Pouco se fala sobre os filmes japoneses. Tampouco, se discute sobre a origem e a história do cinema japonês. Apesar disso, a primeira exibição de filmes no Japão foi realizada em 1897. Logo, a indústria local focou em filmes épicos mudos e sobre histórias de samurais. Na época, os Benshi proporcionavam a sonorização parcial, com a reprodução dos diálogos.
Na Segunda Guerra Mundial, o país, certamente, passou por mudanças que interferiram ideologicamente no cinema. Com isso, as filmagens tinham características de propaganda. Posteriormente, consideradas “feudais e antidemocráticas” pelos Estados Unidos. No entanto, a censura inibiu os filmes entre 1946 e 1950.
Antes disso, em 1899 foi produzido o primeiro documentário longa-metragem japonês. Porém, a primeira produção do cinema japonês ocorreu em 1913. Até então, continha a versão de Chushingura, os 47 Ronins, inspirado na lenda dos samurais sem mestre.
Ademais, durante um tempo os filmes japoneses foram controlados por militares. As salas de cinema, basicamente, exibiam filmes educacionais e propagandas militaristas. Com isso, as outras produções eram baseadas na lealdade ao Imperador.
Filmes japoneses pós guerra
Após a 2ª Guerra, o cinema passou a ser um instrumento de reeducação para o país. Logo, com a retomada da economia surgiram alguns estúdios como, por exemplo: Toho, Shochiku e Daiei. Não obstante, em 1943, surge o diretor japonês Akira Kurosawa com o filme Sugata Sanshiro – Uma Saga do Judô.
Em 1951, ele foi reconhecido internacional com uma premiação em Veneza pelo filme “Às Portas do Inferno” (Rashômon). Logo, dois anos depois, o ator e diretor, Teinosuke Kinugasa estreiou o filme “Amores de Samurai” (Jigokumon).
Essa, no entanto, foi a primeira produção a cores do Japão com lançamento internacional. Por isso, em 1954 recebeu dois Oscar. Como resultado disso, os filmes japoneses chegaram a superar a audiência das produções americanas.
A partir disso, houve a abertura para outros estilos de filmes japoneses como por exemplo: musicais, filmes de ação e de heróis. Dessa forma, com a popularização da série Godzilla, a partir de 1954 surgiu espaço para filmes de ficção cientifica e fantasia.
Entre as décadas de 1960 e 1970 outros temas foram abordados, inclusive com diretores, como por exemplo: Nagisa Oshima, Shohei Imamura, Masahiro Shindona e Seijun Suzuki. Sendo assim, conteúdos modernos incluindo discussões sobre criminalidade, sexo, anti-heróis, minorias passaram a ser usados nas narrativas.
Consequentemente, em 1988 Katsuhiro Otomo passou a produzir animação, a exemplo do Akira que discutia sobre tecnologia e política. Além disso, em 2001, Hayao Miyazaki lançou o “A Viagem de Chihiro”, sucesso em bilheteria mundial. Com isso, ganhou dois prêmios, ou seja, o Leão de Ouro de Veneza e o Oscar de Melhor Filme de Animação.
Filmes japoneses para assistir
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37 Segundos (2020), Hikari
Nessa produção recente japonesa, conta a história de Yuma Takada, com pouco mais de 20 ano que possui paralisia cerebral e mora com a mãe. No entanto, ela pretende se tornar uma artista de mangás. Em contrapartida, a editora diz que faltam aventuras nas histórias. Sendo assim, para se inspirar, ela faz amizades, vive experiências e descobre o amor.
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Tigertail (2020), Alan Yang
Após a infância difícil em Taiwan, o jovem Pin-Jui quer morar nos Estados Unidos. Afinal, mesmo tendo uma namorada, ele decide deixar tudo e se casar com a filha de chefe para conseguir ir para os EUA. No entanto, se arrepende com um casamento infeliz e uma relação distante com a filha.
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Floresta de Sangue (2019), Sion Sono
Nessa outra produção japonesa, inspirado em fatos reais, a jovem Taeko descobre que a amiga, Mitsuko, está envolvida com um vigarista. Com isso, ela e seus amigos cineastas amadores, Jay e Fukami, decidem fazer um filme sobre os golpes dele. Porém, ao descobrir o plano, Murata exige fazer parte da produção e começa a perseguir os cineastas.
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Assunto de Família (2018), Hirokazu Kore-eda
Basicamente, a história consiste em alguns furtos, até que Osamu e o filho Shota encontram uma garota abandonada. Após isso, eles abrigam a garota. Apesar de serem pobres e roubarem para sobreviver a família é feliz. Logo, a justiça descobre a situação. O filme, certamente, foi premiado com o Palma de Ouro, em 2018.
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Bleach (2018), Shinsuke Sato
Inicialmente, inspiração no mangá homônino de Tite Kubo, o filme, entretanto, conta a história de Ichigo, um adolescente que vê fantasmas. Com isso, conhece Rukia Kuchiki, uma ceifadora de almas. Após ser ferida, Rukia passa seus poderes para Ichigo.
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Juventude Assassina (2018), Isao Yukisada
Em síntese, a estudante Haruna faz amizade com Ichiro, um garoto que é humilhado e espancado pelos outros alunos. Com efeito, mesmo popular, Haruna que proteger o amigo. Com isso, ele lhe conta seu maior segredo: visita regularmente um cadáver que apodreceu em ervas daninhas no rio da cidade.
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Your Name (2017), Makoto Shinkai
Em síntese, Mitsuha é uma garota no ensino médio que mora em Itomori, na região rural do Japão. Sendo assim, ela quer mudar para Tóquio. Misteriosamente, ela começa a trocar de corpo com Taki, um estudante de Tóquio. Com isso, ambos se apaixonam, porém, quando Taki vai à aldeia de Mitshua descobre que ela já morreu.
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Twice (2011), Hidetaka Inazuka
Tsutomu Yamaguchi, em suma, trabalhava como engenheiro em Hiroshima, em 1945, quando a cidade foi atingida por bombas. Contudo, ele sobreviveu e foi para a cidade natal, Nagazaki, presenciando outro bombardeio. A partir disso, ele carrega feridas emocionais, pois perdeu a família. Por fim, neste documentário, ele conta a história como ativista pela paz.
Filmes japoneses mais antigos
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A partida (2009), Yojiro Takit
Resumidamente, é a história de um jovem recém-casado que perde o emprego. Posteriormente, ao mudar de cidade e com novo emprego passa a descobrir um novo sentido em sua vida.
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A Viagem de Chihiro (2001), Hayao Miyazaki
Inicialmente, a pequena Chihiro e os pais se mudam de cidade. Durante a viagem, pegam um atalho e se perdem. Dessa forma, chegam a um povoado abandono. Logo, Chihiro explora o local e, ao reencontrar seus pais, percebe que eles viraram porcos. Por fim, conta com um misterioso jovem para reverter a maldição.
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Hana-bi – Fogos de artifícios (1997), Takeshi Kitano
Um policial vive, basicamente, dois dramas pessoais complicados. A partir disso, seu parceiro é baleado por mafiosos e ele corre em busca de vingança. Entretanto, sua mulher está à beira da morte.
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A Enguia (1997), Shohei Imamura
Entre os filmes japoneses, está a história do barbeiro condenado por matar a mulher. No entanto, é libertado e sua vida muda ao salvar uma moça que tentava suicídio.
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A Balada de Narayama (1983), Shohei Imamura
Nesse filme de 1983, em uma pequena cidade japonesa, há a tradição de que quem completa 70 anos deve ir para o topo de uma montanha e aguardar a morte. Sendo assim, Orin está quase com essa idade, porém, quer arrumar uma esposa para seu filho mais velho.
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Kwaidan (1965), Masaki Kobayashi
Basicamente, esse filme é composto por quatro histórias de terror. Porém, não há outros detalhes que expliquem quais são essas situações.
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A mulher de areia (1964), Hiroshi Teshigahara
Em suma, um entomologista faz pesquisas em uma praia isolada e ao perder o ônibus de volta, encontra abrigo em uma estranha casa. Ademais, encontra uma misteriosa mulher que luta diariamente contra a areia.
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Miyamoto Musachi (1956), Hiroshi Inagaki
Resumidamente, nessa produção de 1956, dois amigos deixam seu povo para lutar com o exército e acabam na casa de uma viúva com sua filha.
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Jigokumon (1953), Teinosuke Kinugasa
Nessa história de 1953, em suma, um samurai resgata uma mulher e se interessa por ela. Porém, ele não sabia que era casada. Logo, foi o primeiro filme colorido japonês lançado fora do país.
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Rashomon (1950), Akira Kurosawa
Por fim, esse filme descreve um estupro e um assassinato por meio de relatos totalmente divergentes de quatro testemunhas.
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Fontes: Japão em Foco Bula Skdesu
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