Primeiramente, a doença do beijo, também chamada de mononucleose, é provocada pela infecção do vírus Epstein-Barr (VEB). Além disso, ele se transmite facilmente e provoca febre, dor e mal-estar, principalmente entre jovens de 15 a 25 anos. Ela ocorre especialmente na época do Carnaval, com blocos e micaretas. O motivo é porque o vírus contamina ainda mais pessoas.
Acima de tudo, a transmissão ocorre durante todo o período de incubação do vírus, que dura de cerca de 30 a 45 dias. Assim que uma pessoa é infectada, ela pode ficar com o vírus no corpo para sempre, podendo transmiti-lo em condições variadas.
Apesar de não ser grave em pessoas com sistema imunológico resistente, é indicado que um especialista de saúde seja consultado ao sinal dos primeiros sintomas.
Contágio
Inicialmente, apesar do nome, a doença do beijo não é transmitida somente por esse tipo de contágio. O vírus também pode ser repassado a partir do contato com tosses ou espirros. Em casos mais raros, a mononucleose também pode contagiar bebês durante a gestação, caso a mãe seja infectada durante esse período.
Uma vez que uma pessoa é infectada, o vírus entra em contato a orofaringe e, então, atinge os linfócitos B (ou glóbulos brancos). A partir daí, o vírus se aloja nas amídalas e pode, inclusive, ser assintomático até o fim da vida do paciente.
Apesar disso, mesmo que não demonstre os sintomas, uma pessoa infectada ainda pode transmitir a doença.
Sintomas da doença do beijo
- Dor de garganta;
- Dores de cabeça;
- Dores musculares;
- Fadiga;
- Inchaço dos gânglios linfáticos;
- Tosse;
- Perda de apetite;
- Náuseas;
- Inflamação e/ou vermelhidão nas amídalas;
- Febre alta;
Além disso, em casos mais graves, a doença do beijo também pode causar inflamação do fígado e inchaço do baço.
Diagnóstico e tratamento
Como a doença do beijo compartilha sintomas com doenças causadas por outros vírus, é importante que seu diagnóstico seja preciso. Para isso, é possível fazer o Monoteste. Esse diagnóstico clínico consiste num exame de sangue que só apresenta resultados corretos em pacientes com mais de quatro anos de idade e pelo menos duas semanas de infecção.
Assim como em outras viroses, não existe um medicamente específico para a doença do beijo. Sendo assim, o tratamento se baseia no combate aos sintomas, por meio do repouso e uso de antitérmicos, analgésicos, anti-inflamatórios, e bastante repouso.
Além disso, exercícios e contato físico devem ser evitados até a normalização da condição do fígado e do baço, em caso de alteração nesses órgãos.
Prevenção
Para prevenir a transmissão e o contágio da mononucleose, basta se apoiar em medidas simples. Dentre elas, lavar as mãos com frequência, usar álcool gel, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar e evitar locais de pouca ventilação e grande aglomeração.
Evitar compartilhar itens de uso pessoal, como pratos, talhares e copos também ajuda na prevenção. Isso porque doenças infectocontagiosas como a doença do beijo podem ser transmitidas mesmo por pessoas que não apresentam o sintoma. Ou seja, mesmo que as pessoas não percebam, podem estar em risco de contrair ou transmitir a infecção para um alto número de pessoas.
Fontes: Jornal Opção, Drauzio Varella, GNDI
Imagem de destaque: Rádio Piratininga