O furinho da caneta BIC, que costuma ser visto como um grande mistério, na verdade, nada mais é do que uma forma de fazer com que a caneta funcione da melhor forma possível. Em suma, esse furinho é responsável por igualar a pressão de dentro da caneta com a pressão atmosférica.
O furinho foi inserido no corpo da caneta em meados de 1950 por Marcel Bich e esse foi um aperfeiçoamento do modelo clássico.
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O segredo do furinho da caneta BIC
O responsável por inserir o furinho na caneta BIC foi Marcel Bich, em meados de 1950. O fabricante francês lançou seu primeiro modelo da caneta sob a licença dos irmãos Biró, quem licenciou e espalhou o design da caneta pelos EUA e Inglaterra.
Para nomear o seu produto, Marcel Bich utilizou seu próprio sobrenome apenas com a retirada do ‘h’ final e criou a “BIC Cristal”.
O francês conseguiu, por meio de investimentos em tecnologia suíça, uma esfera mais adequada à cavidade, o que permitiu com que a tinta fosse liberada mais facilmente e sem derramar. E foi aí que surgiu o pequeno furinho da caneta BIC.
Embora pareça não ter função alguma, o furinho tem o propósito de igualar a pressão atmosférica dentro e fora da caneta. Sem ele, contudo, seria impossível usar o objeto dentro de um avião ou no topo de um prédio, por exemplo. A diferença na pressão faria com que a caneta estourasse sujando tudo ao seu redor.
E o mais interessante: o tal furinho da caneta BIC foi um fator decisivo para que os pilotos britânicos e americanos utilizassem essas canetas esferográficas, em específico, durante a Segunda Guerra Mundial, ajudando a popularizar o produto.
O furinho da tampa
Mas, se você gosta mesmo da marca, sabe que o furinho da caneta BIC não é o único que intriga a sociedade. Tem ainda aquele furinho da tampa, lembra?
Esse foi criado só em 1991, para aumentar a segurança dos usuários. Isso porque, como você deve saber, todo mundo tem mania de ficar mastigando essas tampas. O que acontecia, até esse ano decisivo, é que muita gente acabava engolindo a tampinha, correndo o risco de morrer asfixiado com o objeto na garganta.
Agora, no entanto, o furinho no topo da tampinha da caneta permite a passagem de ar e garante que ninguém morra sem respirar, permitindo que a pessoa chegue viva até um atendimento de emergência, por exemplo.
A história da caneta BIC
Vamos voltar um pouco na história? A ideia de criar uma caneta esferográfica veio do jornalista húngaro László Biró, porque ele estava farto de encher canetas tinteiro, durante todo o dia, e ainda ter que ficar esperando a folha secar.
Assim, totalmente despretensioso, o projeto surgiu quando ele viu uma bola rolar sobre uma poça d’água. À medida que a bola rolava, deixava um rastro de água.
Ele, então, teve uma sacada e se reuniu com seu irmão Gyorgy, que era químico. Os dois, portanto, inventaram uma versão comercialmente viável desse objeto.
Assim, lá pelos anos 1938, os irmãos Biró patentearam o design diferencial da caneta esferográfica. Ou seja, que trazia uma pequena bolinha na ponta, que rolava e liberava tinta do tubo.
Antes disso, outras empresas já haviam tentado criar as canetas esferográficas. Contudo, boa parte delas não fez nenhum sucesso, por apresentar inúmeros vazamentos, ressecamentos e má distribuição da tinta.
Em 1940, os irmãos começaram a licenciar o produto para fabricantes de outros países. Pouquíssimo tempo depois, a história das canetas BIC começou a ser desenhada.
Fonte: Mega Curioso