O ego é um conceito diretamente ligado a áreas da psicanálise e da filosofia. Segundo a teoria psicanalítica, por exemplo, ele faz parte de um modelo psíquico que consiste em ego, superego e id.
Em sua origem etimológica, a palavra significa o eu, ou a consciência. Num sentido mais amplo, então, é tratado como uma das partes da personalidade, responsável por fazer diferenciações entre processos interiores e apresentados pela realidade.
Sendo assim, ele atua como uma espécie de defensor da personalidade, já que atua que temas inconscientes tomem conta do ambiente da consciente, a partir de mecanismos de defesa.
Origem e desenvolvimento
O início do desenvolvimento do ego se dá quando os primeiros impulsos primitivos acontecem na vida. Isso parte de dinâmicas básicas e simples que não dependem, ao menos a princípio, de algum tipo de ensinamento formal.
Após passar pelo aprendizado em fase de experiência, as etapas de educação – dos pais, da escola e das outras formas de convívio social – acabam fornecendo os mecanismos de superego que vão compor parte da tríade psíquica.
Ego, supergo e id
Em essência, o ego é a parte da personalidade desenvolvida a partir da interação de cada indivíduo com ambientes da realidade. Ele age em conforme com valores morais e socais, sem deixar de lado os desejos próprios. No entanto, ao mesmo tempo também busca satisfazer instintos do id, com o controle do super ego.
O id, por sua vez, é o que caracteriza o instinto mais nato do ser. Ou seja, ele engloba todas as vontades que surgem de desejos primitivos, mas precisam ser filtradas e controladas pela ação do ego e do superego.
Já o superego atua principalmente como supressor do ego. Seu desenvolvimento acontece a partir da interação com a sociedade e seu conjunto de valores morais e culturais. Dessa maneira, a assimilação desses conceitos cria uma espécie de “eu ideal”, completamente adequado aos valores sociais.
Aspectos positivos e negativos
Entre as principais funções do ego, está o encontro do equilíbrio entre os desejos provocados pelo id e os valores repressores definidos pelo superego. Sendo assim, é papel dele fazer o controle das vontades primitivas, por meio do conhecimento da moral social vigente.
Isso significa que ele é fundamental para que nos mantenhamos vivos e bem instalados dentro da sociedade. Além disso, é por meio do ego que conseguimos analisar as experiências vividas e, a partir da combinação com os desejos, encontrar soluções e rumos para nossas decisões.
No entanto, também existem aspectos negativos no conceito. O primeiro deles pode ser o risco de se mergulhar na compreensão do próprio ego, a ponto de agir somente com essa percepção limitada. Em âmbitos de interações sociais, isso pode significar o despertar de reações defensivas reativas, e não compreensivas.
Além disso, a supervalorização do ego pode gerar quadros de egocentrismo. Ainda que ele seja importante num certo nível, para o desenvolvimento do auto reconhecimento, pode se tornar perigoso, por limitar a capacidade de reconhecer o ego – bem como id e superego – do outro.
Controle do ego
A fim de controlar o ego, é importante tentar ficar atento a algumas ações que evitam o desenvolvimento de seus aspectos negativos. Uma boa dica, por exemplo, é evitar considerar o ponto de vista de outros indivíduos como ataque pessoal. Muitas vezes, a percepção da ofensa pode ser resultado de um embate de egos que não aborda uma visão ampla da situação.
Dessa maneira, é adequado abandonar a necessidade de competição em ambientes em que ela não é base. Numa discussão casual, por exemplo, a necessidade de estar certo e vencer nem sempre precisa ser dominada pelo ego.
A supervalorização do ego também pode levar a estados frequentes de insatisfação. Isso porque pode gerar um tipo de cobrança que acaba por desvalorizar a gratidão e o exercício contínuo de reconhecer as conquistas alcançadas.
Fontes: IBC Coaching, Vittude, Significados
Imagens: Abstracta, Netmundi, definição.net, Info Escola, Dragon Mother