Mary Shelley nasceu em 30 de agosto de 1797 e é autora de um dos livros mais emblemáticos do século XIX. Frankenstein se tornou o primeiro grande romance de ficção científica, inventando o conceito de “cientista louco”, e também estabelecendo o que se tornaria ficção de terror.
Em suma, a história de um monstro incompreendido e o desejo de um médico de brincar de Deus influenciou a literatura, o cinema, o teatro e a cultura popular de uma forma que poucas obras chegaram perto.
12 fatos curiosos sobre Mary Shelley
1. Mary viveu um amor escandaloso
Aos 16 anos, Mary fugiu para a França com Percy Bryce Shelley, apesar de ele já ser casado. Isso pode não parecer tão gótico, contudo em 1800 esse tipo de escândalo quase arruinou os dois.
2. Ajudou numa fuga ousada
Em 1827, Shelley ajudou Mary Diana Dods e Isabella Robinson a obter passaportes falsos e fugir da Grã-Bretanha para Paris, sob o disfarce de Sr e Sra Douglas. Assim, Mary Dods viveu o resto de sua vida como Walter Douglas, marido de Isabella e pai de seu filho ilegítimo.
3. Não foi a escola
Aos 20 anos, Mary publicou seu romance, Frankenstein, apesar de quase não ter educação formal. Em vez da escola, ela se sentava com o pai e ouvia suas conversas com convidados, como o grande poeta William Wordsworth.
4. Teve pais revolucionários
O pai de Mary era William Godwin, um romancista e filósofo que é considerado o pai do anarquismo, e sua mãe era Mary Wollstonecraft, uma feminista do século XVIII cujas opiniões sobre igualdade e críticas à feminilidade causaram um enorme escândalo.
5. Mary teve ideias a partir de pesadelos
Mary teve a ideia de seu romance a partir de um pesadelo. Ela sonhou com os mortos ressuscitando com eletricidade e o resto é história
6. Mary foi enterrada junto de seus familiares
Após a sua morte em 1851, Mary foi sepultada no jazigo que já albergava os seus pais e mais tarde juntou-se o filho, a nora e o coração do marido.
7. Perdeu a mãe aos 10 anos
A mãe de Mary morreu quando ela tinha apenas 10 dias e diz-se que aprendeu a ler e escrever traçando as letras em sua lápide.
8. Ficou viúva muito cedo
Percy Shelley morreu quando Mary tinha apenas 24 anos, ela viveu por mais 30, mas foi apenas um ano após sua morte que seu segredo foi descoberto. Dentro da gaveta de sua escrivaninha, Mary mantinha o coração calcificado de Percy envolto em páginas de sua poesia.
9. Revolucionou a literatura
Frankenstein é amplamente considerado o primeiro romance de ficção científica e Mary a fundadora do gênero, mas você sabia que ela o escreveu em um desafio?
Durante as férias, em Genebra, com seu marido e Lord Byron, o grupo literário estava desafiando uns aos outros a contar histórias de fantasmas. Mary tinha apenas 18 anos, mas certamente venceu esse desafio com sua história de monstros e cientistas loucos.
10. Frankenstein não é o monstro, mas sim o médico que o criou
Um equívoco comum que foi popularizado ao longo dos anos foi o nome da criatura. “Frankenstein” é na verdade o nome do médico no romance de Mary Shelley, Victor Frankenstein, não o ser reanimado em que ele realiza experimentos.
Aliás, ao longo do romance, Shelley não atribui um título ou pseudônimo à criatura, então, na realidade, ela realmente não tem nome.
11. Shelley pode ter tido uma conexão pessoal com a reanimação de cadáveres
A reanimação era um assunto surpreendentemente popular no início do século XIX, e a própria vida de Mary foi teve influência da então controversa prática de ressuscitação.
A ressuscitação foi endossada pela atual The Royal Humane Society, uma organização fundada em 1774 para diminuir os afogamentos em Londres. Quando a mãe de Mary tentou o suicídio pulando no rio Tâmisa, acredita-se que ela foi revivida usando práticas de reanimação.
12. Tragédias atormentaram sua vida
Por fim, a vida de Mary foi marcada pela morte e pelo desastre. Fanny, meia-irmã de Mary, cometeu suicídio quando Mary era adolescente. Seu primeiro filho com Shelley morreu 12 dias após o nascimento e seu segundo filho morreu quando ele tinha três anos; apenas um de seus quatro filhos sobreviveu até a idade adulta.
Seu marido Percy Shelley se afogou no Mar Mediterrâneo em 1822. Dois anos depois, o amigo mais próximo de Mary e Shelley, o poeta Lord Byron, morreu.
Com efeito, essas mortes acabaram afetando Mary, forçando-a a uma depressão severa. A própria Mary morreu de um tumor cerebral quando tinha 53 anos.
Fontes: Fala Universidades, Uol, Nextale, Aventuras na História, Bibliotecaucs
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