Só quem conhece o problema sabe o quanto a enxaqueca pode atrapalhar o ritmo normal da vida. Aliás, conforme especialistas, ela é a mais temida dos mais de 150 tipos de cefaleia, ou seja, dor de cabeça, que a medicina já descobriu existirem até hoje.
Para quem não sabe, a enxaqueca é causada por alterações químicas do cérebro que podem ser provocadas por uma série de gatilhos, incluindo estresse, clima, luzes e odores.
Sintomas comuns da enxaqueca
Basicamente, esse mal é caracterizado por dores latejantes em um dos lados da cabeça, que duram entre 4 e 72 horas. Dependendo da intensidade, essas dores podem causar náuseas, vômitos e outros reflexos físicos, como dores na região da barriga sem causa aparente.
Há ainda uma variação que os médicos chamam de enxaqueca com aura, que consiste em pelo menos duas crises com a presença de pontos luminosos ou perda e embaçamento da visão, formigamento, dormência e fraqueza no corpo e dificuldade na fala.
Uma simples dor de cabeça?
E, se você acha que esse é um problema simples de resolver com apenas um comprimido, fique sabendo que não é assim que pelo menos 5% da população brasileira enxerga a enxaqueca. A versão crônica do problema, por exemplo, costuma causar incômodos por pelo menos 3 meses, 15 dias ao mês.
Entende como pode ser perturbador? E o pior de tudo é que a sua simples dor de cabeça pode não ser tão simples assim.
Um estudo feito em duas Unidades Básicas de Saúde (SUS), encontrou prevalência de 45% de enxaqueca nos pacientes com queixa de dor de cabeça. Ou seja, um número assustador de pessoas sofrem do problema a vida inteira sem ter consciência disso.
Fatores que desencadeiam as crises de enxaqueca:
Embora cada indivíduo apresente características específicas dentro do quadro da enxaqueca crônica, de forma geral, os fatores que desencadeiam as crises são:
1. Estresse
2. Falta de rotina para o sono
3. Jejum por muito tempo
4. Traumatismo craniano
5. Ingestão de alimentos que favorecem a enxaqueca
6. Uso de medicamentos vasodilatadores
7. Exposição a ruídos altos
8. Exposição a odores fortes
9. Mudanças súbitas da pressão atmosférica
10. Mudanças bruscas de temperatura
11. Atividades intensas e/ou por longos períodos
12. Variações de níveis hormonais
Existe tratamento contra as dores crônicas?
Conforme especialistas, existe tratamento para o problema, mas antes de começar o tratamento é preciso de um diagnóstico correto e qual é o fator desencadeante de suas crises.
Na maioria dos casos, o tratamento consiste em prevenir a enxaqueca com medicamentos como neuromoduladores, betabloqueadores, antidrepressivos, antivertiginosos e assim por diante, conforme a indicação médica.
O uso de medicamentos contra as dores também deve ser controlado e tomado apenas sob prescrição médica. Embora os analgésicos tragam alívio, se tomados com frequência eles costumam perder o efeito, podem até mesmo cronificar a dor e trazer outros prejuízos à saúde.
Como evitar a enxaqueca?
Além dos remédios, basicamente, o que uma pessoa que sofre com enxaqueca precisa é ter uma alimentação saudável e equilibrada, se exercitar moderada e regularmente e evitar os demais gatilhos das crises.
Mas, com certeza, um dos principais focos de atenção de quem sofre do problema deve ser o controle emocional, tentar fazer terapias e experimentar técnicas de relaxamento para evitar o estresse, a ansiedade, a irritabilidade, a preocupação excessiva, o medo e solidão e assim por diante.
E então, será que você também sofre com o problema? Para saber a resposta, claro, você precisa procurar um médico, o mais rápido possível e começar seu tratamento.
Agora, se você ficou com dor de cabeça só de falar nesse assunto, essa outra matéria pode ser bem útil: Como acabar com a dor de cabeça sem remédios.
Fontes: Enxaqueca crônica, Minha Vida, Saúde
Um comentário em “Enxaqueca: sintomas, fatores que a desencadeiam e como tratá-la”