A Cruz Vermelha é considerada a principal instituição de ajuda humanitária no mundo, principalmente com pessoas em situação de fragilidade. Nesse sentido, surgiu na segunda metade do século XIX, atuando em especial com pessoas que eram vítimas das consequências de conflitos armados.
Entretanto, a organização internacional expandiu sua atuação com o tempo, mas manteve-se na missão de assegurar vítimas de conflitos no mundo. No geral, associam a história da Cruz Vermelha com o surgimento das ações humanitárias na sociedade, pois a instituição esteve presente em grandes eventos, como a Segunda Guerra Mundial.
Por essa perspectiva, a Cruz Vermelha encontra-se em mais de 190 países, atendendo milhões de pessoas e diferentes comunidades. No que diz respeito à atuação em território nacional, essa organização atua em 21 estados brasileiro, atendendo inúmeras famílias com acompanhamento a longo prazo.
História da instituição
Em primeiro lugar, o chamado Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho surgiu na capital da Suíça, no ano de 1863. Basicamente, essa instituição teve início com foco no atendimento médico e humanitário de pessoas que sofriam com as consequências das guerras.
Nesse sentido, buscavam abarcar todos os conflitos armados, abrangendo desde os soldados até os civis. No geral, os soldados que se feriam em guerra ou que eram dispensados não recebiam um suporte para tratamento. Além disso, a maioria dos casos cujo tratamento era presente acontecia de forma inadequada, piorando o quadro clínico dos soldados e civis.
Eventualmente, o empresário suíço Jean-Henri Dunant mobilizou-se a favor dessas pessoas, atuando na defesa dos seus direitos por tratamentos apropriados. Por essa perspectiva, vale ressaltar que Dunant foi criado em uma família calvinista, ou seja, que acreditava no valor de ações de caridade.
Entretanto, durante uma viagem à Itália para tratar de negócios, o empresário suíço entrou em contato com o pavoroso cenário da chamada Batalha de Solferino. Basicamente, milhares de soldados ficaram feridos durante o conflito, mas os corpos só foram retirados do campo de guerra após mais de três semanas.
Desse modo, Dunant percebeu que o atendimento aos feridos era insuficiente e ineficiente, causando a morte de incontáveis homens que haviam defendido a própria nação. Desse modo, ele decidiu organizar um grupo de voluntários que atuaria no atendimento humanitário, ou seja, ajudando as vítimas dos dois lados da guerra.
Origem da Cruz Vermelha
Após seu retorno, Dunant registrou os eventos de sua missão em um livro chamado Lembrança de Solferino, que foi publicado em 1862. Porém, essa obra espalhou-se por diversos países e foi traduzido em outros idiomas, o que criou uma verdadeira mobilização quanto às questões apontadas pelo empresário.
A partir da mobilização de grandes personalidades e a abertura da possibilidade de se transformar essa missão em algo recorrente, a Cruz Vermelha começou a tomar forma. Nesse sentido, o empresário suíço e outros compatriotas decidiram formar uma organização voluntária e independente para atuar principalmente com as vítimas de guerra.
A partir dessa mobilização, Henri Dunant e outros quatro companheiros suíços formaram um comitê que oficializou a criação da Cruz Vermelha, entre os dias 26 e 29 de outubro de 1863. Após um ano dessa oficialização, eles sediaram a Conferência Internacional em Genebra, com a presença de importantes representantes das nações europeias e americanas.
Como consequência dessa Conferência surgiu o documento “Convenção de Genebra para a Melhoria das Condições dos Feridos das Forças Armadas em Campo”. Resumidamente, esse documento estabeleceu alguns pilares de atuação das ações humanitárias em cenários de guerra, em especial a neutralidade.
Qual é a missão da Cruz Vermelha?
Sobretudo, a Cruz Vermelha segue os princípios da defesa da humanidade, atuando de forma imparcial nos conflitos e a favor dos Direitos Humanos de cada vítima. Além disso, é orientada pelo serviço voluntário e independente, mas pautada sobre a unidade e universalidade.
Ou seja, a Cruz Vermelha defende a união entre seus membros e os indivíduos da sociedade. Ademais, atua sobre a missão instituicional de atenuar o sofrimento humano, sem distinção de raça, religião, condição social, gênero e opinião política.
Desse modo, acredita na contribuição e na ação para melhoria das condições de vida de outros indivíduos. Em especial, trabalha com pessoas em situação de fragilidade, não só em cenários de guerra, como em situações de emergência ou calamidades nos países em que atua.
Mais ainda, a Cruz Vermelha acredita no propósito transformador da educação, onde a divulgação dos princípios humanitários podem causar transformação social. Desse modo, essa mudança na coletividade é alcançada por meio do desenvolvimento dos ideais de paz, respeito mútuo e compreensão entre as pessoas.
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Fontes: Brasil Escola | Mundo Educação | CV Institucional | CICV |
Imagens: G1 | Red Cross EU | Mundo Educação