De uns tempos para cá, a trombose tem sido motivo de muito debate e tem ganhado uma atenção especial da mídia. Isso porque a doença não é nada interessante e pode causar a amputação de membros e até mesmo a morte.
Para quem não sabe, o problema é causado pela formação de um coágulo na corrente sanguínea, que podem acabar bloqueando o fluxo de artérias e de veias de inúmeras partes do corpo. Quando a obstrução acontece nos membros, especialmente nos inferiores, a trombose é do tipo venosa. Caso o coágulo se desprenda, as complicações podem ser extremamente graves, como a embolia pulmonar.
Mas, esse não é o único tipo de trombose que existe. A trombose arterial, por outro lado, pode interromper o fluxo de vias cerebrais, além do coração e de outros órgãos, e pode causar infarto ou um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Fatores de risco
Se você está se perguntando se também pode sofrer com trombose ao longo da vida, essa resposta não dá para ser exata, embora somente duas ou três pessoas, em cada 10 mil, costumam sofrer com a doença. Conforme especialistas, existem alguns fatores que podem colaborar para o aparecimento da doença, além da predisposição genética.
Histórico familiar de doenças circulatórias e cardiovasculares são alguns dos fatores que aumentam o risco da enfermidade. Problemas que causam imobilização, como paralisia, também aumentam as chances de desenvolver trombose, uma vez que diminuem a circulação sanguínea e podem acabar formando coágulos. Obesidade, diabetes, hipertensão e o próprio envelhecimento são outros fatores da lista.
Anticoncepcionais e trombose
O uso de anticoncepcionais também é aumenta o risco de trombose em mulheres. Embora os médicos ainda não tenham uma comprovação do porquê da ligação entre os anticoncepcionais e o risco da doença.
A teoria mais aceita até agora é de que esse tipo de contraceptivo aumente a resistência do corpo às proteínas C-reativas, nossos anticoagulantes naturais. O resultado disso seria um sistema circulatório em desequilíbrio e mais propenso a criar coágulos.
Segundo o cardiologista Rafael Belo Nunes, em entrevista ao site Vix, o uso de alguns tipos de pílula pode aumentar de 1,2 a 1,8 vezes a chance de desenvolver trombose arterial, quadro que causa AVC ou infarto agudo do miocárdio. Já o risco de ter trombose venosa fica de 3 a 6 vezes maior ao tomar contraceptivo oral.
Pílulas que aumenta o risco de trombose
As fórmulas que mais causam o problema, segundo os especialistas, são aquelas combinadas com estrogênio e derivados, como etinilestradiol e estradiol; além da drospirenona. Elas também estão ligadas a outros tipos de acometimento vasculares.
Alguns exemplos são as pilulas Selene, Yaz, Diane, Allestra, Belara, Ciclo 21, Level, Stezza, Mercilon, Microvilar, Siblima, entre outras.
Pílulas com risco menor de causar trombose
Por outro lado, as pílulas simples ou minipílulas, que contém apenas o hormônio progesterona, não aumenta o risco da doença e são indicadas às mulheres com histórico familiar de problemas cardiovasculares ou de trombofilia. A progesterona, aliás, costuma surgir na forma de desogestrel, linestrenol ou noretisterona.
Bons exemplos desse tipo de pílula são Cerazette, Norestin, Juliet, Exluton, entre outros.
Conheça os sintomas da trombose:
1. Sintomas de trombose venosa
Apesar de não apresentar sintomas em muitos casos, a trombose venosa pode ser manifestar por dores nos membros inferiores, inchaço na perna afetada, alteração da cor da pele (uma tonalidade mais avermelhada ou azulada).
Já, se esse tipo de trombose tiver evoluído para uma embolia pulmonar, os sintomas costumam ser uma falta de ar aguda, o comprometimento da oxigenação do pulmão, pressão baixa recorrente e, por fim, falência dos órgãos.
2. Sintomas de trombose arterial
No caso da arterial, a doença costuma desencadear quadros de AVC e de infarto. No primeiro caso, como já explicamos nessa outra matéria (aqui), costumam ser sintomas a paralisação, dormência ou fraqueza de um dos lados do corpo, a dificuldade de falar, dores de cabeça súbitas e intensas e alterações visuais.
Já, no caso do infarto, os sintomas podem aparecer até um mês antes, como já vimos nessa outra matéria. Dentre os sintomas mais comuns, estão dor no peito, arritmia, formigamento em apenas um dos lados do corpo, mal-estar, enjoo, vômito, suor frio, dificuldade de respirar e até mesmo queimação no estômago.
3. Trombose por anticoncepcional
Conforme o site Vix, a trombose desencadeada pelo uso de contraceptivo oral é diferente dos demais quadros da doença. Sendo assim, os sinais podem ser divididos de acordo com o tipo de quadro trombótico apresentado.
E, por falar nisso, essa outra matéria tem tudo a ver com o assunto: Como identificar sinais de infarto, AVC e outras doenças em seus pés.
Fonte: Vix