Para entender porque o Filme do Marighella é atacado na internet, precisa-se entender um pouco mais sobre a produção. Nesse sentido, a história aborda sobre a vida de Carlos Marighella, um deputado que tornou-se guerrilheiro durante a ditadura militar no Brasil. Sendo assim, entrou na história como um dos maiores inimigos do regime militar.
Apesar disso, foi morto em 1969 em uma emboscada do Departamento de Ordem Política e Social. Desse modo, a obra apresenta a história de sua vida, com base na biografia “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo”, escrita por Mário Magalhães. Sobretudo, se trata de um retrato histórico sobre o regime militar na perspectiva de um personagem de importância histórica.
Ademais, conta com a direção de Wagner Moura, sendo seu primeiro trabalho no cargo. Por outro lado, Marighella é personagem de Seu Jorge, e o elenco ainda tem nomes como Adriana Esteves e Bruno Gagliasso. Por fim, tem estreia para o dia 4 de novembro de 2021 no cinema.
No entanto, desde o anúncio da produção, o filme e a equipe responsável lidam com ataques. Sobretudo, Marighella é uma figura histórica polêmica, com feitos e ações colocadas em cheque pelos diferentes espectros políticos no país. Mais ainda, a clara oposição dos membros do projeto ao presidente Jair Bolsonaro transformou o longa em uma espécie de ato político.
Filme do Marighella é atacado na internet: entenda o que está acontecendo
A princípio, o filme do Marighella é atacado na internet desde seu anúncio. Ou seja, no site IMDb, uma das maiores bases de dados sobre cinema e entretenimento, existem 45 mil avaliações negativas sobre o longa. Como consequência, a produção possui uma nota média de 3,6, de um total de 10.
Porém, a questão sobre esse tema é que o filme sequer teve seu lançamento ou estreia. Portanto, as notas tem como base outras questões, em sua maioria de cunho político. No geral, esse tipo de movimento aconteceu com outras obras, como Pantera Negra e Capitã Marvel, ambos de heróis da Marvel.
Basicamente, usuários organizam-se para publicar críticas negativas nos principais sites e desqualificar a obra antes mesmo de seu lançamento. Dessa forma, criam uma forma de protesto em relação a algum aspecto da obra. Como exemplo, pode-se citar o ataque à Caça-Fantasmas, um remake de 2016 que continha um elenco majoritariamente feminino.
Sendo assim, nem sempre se trata sobre um protesto justo, pois no caso do remake houveram inúmeros ataques machistas e misóginos. Nesse sentido, as principais plataformas implementaram medidas de segurança sobre avaliações da audiência, para mantê-las verídicas.
Além disso, não é a primeira vez que o filme do Marighella é atacado na internet. Em resumo, após seu anúncio em 2019, o IMDb suspendeu a avaliação do título e removeu mais de mil críticas negativas na página. Sobretudo, essa ação teve coordenação por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro, fazendo com que a nota média da obra ainda em desenvolvimento chegasse a 2,8.
Apesar disso, o diretor Wagner Moura afirma que o fato do filme ter criado incômodos significa que existe medo do que a obra irá trazer sobre a história do Brasil. Portanto, utiliza como uma boa publicidade o fato de haverem grupos organizados contra seu trabalho.
Curiosidades sobre o filme
Primeiramente, Marighella tem direção de um dos maiores atores do cinema brasileiro e internacional. Sobretudo, Wagner Moura consagrou-se na história do cinema por meio de projetos como Tropa de Elite, e a série Narcos. Além disso, trabalhou no filme com a ajuda de profissionais como Felipe Braga, Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck.
Desse modo, o filme do Marighella é atacado na internet, mas não deixa de ser uma superprodução da O2 Filmes. Mais ainda, a produtora ainda desenvolveu longas como Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira. No que diz respeito ao sucesso, Marighella ainda teve exibição no Festival de Berlim de 2019, recebendo aplausos de pé.
Por outro lado, teve exibição em outros festivais internacionais em países diversos, nos cinco continentes. Acima de tudo, o sucesso envolve não somente a produção, mas a inspiração na biografia. Além disso, terá estreia no dia em que se completam 52 anos do assassinato de Carlos Marighella durante a Ditadura militar brasileira, em 1969.
Apesar disso, a estreia oficial em cinemas lidou com retrocessos, em especial por causa da pandemia. Porém, assim como os ataques na internet, existem denúncias sobre ser alvo de censura, principalmente por conta das imposições mais recentes. Por fim, tornou-se um assunto quente no Brasil por conta das controvérsias que envolvem sua exibição.
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