimento no comércio, eles foram expostos e influenciados por diferentes culturas do mundo mediterrâneo e árabe. Desse modo, essas influências foram incorporadas à sua religião e cultura.

Devido a sua riqueza e poder, bem como a sua localização estratégica, Petra foi uma cidade difícil de conquistar. Todavia, os nabateus foram dominados pelos romanos em 106 a.C., tornando a cidade uma provícia de Roma.

No entanto, mesmo em expansão, os romanos perderam o poder de Petra para o Islã. Então, eventualmente, por razões que não são muito claras, os nabateus caíram na miséria e suas terras foram divididas entre diferentes reinos árabes.

Por muito tempo, o local guardou muitos artefatos de valor inestimável, peças religiosas e tesouros. Entretanto, após uma série de terremotos severos e invasões de exploradores, metade da cidade foi destruída e a maioria desses tesouros antigos foram roubados do local.

Por fim, acredita-se que a cidade foi abandonada essencialmente no final do período bizantino.

Redescoberta da cidade perdida

Petra: história e curiosidades sobre a cidade perdida da Jordânia
Fonte: Freepik

Petra foi redescoberta pelo explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt em 1812. Ela a encontrou sob camadas de areia antigas, daí o apelido de Cidade Perdida. Para esclarecer, o nome Petra é derivado da palavra grega ‘petros’ que significa rocha ou pedra.

Desde 1985, essa antiga cidade é um Patrimônio Mundial da UNESCO, recebendo visitantes de todo o mundo que são atraídos pelas ruínas desta extinta civilização.

Por conseguinte, em 2007, Petra foi reconhecida como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo e a UNESCO a descreveu como “uma das propriedades mais preciosas do patrimônio cultural da humanidade”.

Novas descobertas em Petra

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Mesmo tendo passado mais de 200 anos desde a redescoberta da Cidade Perdida, os arqueólogos ainda estão descobrindo riquezas históricas no local. Desse modo, em 2016, imagens de satélite encontraram uma estrutura monumental até então desconhecida, escondida sob as vastas areias de Petra.

Os arqueólogos teorizaram que a estrutura recém-revelada provavelmente tinha uma função cerimonial, pois consiste em uma grande plataforma, ou palco, e é única em contraste com qualquer outro dos edifícios que resistiram ao tempo, em Petra. Portanto, isso significa que há muito para ser descoberto e visitado nesta antiga cidade perdida.

Ruínas de Petra

Ad Deir – O Mosteiro

Petra: história e curiosidades sobre a cidade perdida da Jordânia
Fonte: Freepik

Escondido no alto das colinas, o Mosteiro é um dos monumentos lendários de Petra. O Mosteiro foi construído no século III aC como uma tumba nabateia. Além disso, seu nome foi derivado das cruzes gravadas nas paredes internas. Por este motivo, o Ad Deir é considerado o segundo monumento mais visitado da cidade de Petra, depois do Tesouro.

Bab Al Siq

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Bab el Siq é a entrada principal da cidade. Em suma, são três quarteirões esculpidos na rocha, tendo ao fundo o lugar onde se encontra o Triclinium, uma sala de banquetes. No lado oposto do penhasco, há uma inscrição dupla em nabateu e grego.

Colina do Sacrifício

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A colina do sacrifício é onde costumavam realizar os sacrifícios que envolviam libações e oferendas de animais. Inclusive, acredita-se que a famosa passagem bíblica em que Abraão, como prova de devoção a Deus, quase sacrificou seu filho aconteceu nas montanhas de Petra.

Ademais, o túmulo do profeta Aarão, local sagrado para os muçulmanos, está preservado hoje também na região de Petra. Em homenagem ao profeta, um bode é sacrificado anualmente, pois muitos peregrinos acreditam que a Tumba carrega o espírito do profeta Araão (irmão do Profeta Moisés).

Rua da Colunata

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Com colunas enfileiradas lado a lado, a Colunata é uma rua que atravessa o centro de Petra. Todavia, esse local está quase todo em ruínas devido às frequentes inundações que ocorreram nos últimos milhares de anos.

Siq

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O Siq é um estreito de mais de um quilômetro de comprimento e 80 metros de altura. Aliás, é a antiga entrada que leva à cidade de Petra. O Siq começa na barragem e termina no lado oposto, na área do tesouro. O Siq é uma rocha dividida que tem cerca de 1200m de comprimento e largura que varia de 3 a 12 metros; a altura das rochas pode chegar a 80 metros. A maior parte da rocha Siq é natural, mas há outra parte que foi esculpida pelo povo nabateu.

Tesouro

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Fonte: Freepik

O Tesouro é uma das maravilhas das ruínas de Petra. São centenas de tumbas feitas na rocha, teatro romano, obeliscos, bem como templos, altares de sacrifícios e ruas com colunatas, e, no alto do vale, está o suntuoso Mosteiro Ad-Deir.

Tumbas Reais

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A colina do Teatro é composta por falésias voltadas para o oeste, onde existem alguns dos cemitérios mais impressionantes de Petra, conhecidos coletivamente como “Tumbas Reais”. Em resumo, são quatro principais tumbas existentes nas ruínas da cidade perdida, são elas: Tumba da Urna, Tumba da Seda, Tumba de Corinto e Tumba do Palácio.

Teatro de Petra

Fonte: Freepik

O teatro foi esculpido pelo povo nabateu na encosta da montanha; tem três filas de assentos, sete degraus e pode acomodar 4000 espectadores. O teatro foi construído durante o governo do rei Aretas IV.

Wadi Musa

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O Wadi Musa, que significa Vale de Moisés, é um longo vale cercado de montanhas onde um acampamento beduíno vende artesanato local, como cerâmica, acessórios e garrafas com areia colorida. Nesse local, as pessoas só podem se deslocar a pé ou alugando cavalos, camelos ou uma carruagem.

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Fontes: Submarino Viagens, Infoescola, Portal São Francisco

Fotos: Freepik

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