Cientista paquerou uma fêmea de grou por 3 anos, para o bem da espécie dela

Parece bizarro, mas o “namoro” entre a fêmea de grou e o cientista realmente aconteceu. O motivo? Muito mais nobre que você deve estar imaginando.

A história que você está prestes a conhecer parece um pouco estranha, e realmente é, mas é bastante nobre tanto. Isso porque vamos falar de uma espécie de relacionamento entre uma fêmea de grou e um ornitologista chamado George Archibald, um profissional extremamente preocupado em preservar espécies ameaçadas de extinção.

Conforme os relatos publicados pelo próprio especialista, durante três anos ele tentou paquerar a fêmea em questão para tentar fazê-la procriar em cativeiro. Mas, calma, não pense nada sujo sobre o pesquisador.

Tudo o que ele fez foi estimular a ave, a única fêmea das 100 aves de grou-americano que viviam no zoológico de San Antônio. Acontece que Tex, como foi apelidada a ave, não se interessava por nenhum dos machos de sua espécie por se considerar humana.

A fêmea de grou que se achava humana

Isso aconteceu, segundo George, porque ela estava tão acostumada aos humanos que não se reconhecia como uma ave. Foi por esse motivo que o especialista percebeu que poderia tentar fazer com que a fêmea se interessasse por ele e conseguisse se reproduzir por inseminação artificial.

Como os grous escolhem um parceiro para a vida inteira, o especialista precisou se dedicar bastante para cair nas graças de Tex.

Além de dormir no viveiro da fêmea por um mês, ele dançava para ela a dança típica de acasalamento dos grous, que consiste em se mostrar para o parceiro em potencial chacoalhando as pernas. A corte é aceita se o alvo da dança imitar os gestos do paquerador.

A história do “casal”

De acordo com o especialista, isso aconteceu em 1976. Ele passou a conviver com a ave a maior parte do dia e falava com ela constantemente. Quando ele resolveu dançar para a grou, ela respondeu.

Depois disso o “casal” construiu um ninho juntos e a fêmea botou. Mas, o sêmen usada na inseminação não era de boa qualidade e o ovo não chocou.

No ano seguinte, George partiu para a conquista novamente.Todo o processo funcionou e, dessa vez, o a fertilização aconteceu com sucesso, mas o filhotinho grou acabou morrendo.

O filhotinho de Tex

O mais interessante de tudo é que um outro especialista tentou a corte a Tex no ano seguinte, mas sem sucesso. Lembra do que dissemos sobre “um parceiro para a vida inteira”? Foi preciso de uma terceira tentativa de George para que o experimento fosse concluído com sucesso.

Dessa vez, o filhotinho nasceu e vingou e foi chamado de Gee Whiz. O problema é que a fêmea acabou morrendo depois que um grupo de guaxinins invadiu o viveiro e a matou.

Mas, o filhotinho de Tex continuou firme e forte e, em 2012, completou 30 anos. (Você sabia que aves poderiam viver tanto assim?).

Missão concluída com sucesso

Apesar de trabalhosa, George concluiu que sua experiência de preservação do grou foi um sucesso e, atualmente, ele se dedica à tarefa.

O ornitologista já visitou o Afeganistão, Cuba, a Índia e até a Rússia para ensinar sobre a preservação do habitat natural das aves e para garantir que elas continuem existindo.

Uma história e tanto, não? Agora, falando em aves, você pode gostar de conferir também: Corujas: 10 fatos divertidos e curiosos sobre esses animais incríveis.

Fonte: Revista Galileu

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