Embora o ouro seja diretamente associado ao dinheiro e, claro, a joias, a verdade é que ouro também é química. Aliás, uma bela prova disso é que cientistas conseguiram criar, em laboratório, um tipo de ouro, mais dourado que o encontrado na natureza, inclusive.
Como o ouro natural que conhecemos está cada vez mais escasso e mais difícil de ser encontrado – ele precisa passar por milhares de anos de processos geológicos para se formar -, os pesquisadores da New Scientist criaram uma forma do metal que não só se assemelha ao original, como é mais reluzente e mais chamativa. Uma ótima opção para a fabricação de joias, aliás.
Ouro, um metal incrível
Para que você entenda melhor como o ouro funciona e porque ele é um metal tão único, todo mistério está em seus elétrons. Sua tonalidade, por exemplo, resulta da tendência do metal absorver os comprimentos de onda de luz mais baixos, como os azuis. Dessa maneira, as ondas de luz restantes acabam formando a cor dourada.
O mais interessante de tudo é que outros elementos não fazem isso, com exceção do césio, que é altamente radioativo.
E esse não é o único aspecto curioso da versão natural. Por se tratar de um metal nobre, ele é inerte, ou seja, resiste à corrosão e à oxidação. Isso significa que independente do tempo, ele vai continuar dourado, o que é impossível para outros metais, como o cobre.
Como foi possível criar ouro em laboratório?
Agora que você conhece algumas coisinhas sobre o ouro e sabe que ele se trata de um metal tão peculiar, deve estar se perguntando como foi possível aos cientistas recriá-lo (e de maneira melhorada) em laboratório, não é mesmo?
Na verdade, a coisa toda não aconteceu de uma hora para outra. Muitas foram as tentativas de recriar o metal em laboratório, até que os estudiosos perceberam que era preciso mexer em suas propriedades químicas.
Somente em 2015 o metal “fake”, digamos assim, foi criado com sucesso. A descoberta aconteceu na Índia, em Bangalore, e foi feita por uma equipe do Centro de Ciências Nano e Soft Matter.
Basicamente, os pesquisadores jogaram um pouco de cloreto de ouro em um forno a 220 ºC, ao lado do brometo de tetraoctilamônio cacofônico. O resultado disso, depois de cerca de 30 minutos, foi o ouro de laboratório, em pedacinhos microscópicos, esburacados e alongados.
Mais dourado e mais resistente
Embora, à primeira vista, a gente não dê muita coisa por esses pedacinhos do metal, os microcristais possibilitaram a equipe estudar se era possível atacar o ouro. Eles perceberam que essa façanha é possível desde que se utilize uma combinação de ácido nítrico e hidroclórico, apelidada pelos cientistas de “aqua regia”.
Os pesquisadores também perceberam que o mercúrio também reage com o ouro original.
No entanto, quando o assunto é o ouro criado em laboratório, a conversa é um pouco mais complicada. Os cientistas perceberam que os cristais alongados, resultantes do experimento, aguenta a luta com esses metais que citamos.
De forma geral, isso significa que o metal feito pelo homem pode não só ser considerado mais dourado e vívido aos olhos, mas também é mais resistente às mudanças químicas que o ouro encontrado na natureza.
Interessante, não acha? Você, por exemplo, compraria uma joia de ouro feito em laboratório, sabendo de todas essas informações que acabamos de levantar? Não deixe de comentar!
Agora, falando em invenções incríveis (e muito, muito inteligentes), você vai chocar com essa outra matéria: Cientista cria sacola de mandioca, que dissolve na água quente.
Fonte: Fatos Desconhecidos, YouTube
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