A história do banho parte do costume de povos antigos de encontrar em lagos e rios uma atividade prazerosa. Nesse sentido, consiste na imersão total ou parcial de um corpo num líquido. No geral, consiste na água ou solução aquosa, mas existem outras formas possíveis. Além disso, é um hábito de higiene pessoal.
Entretanto, a origem e perpetuação no tempo tornou o banho também em um ritual de purificação religiosa, tratamento de saúde, convívio social e até celebração. Desse modo, teve início a partir do costume de nadar em rios e lagos que rodeavam as primeiras cidades do mundo. Sobretudo, estima-se que os romanos foram responsáveis por transformar o banho em um evento.
Basicamente, essa civilização da Antiguidade criou termas públicas onde qualquer cidadão poderia desfrutar dos prazeres de banhos quentes. Porém, no Oriente, os japoneses foram os primeiros a transformar o banho em um ritual coletivo de higiene e convívio. Apesar disso, estima-se que a inserção desse hábito aconteceu somente no séxulo XIX, na Europa.
Em resumo, a demora para esse estabelecimento partiu da dificuldade de aquecer a água em países gélidos na maior parte do ano. Sendo assim, novas termas, também conhecidas como balneários ou estações de águas, surgiram em localidades específicas. Porém, estima-se que a introdução dos banhos dentro das residências aconteceu por meio da ascensão burguesa.
Por outro lado, aqui no Brasil, o hábito era comum nas comunidades indígenas, que o faziam diariamente. Ou seja, consiste em uma herança dos povos nativos, porque estima-se que nem mesmo os europeus apresentavam esse costume na época que invadiram o país. Contudo, historiadores afirmam que eles descobriram essa possibilidade em decorrência do clima quente e dos hábitos nativos.
História do banho
A princípio, existem relatos da história do banho no Egito Antigo, com relatos sobre o hábito há mais de 3000 anos. Nesse sentido, considerava-se o ato sagrado, como um exercício para purificar o espírito do indivíduo. Desse modo, foi a primeira civilização a tomar três banhos por dia, o que parece ter ajudado a evitar epidemias e pragas comuns da Antiguidade.
Entretanto, a civilização cretense também mantinha esse hábito, mas os banhos eram parte dos intervalos que ordenavam a realização de banquetes. Sobretudo, os gregos entendiam que o contato com a água fazia parte da educação dos jovens. Ou seja, além de dominar a leitura, um indivíduo bem dotado ainda praticava a natação.
Também com influências gregas, os povos romanos ampliaram a recorrência dos banhos por meio das termas. Porém, o hábito consistia mais em uma reunião social do que numa higienização. Em resumo, se tratava de um edifício com diversos salões, além de vestiários, saunas e piscinas. Curiosamente, a estrutura arquitetônica desses lugares inspirou resorts e spas modernos.
Porém, durante a Idade Média o papa Gregório I começou o movimento de repúdio ao banho, afirmando que o contato com o corpo era uma via do pecado. Portanto, o banho tornou-se uma atividade parcialmente anual, e acontecia somente com um barril de água. Além disso, utilizava-se panos úmidos para evitar ao máximo o nudismo.
Por outro lado, os orientais mantiveram o banho como prática comum. Em especial, países de origem turco-árabe mantinham luxuosas casas de banho que incluiam ainda massagem, depilação, branqueamento dos dentes e maquiagem. Por fim, somente através das Cruzadas entre os séculos XI e XII o hábito do banho tornou-se mais famoso na Europa.
Curiosidades sobre o hábito
Primeiramente, estima-se que a popularização do banho aconteceu no Ocidente somente a partir da década de 1930. Acima de tudo, após a Segunda Guerra Mundial, o processo de reconstrução das casas permitiu a adição de banheiros, de modo que o hábito se tornasse algo mais privado.
Nesse sentido, há ainda relatos e estudos que conectam os hábitos higiênicos da Europa com a propagação de doenças como a Peste Negra e a Gripe Espanhola. Além da higiene pessoal, outros fatores como saneamento básico e tratamento de esgoto nas grandes metrópoles também tiveram grande influência.
Curiosamente, durante os séculos XVI e XVII, os médicos acreditavam que as doenças eram manifestações malignas que tomavam o corpo do indivíduo. Portanto, a classe burguesa concluiu que o banho em excesso alargava os poros da pele. Nesse sentido, deixaria o sujeito suscetível a enfermidades.
Além disso, estima-se que o primeiro sabonete surgiu há 600 anos antes de Cristo. Basicamente, consistiu numa mistura de gordura vegetal fervida com água e cinzas de madeira. Mais ainda, foi uma invenção dos fenícios que servia para higienizar o corpo, mas não era agradável. Posteriormente, os árabes começaram a produzir os primeiros sabonetes aromatizados.
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