Você sabia que existe um hormônio do amor? Comumente conhecido como ocitocina, esse hormônio é liberado a partir da neuro-hipófise. Além disso, ele é produzido pelo hipotálamo.
Em termos técnicos, a ocitocina, o nosso hormônio do amor, é formada por diferentes aminoácidos, nove no total. E sua estrutura se assemelha ao hormônio antidiurético, a vasopressina.
Enfim, mas o que isso tudo tem a ver com o amor? Acontece que a ocitocina é liberada quando estamos juntos dos nossos companheiros.
Além disso, o hormônio do amor está ligado diretamente à sensação de bem estar e de prazer, além do sentimento de segurança e fidelidade entre duas pessoas.
Para que serve a ocitocina
Primeiramente, esse hormônio está muito associado à questões de reprodução humana. Ou seja, ele está relacionado a:
- Secreção do leite pelas glândulas mamárias;
- Facilitação das contrações do músculo liso do útero no parto.
Aliás, durante o parto, é comum médicos administrarem doses de ocitocina. Assim, a atividade muscular uterina aumenta e auxilia o parto normal. Enfim, o hormônio do amor também está associado à conexão de casais e de mães e filhos.
Por outro lado, quando o assunto são os homens, o hormônio é capaz de deixá-los mais amáveis e menos agressivos. Contudo, a testosterona pode acabar bloqueando essa ação.
O hormônio do amor
Quando está associada à outros neurotransmissores, a ocitocina ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade durante as interações sociais. Além disso, ela também possui efeitos positivos quando essas interações são feitas por pessoas com autismo e esquizofrenia.
Esse hormônio também está diretamente ligado com uma melhor satisfação de casais durante suas relações sexuais. Inclusive, ele pode ser encontrado em maior quantidade quando a pessoa chega ao ápice do prazer, no orgasmo. Também é a ocitocina quem ajuda a desenvolver empatia, confiança e generosidade.
Por fim, algumas evidências mostram que esse hormônio está relacionado com as nossas emoções. Ou seja, ele é responsável pela formação de laços e pela aproximação das pessoas. Portanto, não é tão difícil entender o motivo pelo qual a ocitocina é conhecida como o hormônio do amor.
As vantagens de se apaixonar
Devido a associação entre a ocitocina e o amor, não é surpreendente saber que quando estamos apaixonados, o nível desse hormônio no organismo pode dobrar. Além disso, o amor também libera no corpo a endorfina, capaz de estimular todo o organismo e trazer benefícios para a saúde.
Quando estamos apaixonados, nosso cérebro também recebe mais sangue, fazendo com que suas atividades fiquem cada vez melhores. E isso é intensificado quando pensamos na pessoa amada.
10 coisas que o hormônio do amor faz no corpo
1 – Torna o parto mais fácil
Como dito anteriormente, a ocitocina aumenta no corpo da mulher durante o parto. Isso ocorre para que as contrações uterinas sejam estimuladas regularmente. Assim o colo do útero se abrirá para que o bebê saia com mais facilidade.
Além disso, depois do nascimento, o hormônio continua trabalhando no organismo para reduzir a hemorragia. Aliás, o médico responsável pelo parto pode administrar doses maiores de ocitocina para a mulher quando ela não libera o hormônio na quantidade necessária.
2 – Auxilia na amamentação
Quando o bebê suga o leite no seio da mãe, um impulso elétrico é levado da área até o cérebro, liberando o hormônio. Logo em seguida ele passa pela corrente sanguínea e chega até as glândulas mamárias, levando o leite pelos ductos para a criança beber. Inclusive, a criança também ingere ocitocina nesse processo, reforçando a ligação entre eles.
3 – Conexão entre pais e filhos
Aqui existem dois casos, a ligação entre filhos e pais biológicos e a ligação entre filhos e pais adotivos. No primeiro caso, estudos mostram que mães que produziram mais ocitocina no primeiro trimestre da gravidez conseguem uma conexão maior com os filhos. Assim as ações entre eles acabam sendo mais carinhosas.
Por outro lado, na relação entre crianças e os pais adotivos, o hormônio é liberado quando há um verdadeiro envolvimento carinhoso com a criança. Ou seja, nesse caso o vínculo se torna maior.
4 – Torna a pessoa generosa
Parece até mentira, mas a ocitocina realmente altera o senso de altruísmo. Ou seja, as pessoas se tornam mais generosas. Aliás, isso é um ciclo sem fim, porque quanto mais generosidade a pessoa pratica, mais ela libera o hormônio no corpo.
5 – O hormônio do amor ajuda positivamente nas habilidades sociais
A ocitocina auxilia no desenvolvimento de confiança, portanto, as pessoas começam a se sentir mais seguranças para se aproximar de outras e interagir. Então é fácil perceber que esse hormônio ajuda os outros a interagirem. Isso ocorre principalmente com pacientes que possuem esquizofrenia e autismo.
Aliás, outras áreas dos sentimentos que também se beneficiam com a liberação do hormônio é a sensibilidade e as percepções das expressões emocionais.
6 – Ajuda contra o estresse
O hormônio do amor não influencia só nos seus sentimentos com a pessoa amada. Ele ajuda a manter o humor e as emoções reguladas, portanto, o estresse diminui. Enfim, ele também trabalha diminuindo sintomas de fobia social, depressão e ansiedade.
Em resumo, a ocitocina trabalha contra o cortisol, o hormônio do estresse. Ou seja, oferece para os indivíduos um efeito calmante. Por fim, juntamente com a endorfina, a serotonina e a dopamina, o hormônio do amor forma um grupo de neurotransmissores da felicidade.
7 – Bom para dormir
O item anterior influencia diretamente nesse item. Isso porque sem ansiedade e estresse, o sono aparece com maior facilidade. Além disso, estando tranquilo, o indivíduo consegue descansar verdadeiramente, conquistando o famoso sono reparador.
8 – Diminui a necessidade de drogas
Segundo estudos feitos em 1999, a ocitocina, o hormônio do amor, também faz um ótimo trabalho inibindo a tolerância de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. E mais, os sintomas de abstinência também são reduzidos. Portanto, com o hormônio no corpo, o desejo por qualquer tipo de drogas é diminuído.
9 – Aumenta o prazer sexual
É claro que o hormônio do amor teria influência nas relações sexuais. Enfim, o que acontece é que ele é liberado durante a relação entre casais. E isso acontece tanto com os homens quanto com as mulheres.
Com as mulheres, o hormônio é responsável pelas contrações uterinas. Enquanto com os homens, ele causa as contrações dos ductos seminais. Ou seja, ajudam na ejaculação.
10 – O hormônio do amor aumenta os laços amorosos
Para finalizar, é claro que viria o motivo pelo qual a ocitocina foi chamada de hormônio do amor. Então, beijos, abraços, olhares e o contato físico entre companheiros fazem com que a ocitocina seja liberada. E quando isso acontece, as sensações de felicidade e bem-estar aumentam.
Além disso, esse hormônio também está relacionado a fidelidade entre os casais. Ou seja, quando ele é estimulado entre o relacionamento amoroso de duas pessoas, elas acabam não sentindo atração por outros indivíduos, apenas por seus parceiros.
O lado negativo do hormônio do amor
Já ficou mais que claro que a ocitocina possui diversos pontos positivos, não é?! Principalmente quando o assunto é o relacionamento a dois. Entretanto, esse hormônio não é perfeito e também possui falhas. O que ocorre é que, segundo alguns estudos, a ocitocina também é capaz de influenciar no favoritismo e no preconceito.
Ou seja, sabe aqueles grupinhos que se separam e não deixam qualquer pessoa de fora entrar? E também aqueles movimentos intolerantes contra determinada raça ou característica que não se assemelha a deles? Então, tudo isso pode receber uma certa influência do nosso hormônio do amor.
Ocitocina sintética: o hormônio do amor como medicação
Foi criado por nós a ocitocina sintética, um medicamento que se assemelha bastante à ocitocina normal. Ela surgiu para auxiliar as mulheres durante o parto normal. Porque, como dito anteriormente, o hormônio é capaz de promover a contração uterina.
Essa medicação também auxilia nos partos cesáreas, porque ela também ajuda a parar o sangramento da cirurgia. Ou seja, ela evita que a mulher sofra uma hemorragia. Contudo, o medicamento também pode ser usado em outros casos. Um deles é na amamentação, para ajudar a liberar o leite materno.
E por fim, como a ocitocina ajuda a reduzir sensações de ansiedade e estresse e, por isso, melhorar o humor, alguns médicos podem prescrevê-la. Assim, pacientes com quadros de depressão, fobia social e outros conseguem melhorar com o medicamento.
Reações adversas
A ocitocina sintética é um medicamento. Portanto, assim como qualquer remédio indicado por médicos, ela pode apresentar alguns efeitos colaterais. Os mais comuns são:
- Taquicardia;
- Dor de cabeça;
- Bradicardia (quando os batimentos cardíacos ficam mais lentos);
- Náuseas e vômitos.
Além disso, os bebês acabam consumindo o hormônio sintético juntamente com o leite. Obviamente, isso ocorre quando ele é utilizado para ajudar na amamentação. Enfim, nesses casos a quantidade costuma não fazer mal para a criança, porque o efeito passa rápido. Mas é bom ficar atento para reações incomuns e levar a criança a um médico.
A falta da ocitocina no corpo
Sem a quantidade ideal de ocitocina no organismo, algumas pessoas podem apresentar sintomas negativos. Então se alguns ou vários desses problemas estiverem acontecendo com você, é recomendável procurar um médico.
- Olhos secos;
- Palidez:
- Estresse;
- Tensões e dores musculares;
- Redução da função cognitiva e da memória e atenção;
- Medo e ansiedade em excesso;
- Olhar triste e dificuldade de sorrir;
- Frieza ao demonstrar sentimentos;
- Ou falta de expressões emocionais;
- Problemas no sono;
- Obesidade;
- Falta de libido;
- Dificuldade para atingir o orgasmo;
- Falta de lubrificação durante o ato sexual;
- Dificuldade de amamentar mesmo com leite;
- Por fim, muita sensibilidade a dor.
O que comer para ajudar a liberar ocitocina
Além do medicamento de ocitocina sintética, também existem outras formas, como por exemplo a alimentação, capazes de auxiliar a liberação do hormônio do amor no organismo. Confira alguns alimentos que ajudam a produzir ocitocina e outros hormônios no organismo que são responsáveis pelo bem-estar.
- Banana;
- Chocolate:
- Leite;
- Oleagionosas (como por exemplo castanhas e avelã);
- Proteínas (principalmente frutos do mar e ovos);
- Folhas verde-escuras.
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Fontes: Exame, Brasilescola e Vittude