Fruto proibido – Origem do fruto do pecado (que não era maçã)

Na Bíblia, Adão e Eva comeram um fruto proibido que os expulsaram do Jardin do Éden, mas especialistas garantem que o fruto não era uma maçã

Fruto proibido - verdadeira origem do fruto do pecado (que não era maçã)

Na mitologia bíblica, Adão e Eva são expulsos do paraíso logo após comer um fruto proibido. A fruta é historicamente conhecida como uma maçã e faz sua aparição dessa forma tanto em relatos modernos como em peças de arte de séculos atrás.

Entretanto, o texto original não confirma que o fruto era uma maçã. De acordo com a Bíblia o fruto é descrito apenas como parte da “árvore do conhecimento do bem e do mal”. A principal teoria sugere que as primeiras traduções do grego antigo para o latim inseriram o conceito da maçã.

Isso porque o grego usava a palavra pomum, traduzida como maçã. Originalmente, no entanto, a palavra poderia se referir a qualquer fruta que tivesse um formato parecido, assim como figo ou pêra.

Fruto proibido original

Fruto proibido - verdadeira origem do fruto do pecado (que não era maçã)
Stock

Apesar de ser apresentada como maçã, essa fruta nem mesmo existia como conhecemos no período em que a Bíblia foi escrita. Ou seja, mesmo que Adão e Eva realmente tenham vivido no Jardim do Éden, seria impossível que conhecessem o fruto proibido como compreendemos atualmente.

No livro de Enoque, por exemplo, a árvore do Éden é apresentada como “uma espécie de tamarineira, produzindo frutos que se assemelhavam a uvas”.

A popularização da fruta como alimento só foi possível com a Roda Seda. Graças ao contato de mercadores da Ásia e da Europa, por volta de 4 mil anos atrás, foi possível colocar diferentes povos, assim como a vegetação de suas regiões, em contato.

Dessa maneira, o período marcou o início da maçã selvagem in natura na fruta que conhecemos hoje. Originalmente, ela era uma fruta pequena e pouco atraente para o consumo.

Origem da maçã

Fruto proibido - verdadeira origem do fruto do pecado (que não era maçã)
Gardening

A fim de compreender as origens desse fruto proibido, o diretor do Laboratório de Paleoetnobotânica do instituto alemão, o pesquisador Robert Spengler, realizou um estudo arqueológico com sementes preservadas.

A partir de referências na arte clássica e sementes encontradas em sítios arqueológicos, foi possível perceber que o famoso fruto proibido já era coletada por povos caçadores coletores há cerca de 10 mil anos.

A partir dos contatos promovidos pela Rota da Seda, enxertos e cruzamentos foram realizados a partir de pelo menos quatro espécies selvagens. Dessa maneira, os cruzamentos começaram a dar início às maçãs como temos hoje.

Atualmente, apesar de conhecidas no mundo inteiro, as maçãs são consumidas em apenas vinte variedades. Ao todo, elas representam cerca de 90% de todas as frutas da espécie consumidas no mundo.

Outras simbologias

Fruto proibido - verdadeira origem do fruto do pecado (que não era maçã)
Cargo Collective

Uma teoria diferente defende que o fruto proibido da Bíblia tornou-se uma maçã por causa de uma confusão. Nessa vertente, o latim malus – que significa mal – teria sido confundido com malum, maçã.

Independente do significado original no texto bíblico, o fruto acabou ganhando outras representações em culturas diversas. Na maioria das vezes, está associado a pecado e tentação, mas também ao conhecimento, amor ou imortalidade.

Elas também aparecem como elementos importantes em outras históricas clássicas. Na mitologia grega, por exemplo, tem destaque nas versões douradas colhidas por Hércules como um de seus doze trabalhos.

Da mesma forma, está presente em histórias mais recentes, como da Branca de Neve ou mesmo na origem da descoberta da gravidade, por Isaac Newton.

Fontes: Super, BBC, Zap

Imagens: Gardening, Real Leaders, Stock, Cargo Collective

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