A Fossa das Marianas está localizada no Oceano Pacifico. Com seus 11 quilômetros de profundidade, em médica, é o lugar mais profundo de todos os oceanos.
Dito isso, talvez você possa imaginar que este local seja o ponto mais próximo do centro da Terra. Contudo, devido ao formato de nosso planeta, que não é uma esfera perfeita, isso não é verdade.
Desse modo, a parte mais profunda dos oceanos recebeu exploradores pela primeira vez em janeiro de 1960 quando Don Walsh e Jacques Piccard, utilizando-se de um veiculo submersível nomeado de “Trieste” se aventuraram no local.
Em 2012, o cineasta James Cameron (o diretor de Titanic) também explorou a Fossa das Marianas. O mergulho foi feito com o submergível Deep Sea Challenger (O Desafiador dos Mares Profundos, em tradução livre) sob o comando de um piloto humano, enquanto o diretor filmava todo o processo com o objetivo de promover descobertas científicas.
Aliás, pelas imagens capturas por Cameron podemos perceber a beleza escondida na escuridão. Embora já se tenha desvendado muitos segredos, ainda há muito à ser explorado.
Curiosidades sobre Fossa das Marinas que você precisa conhecer:
1. Fossa das Marianas e as trincheiras da Segunda Guerra Mundial
O que o solo do lugar mais profundo dos oceanos tem em comum com as trincheiras da Segunda Guerra Mundial? Ambas são, ou eram, lamacentas, úmidas, bem como cheias de restos mortais. Além disso, as criaturas que têm o infortúnio de chegar nas profundezas da fossa, tendem a não sobreviver à pressão extremamente elevada.
E aquelas criaturas que simplesmente morrem, seja no chão, ou a muitos quilômetros acima, acabam indo parar nas profundezas. Com efeito, a pressão extrema e a ausência de microrganismos que promovam a decomposição dessas criaturas fazem com que o solo desse lugar seja um verdadeiro lamaçal de restos mortais.
2. A pressão no fundo do oceano é esmagadora
A coluna de água que está sob a Fossa das Marianas produz uma pressão realmente descomunal. Imagine 50 aviões empilhados sobre o seu corpo, essa é a melhor forma de ilustrar a pressão de 8 toneladas por centímetro quadrado. E mesmo nessas condições, há vida florescendo naquela região.
3. O Monte Everest caberia lá dentro e ainda sobraria espaço
O lugar mais profundo dos oceanos comportaria o Monte Everest inteiro e ainda sobraria mais de 2 quilômetros de folga. Aliás, nem mesmo as linhas áreas comercias conseguiriam bater os 11 quilômetros de profundidade da fossa.
4. Esta parte do oceano é cheia de resíduos
Sabendo como o ser humano descarta seu lixo na superfície, seria um surpresa descobrir que até mesmo no lugar mais profundo dos oceanos há lixo? Nos anos setenta, parte da Fossa das Marianas foi usada como lugar de descarte de lixo farmacêutico.
Aparentemente, em apenas cinco anos, quase 390 mil toneladas de lixo foram depositadas na trincheira. Além disso, também foi encontrado um gerador termoelétrico de radioisótopos que foi descartado pelo foguete da missão lunar Apollo 13.
5. É o lar do simpático Tubarão Globin
Por fim, este tubarão provavelmente é uma das criaturas mais tenebrosas do planeta. Ademais, a medida que o Tubarão Globin fica mais velho, mais profundo ele consegue nadar na Fossa das Marianas.
Contudo, antes de atingir uma idade avançada, ele ainda pode crescer até 5,5 metros. Como comparação, o maior dos grandes tubarões brancos pode crescer até cerca 6 metros. Então, em termos de comprimento, não há muita diferença.
Poluição na Fossa das Marianas
As partes mais profundas do nosso mar são vistas como inalcançáveis como certos lugares do espaço, mas o plástico pode estar mais determinado a explorar os confins do nosso planeta do que até mesmo as pessoas.
Desse modo, a Fossa das Marianas, como a parte mais profunda do oceano além de estar cheia de resíduos plásticos, também sofre com a poluição tóxica de mercúrio.
As descobertas de dois estudos independentes podem ter implicações de longo alcance sobre como o mercúrio pode ser concentrado na cadeia alimentar, segundo os especialistas.
Quando o mercúrio chega ao oceano, minúsculos micróbios o transformam em metilmercúrio. De lá, ele entra na cadeia alimentar – do zooplâncton aos crustáceos e peixes pequenos e, então, aos peixes maiores. O mercúrio fica mais concentrado à medida que sobe na cadeia alimentar. Como resultado, os humanos ingerem a substância quando comem frutos do mar.
Em humanos, o mercúrio pode causar danos neurológicos, riscos cardiovasculares e outros efeitos para a saúde. É particularmente perigoso para o desenvolvimento de fetos.
E, falando águas profundas e temperamentais, confira ainda: Triângulo das Bermudas, o mistério, as lendas e o que é real.
Fontes: Fatos Desconhecidos, Wikipedia
Imagens: Reprodução
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